Mortos por coronavírus: por que a Belgica tem a maior taxagruposuperpokermortalidade por covid-19 no mundo:gruposuperpoker

Fotogruposuperpokeruma paisagem belga: rio, ponte e casas ao fundo

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, A Bélgica sofreu o pico da pandemia por coronavírus por voltagruposuperpoker12gruposuperpokerabril passado

Nos EUA, que registraram o maior númerogruposuperpokermortes por coronavírus no mundo, morrem 17 pessoas por cada 100 mil habitantes.

A alta taxagruposuperpokermortalidade belga se deve à maneira como o país europeu passou a contar as mortes causadas pelo patógeno.

A Bélgica contabiliza não apenas o númerogruposuperpokermortes confirmadas por coronavírus, mas também todos os casos suspeitos, incluindo todas as mortes ocorridasgruposuperpokercasasgruposuperpokerrepouso.

Esse é um método diferente do usado por muitos dos países mais afetados pela pandemia, que contam apenas mortes por coronavírus que ocorremgruposuperpokerhospitais.

Bandeira da Bélgica ao fundo, com desenhogruposuperpokervírus na frente

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Na Bélgica, segundo dados oficiais, 62 pessoas morremgruposuperpokercovid-19 para cada grupogruposuperpoker100 mil habitantes

'Ação imediata'

Cada país tem uma maneira diferentegruposuperpokercontabilizar as mortes causadas por covid-19. No entanto, existe um padrão: a maioria contabiliza os falecidos que foram submetidos ao teste e deram positivo para o coronavírus.

O Ministério da Saúde da Espanha, por exemplo, contagruposuperpokermaneira regular apenas as mortes por coronavírus ocorridasgruposuperpokerhospitais.

A Itália, por outro lado, conta aqueles que testaram positivo para o vírus, independentementegruposuperpokera causa principal do óbito ter sido coronavírus ou outra condição.

A França fazia o mesmo, contando os mortosgruposuperpokerhospitais. A partirgruposuperpoker2gruposuperpokerabril, no entanto, o país começou a incluirgruposuperpokerseus relatórios as mortesgruposuperpokerlaresgruposuperpokeridosos.

É assim que a Bélgica faz. O governo considera que a contagemgruposuperpokermortes confirmadas e também suspeitas torna possível combater melhor a doença.

Dois homensgruposuperpokermáscara segurando um caixão

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, A Bélgica passou a contar mortes suspeitas como óbitos causados por covid-19

"Quando você não tem capacidade para testar todos, é muito importante contar as mortes que têm a covid-19 como causa provável", disse à BBC News Mundo, serviçogruposuperpokerespanhol da BBC, o epidemiologista Steven Van Gutch, responsável pelo comitê científico do governo contra o coronavírus na Bélgica.

"A única diferença entre nós e outros países é que contamos os casos mais amplamente, o que nos permite tomar medidas imediatas", acrescenta Van Gutch.

O especialista explica que, devido a esse sistema "expansivo"gruposuperpokercontabilizaçãogruposuperpokermortes, o país foi capazgruposuperpokerdetectar surtosgruposuperpokercoronavírusgruposuperpokercasasgruposuperpokerrepouso. "Graças ao nosso sistemagruposuperpokercontagem, conseguimos resolver esse problema a tempo", diz ele.

Em 15gruposuperpokerabril, fontes oficiais revelaram que quase metade das mortes por coronavírus na Bélgica ocorreugruposuperpokercasasgruposuperpokerrepouso.

Debate interno

No mesmo dia 15, a primeira-ministra da Bélgica, Sophie Wilmès, explicou no Parlamento que "o governo decidiu ser completamente transparente ao relatar as mortes relacionadas à covid-19, mesmo que isso tenha causado um exagero nos números".

No entanto, o fatogruposuperpokera Bélgica estar no topo da taxagruposuperpokermortalidade por coronavírusgruposuperpokertodo o mundo foi analisado com reservas por outros especialistas.

Foto da primeira-ministra da Bélgica, Sophie Wilmes

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, A primeira-ministra da Bélgica, Sophie Wilmes, defendeu o métodogruposuperpokercontagemgruposuperpokermortes por coronavírusgruposuperpokerseu país

O virologista belga Marc van Ranst criticou duramente o sistemagruposuperpokercontagem do governogruposuperpokerum programagruposuperpokertelevisão local.

"Quase todo mundo que morregruposuperpokercasasgruposuperpokerrepouso, que geralmente são 100 pessoas por dia,gruposuperpokermédia, está sendo incluído nessas estatísticas. Acho isso um pouco estúpido", disse Van Ranst.

Steven van Gutch, que relata diariamente os números dos coronavírus na Bélgica, reconhece que o método foi criticado, mas acredita que isso será temporário.

"Pode parecer que temos uma taxagruposuperpokermortalidade muito alta, mas, na realidade, nossos dados são comparáveis aos da França ou do Reino Unido, por exemplo. Quando os dados desses países (o Reino Unido contabilizava apenas os mortosgruposuperpokerhospitais) forem revisados, veremos que as taxasgruposuperpokermortalidade são parecidas", estima Van Gutch.

"Entendo que alguns podem estar assustados, mas apenas tentamos ser o mais transparentes e honestos possível. Talvez tenhamos superestimado o número realgruposuperpokermortes, mas isso nos parece melhor do que fazer o contrário", acrescenta o cientista.

Três profissionaisgruposuperpokersaúdegruposuperpokeruma salagruposuperpokerterapia intensiva, atendendo um pacientegruposuperpokercovid-19

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, 'As unidadesgruposuperpokerterapia intensiva belgas não excederam 58%gruposuperpokersua capacidade'

Cenário real

O fatogruposuperpokera maioria dos países contar apenas aqueles que apresentaram resultado positivo para coronavírus pode ocultar um número realmente maiorgruposuperpokermortes.

De acordo com uma análise recente do jornal Financial Times, o número totalgruposuperpokeróbitos por covid-19gruposuperpokertodo o mundo pode ser 60% maior que os dados oficiais apontam.

Esse é o cenário que o governo belga deseja evitar. "Se você conta apenas mortesgruposuperpokerum hospital, é como fechar um olho e apenas olhar o cenário com o outro", diz Van Gutch.

"Sim, nossa contagem nos torna o país com a maior taxagruposuperpokermortalidade, mas nossas unidadesgruposuperpokerterapia intensiva, mesmo no pico registradogruposuperpoker12gruposuperpokerabril, não excederam maisgruposuperpoker58%gruposuperpokersua capacidade", afirma o especialista.

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