Trabalhos dos sonhosbetcerto netjovensbetcerto nethoje correm riscobetcerto netnão existir no futuro, diz OCDE:betcerto net

Mercadobetcerto nettrabalho

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Relatório aponta uma possível desconexão entre as ambições profissionais dos jovensbetcerto nethoje com o mercadobetcerto nettrabalhobetcerto netamanhã

E o que a pesquisa identificou é que a maioria dos jovens sonha com um número limitadobetcerto netcarreiras, bastante parecidas às citadas por jovens entrevistados na mesma pesquisa oito anos antes, durante o Pisa 2000.

Médica

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Legenda da foto, Algumas profissões, nas áreas médicas e sociais, correm baixo riscobetcerto netautomação; outras podem acabar sendo rapidamente substituídas por máquinas e algoritmos

Para meninos, na média, as ocupações dos sonhos mais citadas são, nesta ordem: engenheiro, administradorbetcerto netempresas, médico, profissionalbetcerto netTI, atleta, professor, policial, mecânicobetcerto netveículos, advogado e arquiteto.

Para meninas, as ocupações mais citadas são médica, professora, administradorabetcerto netempresas, advogada, enfermeira ou parteira, psicóloga, designer, veterinária, policial e arquiteta. Não foram divulgados dados específicosbetcerto netcada país, apenas uma média global.

Para a OCDE, há ao menos duas questões importantes a serem debatidas: será que essas aspirações vão refletir as necessidades do ambiente profissional do futuro? E será que os jovens — principalmente osbetcerto netbaixa renda — estão recebendo a educação e a orientação corretas para fazer boas escolhas para seu futuro profissional?

'Expectativasbetcerto netcarreiras mudaram pouco'

"Enquanto o mundo passou por grandes mudanças desde o Pisa 2000, os resultados mostram que as expectativasbetcerto netcarreiras dos jovens mudaram pouco desde então", diz o relatório da OCDE. "Ficaram, inclusive, mais concentradosbetcerto netmenos ocupações. Na pesquisabetcerto net2018, 47% dos meninos e 53% das meninasbetcerto net41 países e economias (os que também participaram do Pisa 2000) dizem que esperam trabalharbetcerto netum dos dez trabalhos mais citados quando chegarem aos 30 anos."

No Brasil — onde 11 mil alunos participaram do Pisa —, 70% das meninas e 60% dos meninos sonham com as mesmas dez carreiras, semelhantes às citadas acima.

É bom lembrar que jovens costumam sofrer,betcerto netmuitos países, com taxasbetcerto netdesemprego superiores às da populaçãobetcerto netgeral. Entre os jovens brasileirosbetcerto net18 a 24 anos, por exemplo, o desemprego passavabetcerto net25%, segundo dadosbetcerto netnovembrobetcerto net2019, contra a taxa geralbetcerto net11%.

"Parece que, ao longobetcerto netsua escolarização, os jovens têm dificuldadebetcerto netdesenvolver entendimentos mais bem informados e sutis sobre o mercadobetcerto nettrabalho e como podem se engajar nele", conclui a OCDE, destacando "preocupação quanto à extensãobetcerto netque crianças estão sendo preparadas para os empregos do futuro".

"É preocupante que mais jovens do que antes pareçam estar escolhendo seu trabalho dos sonhos a partirbetcerto netuma pequena listabetcerto netocupações populares e tradicionais", afirmou nesta quarta-feira, no Fórum Econômico Mundial, o diretorbetcerto neteducação da OCDE, Andreas Schleicher. "A pesquisa mostra que muitos adolescentes estão ignorando ou não têm conhecimentobetcerto netnovos tiposbetcerto nettrabalho que estão emergindo, sobretudobetcerto netrazão da digitalização."

Alunos britânicos fazendo provas

Crédito, PA Media

Legenda da foto, OCDE se diz preocupada 'quanto à extensãobetcerto netque crianças estão sendo preparadas para os empregos do futuro'

Essas carreiras vão continuar a existir?

A maioria das carreiras nas áreas médicas e sociais tendem a ter baixo riscobetcerto netserem substituídas por máquinas no curto prazo, diz a entidade. No entanto, para alémbetcerto netalguns dos trabalhos mais cobiçados, "muitos jovens selecionaram (em suas aspirações) trabalhos que correm alto riscobetcerto netautomação", aponta o estudo da OCDE.

"No total, 39% dos trabalhos citados pelos participantes do Pisa,betcerto netmédia pelos países da OCDE, correm o riscobetcerto netserem automatizados ao longo dos próximos cinco ou dez anos."

Esse risco variabetcerto netpaís para país e também é influenciado pela educação e pelo nível socioeconômico dos trabalhadores: quanto mais baixo for esse nível, maior é o riscobetcerto neteles terem seus empregos substituídos por computadores ou pela Inteligência Artificial.

Embora o relatório da OCDE não detalhe quais profissões escolhidas por jovens estão mais sob riscobetcerto netautomação, pesquisas prévias já haviam se debruçado nesse assunto.

