Como o Brasil se compara com os países mais endividados do mundo:bwine f7

Modelo ao ladobwine f7carrobwine f7luxo

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Legenda da foto, Dívida pública e privada continua crescendo na China

bwine f7 A dívida global atingiu um recorde históricobwine f7US$ 253 trilhões (aproximadamente R$ 1 quatrilhão). E, entre os países da América Latina, o Brasil tem a maior dívida fiscal. Temos que nos preocupar?

Uma décadabwine f7baixas taxasbwine f7juros facilitou o crédito a governos, empresas e indivíduos, elevando o endividamento a um nível gigantesco, equivalente a 322% do Produto Interno Bruto (PIB) global.

E, no atual contexto econômico, esse índice deve continuar crescendo,bwine f7acordo com uma pesquisa do Institutobwine f7Finanças Internacionais (IIF, na siglabwine f7inglês), uma associação globalbwine f7instituições financeiras com sedebwine f7Washington.

O recorde foi impulsionado principalmente por empréstimos adquiridos por governos e empresas não financeiras. O problema é que, quanto mais altos os níveisbwine f7endividamento, maior o riscobwine f7inadimplênciabwine f7qualquer ambiente econômico.

E embora não se vislumbrebwine f7uma recessão, a economia mundial não está passando pelo seu melhor momento. As expectativasbwine f7crescimento para 2020 são modestas, situando-sebwine f7tornobwine f72,5%, e supõem que não haverá uma escaladabwine f7atritosbwine f7nível comercial ou geopolítico.

Nesse contexto, o Banco Mundial alertou no iníciobwine f7janeiro sobre o riscobwine f7uma nova crise da dívida global, estimulando governos e bancos centrais a reconhecerem que taxasbwine f7juros historicamente baixas podem não ser suficientes para compensar outro colapso financeiro generalizado.

Notabwine f7dólar pegando fogo

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Legenda da foto, Iniciadabwine f72010, última onda mostra "o maior, mais rápido e amplo aumento" da dívida global desde a décadabwine f71970

A análise baseia-se no fatobwine f7que, nos últimos 50 anos, houve quatro ondasbwine f7acumulaçãobwine f7dívida.

O último ciclo, iniciadobwine f72010, mostra "o maior, mais rápido e amplo aumento" da dívida global desde a décadabwine f71970.

E um dado não animador é que as três ondas anteriores terminaram com crises financeiras que afetaram muitas economiasbwine f7desenvolvimento e emergentes.

"A história das ondas passadasbwine f7acumulaçãobwine f7dívidas mostra que elas tendem a ter finais infelizes", escreveu Ayhan Kose, diretor do Grupobwine f7Perspectivas do Banco Mundial.

Os dois grandes motores

Em entrevista à BBC Mundo, o serviçobwine f7notíciasbwine f7espanhol da BBC, Emre Tiftik, diretorbwine f7Pesquisas sobre Sustentabilidade do Institutobwine f7Finanças Internacionais e principal autor do relatório Global Debt Monitor, diz que "o aumento da dívida global foi significativo e não há sinaisbwine f7diminuição no futuro próximo".

Por trás deste fenômeno, explica, existem dois principais motores que imupulsionaram o aumento do endividamento: os Estados Unidos (pelo aumento da dívida fiscal e corporativa) e a China (pelo aumento da dívidabwine f7empresas não financeiras).

Peçasbwine f7xadrez representando Estados Unidos e China

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Legenda da foto, Estados Unidos e China são os principais motores para o aumento do endividamento global

A dívida da China está se aproximandobwine f7310% do seu PIB, um dos mais altos níveisbwine f7endividamento entre as economias emergentes.

Enquanto alguns economistas argumentam que o nívelbwine f7endividamento do país asiático cresceu a uma taxa insustentável parabwine f7economia, outros argumentam que, como a maior parte dessa dívida ébwine f7propriedade do Estado, ela ainda é administrável.

A seguir, apresentamos um resumo do nívelbwine f7endividamento dos chamados "mercados maduros" no mundo desenvolvido,bwine f7acordo com a classificação feita pelo IIF.

Dívida fiscal. (% do PIB).  .
Dívida do setor financeiro. (% do PIB).  .
Dívidabwine f7empresas não financeiras. (% do PIB).  .
Dívidas domésticas. (% do PIB).  .

(Os números foram publicados no dia 13bwine f7janeirobwine f72020. Eles correspondem ao terceiro trimestrebwine f72019).

A partirbwine f7uma perspectiva global, Tiftik diz que altos níveisbwine f7endividamento aumentam as preocupações sobre como financiar a Agenda 2030 das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, que, entre seus 17 objetivos, inclui a redução da pobreza e a luta contra as mudanças climáticas.

"Estamos preocupados. Temos que encontrar os recursos para financiar obrasbwine f7infraestruturabwine f7países emergentes ebwine f7baixa renda", afirma.

Embora essa situação represente uma grande oportunidade para investidores, diz, países com pouca capacidadebwine f7endividamento podem enfrentar dificuldades para concluir trabalhosbwine f7áreas como energia, telecomunicações, transporte e fornecimentobwine f7água.

Os mais endividados da América Latina

Depois do Líbano (155% do PIB), o Brasil tem o maior endividamento público entre os países emergentes — o índice cresceu, segundo o IIF,bwine f762% do PIBbwine f72014 para 88% no ano passado.

"Infelizmente, não há nenhum sinalbwine f7declínio na relação dívida/PIB no curto e médio prazos: o endividamento geral do governo deve passarbwine f795% do PIB nos próximos três anos", diz Emre Tiftik.

De acordo com ele, a aprovação e a implementação efetiva da reforma da Previdência é essencial para conter o aumento da dívida pública "antes que ela se torne um fardo ainda maior para o Brasil".

Considerando o endividamento total (que inclui ainda empresas financeiras e não-financeiras, e pessoas físicas), o crescimento da dívida entre os emergentes se concentroubwine f7dois países: Coreia do Sul e Chile.

Olhando para o cenário latino-americano, Tiftik diz que a Argentina conseguiu com êxito reduzirbwine f7dívidabwine f7relação ao PIB. A Colômbia tem visto um declínio e a dívida mexicana permanece limitada.

Por outro lado, o Chile testemunhou um aumento significativobwine f7seus níveisbwine f7endividamento, especialmente entre empresas não financeiras.

No entanto, o especialista não vê um grande motivobwine f7preocupação.

O Chile tem um mercadobwine f7capitais relativamente robusto e, como é um país orientado para a exportação, explica ele, teve a oportunidadebwine f7receber mais capital do que o resto do mundo, além do disponível no mercado doméstico.

Notasbwine f7dinheiro

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Legenda da foto, A dívida da China está se aproximandobwine f7310%bwine f7seu Produto Interno Bruto

"Países como Chile e Coreia do Sul estãobwine f7uma posição segura", diz Tiftik. "Não é algo negativo."

"Se eu visse esse nívelbwine f7dívidabwine f7outros países que não o Chile ou a Coreia do Sul, ficaria mais preocupado".

A seguir, veja o resumo do nívelbwine f7endividamento das maiores economias da América Latina,bwine f7acordo com a classificação feita pelo IIF.

Dívida fiscal . (% do PIB).  .
Dados do setor financeiro. (% do PIB).  .
Dívidabwine f7empresas não financeiras. (% do PIB).  .
Dívidas domésticas.  (% do PIB).  .

(Os números foram publicados no dia 13bwine f7janeiro. Eles correspondem ao terceiro trimestrebwine f72019).

Com reportagembwine f7Cecilia Barría, da BBC News Mundo

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