O relatório Futuro do Emprego 2018, do Fórum Econômico Mundial (WEF, na siglabetcerto netinglês), lista funções que tendem a se tornar cada vez mais "redundantes" à presença da Inteligência Artificial e, portanto, correm o riscobetcerto netserem substituídas por robôs, drones ou algoritmos. Entre essas funções estão: advogados, contadores, mecânicos, motoristasbetcerto netveículos, bancários, trabalhadores fabris, auditores, gerentes administrativos e caixasbetcerto netlojas.

Quase 50% das empresas entrevistadas pelo Fórum Econômico Mundial preveem que a automação provocará demissõesbetcerto netseus empregados até 2022. Ao mesmo tempo, 38% delas esperam contratar mais gente para funções que elevembetcerto netprodutividade, gerando outro tipobetcerto netemprego com exigênciasbetcerto netoutro tipobetcerto netqualificação.

Os empregos consideradosbetcerto netascensão pelo relatório do WEF são analistas e cientistasbetcerto netdados, especialistasbetcerto netTI ou Big Data, desenvolvedoresbetcerto netsoftwares, especialistasbetcerto netredes sociais e comércio digital, entre outros.

"Em 2022, (as empresas preveem que) nada menos que 54%betcerto nettodos os funcionários vão precisarbetcerto netum significativo aumentobetcerto netsuas habilidades", diz o texto.

Robô saibetcerto netcarro após dirigi-lobetcerto netteste

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Legenda da foto, Robô saibetcerto netcarro após dirigi-lobetcerto netteste; relatório do Fórum Econômico Mundial listou funções que podem se tornar redundantes pela automação

Como preparar os jovens para as novas demandas?

De volta ao relatório da OCDE, a entidade conclui que parece haver uma desconexão entre o que os jovensbetcerto netagora anteveem para seu futuro profissional e o que encontrarão,betcerto netfato, ao procurarem emprego,betcerto netum futuro próximo.

"Parece que os sinais do mercado profissional não estão conseguindo alcançar os mais jovens: empregos acessíveis e bem remunerados não parecem captar a imaginação dos adolescentes", diz a organização. "Muitos jovens, particularmente meninosbetcerto netorigem desvantajosa (socioeconomicamente), querem empregos que correm alto riscobetcerto netautomação."

É possível, diz o relatório, que esses meninos sequer tenham tido qualquer contato, ao longobetcerto netsua vida escolar, com informações a respeitobetcerto netcomo encaixar suas ambições pessoais no ambiente profissional do futuro. "Estudantes não conseguem ser algo que eles sequer conseguem ver", diz o texto.

Na pesquisa realizada durante o Pisa 2018, jovensbetcerto netbaixa renda tinham menor probabilidadebetcerto netterem pesquisado na internet sobre carreiras futuras,betcerto netterem conversado com conselheiros vocacionais ebetcerto netterem visitado ambientes profissionais ou feirasbetcerto netemprego.

Entre as recomendações da entidade estão que todos os jovens tenham a oportunidade, dentro do ambiente educativo,betcerto netentrarbetcerto netcontato com novas profissões, por exemplo,betcerto netestágios temporários, visitas ou trabalhos meio período.

Escola

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Legenda da foto, 'A nova geraçãobetcerto netcidadãos exige não apenas fortes habilidades acadêmicas, mas também curiosidade, imaginação, empatia, empreendedorismo e resiliência', diz

Mais ainda, recomenda que esses jovens tenham acesso a algum tipobetcerto netmentoria, que ajude-os a "refletir sobre quem eles são e quem querem se tornar, e a pensar criticamente sobre a relação entre suas escolhas educacionais e vida econômica futura. (...) Pela exposição a pessoasbetcerto netdiferentes empregos, os jovens têm a chancebetcerto netdesafiar estereótiposbetcerto netclasse e gênero e ampliar suas aspirações, facilitandobetcerto netentrada no mercadobetcerto nettrabalho".

Ensinar alémbetcerto netconhecimento acadêmico

A OCDE destaca também a importânciabetcerto netos jovens atuais aprenderem não apenas conteúdo, mas habilidades socioemocionais que lhes permitam transitar com mais facilidade pelo ambiente profissional futuro.

"A nova geraçãobetcerto netcidadãos exige não apenas fortes habilidades acadêmicas, mas também curiosidade, imaginação, empatia, empreendedorismo e resiliência", diz o relatório. "Eles vão precisarbetcerto netautoconfiança e determinação para criar seu próprio emprego e gerenciar suas carreirasbetcerto netnovas formas."

Para dar conta disso, as escolas precisarão "ir além das tradicionais técnicasbetcerto netensino".

"Não apenas elas terãobetcerto netoferecer aos alunos o conhecimento relevante para seu futuro emprego, como também precisarão desenvolver neles habilidades para que sejam pessoalmente eficientesbetcerto netaplicar esse conhecimentobetcerto netambientesbetcerto netmutação. (...) Boas escolas vão ajudar os jovens a se tornar pensadores críticos sobre o mercadobetcerto nettrabalho e sobre como ele se relaciona ao seu aprendizado."

Línea

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