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Polarização política gera 'guerra' sobre o que ensinar nas escolas americanas:freebet te apuesto
Vários fatos e personagens históricos antes deixadosfreebet te apuestolado vêm sendo incorporados aos currículos. No estudo sobre a Segunda Guerra Mundial, alunos agora aprendem sobre a atuação dos Tuskegee Airmen, grupofreebet te apuestopilotosfreebet te apuestoelite das Forças Armadas americanas formado somente por negros,freebet te apuestouma épocafreebet te apuestoque o país vivia sob leisfreebet te apuestosegregação racial.
Em muitas escolas, há lições sobre os líderes trabalhistas latinos Cesar Chavez e Dolores Huerta efreebet te apuestoatuação no United Farm Workers, sindicato que lutou por melhores condições para os trabalhadores rurais a partir dos anos 1960.
A presidente do National Council for the Social Studies (Conselho Nacional para os Estudos Sociais, ou NCSS, na siglafreebet te apuestoinglês), Tina Heafner, diz à BBC News Brasil que, com a maior diversidade entre os estudantes americanos, muitos desses alunos não se viam refletidos nos currículos.
Segundo Heafner, há, atualmente, a consciênciafreebet te apuestoque o currículofreebet te apuestoEstudos Sociais não era inclusivo no passado efreebet te apuestoque é necessário questionar que vozes são integradas e que vozes estão silenciadas. "Há a percepçãofreebet te apuestoque nossas práticas tradicionais não prepararam bem os estudantes para o que é exigido deles atualmente na vidafreebet te apuestosociedade", afirma.
A presidente eleita do NCSS, Stefanie Wager, afirma que há um desejofreebet te apuestoincluir aspectos que reflitam não apenas as identidades dos estudantes, mas também as identidades dos outros.
"Mesmo quefreebet te apuestouma escola todos os estudantes sejam brancos, o currículo ainda assim deve refletir a diversidade do mundo, porque nós precisamos oferecer janelas para (que os estudantes possam) ver outras pessoas."
Polêmicas
Mas esses esforços muitas vezes são recebidos com polêmica, especialmentefreebet te apuestoum momentofreebet te apuestogrande polarização política no país. Segundo Wager, alguns tópicosfreebet te apuestoparticular costumam gerar mais controvérsia, entre eles temas ligados à comunidade LGBT e à Guerra Civil (especialmente no Sul do país).
"E quando há uma listafreebet te apuestopessoas (figuras históricas incluídas nos currículos), muitas vezes há o questionamento sobre quantas dessas pessoas são democratas e quantas são republicanas, e se há um número igualfreebet te apuestodemocratas e republicanos", diz.
No Estadofreebet te apuestoMichigan, iniciativas recentes para incluir nas aulasfreebet te apuestoEstudos Sociais temas relacionados aos direitos da comunidade LGBT e às mudanças climáticas foram denunciadas por grupos conservadores, que reclamaram que as mudanças davam menos espaço à importância da influência cristã na história americana.
Alguns políticos sugeriram que as escolas deveriam equilibrar lições sobre direitos LGBT com o ensinofreebet te apuestodireitosfreebet te apuestoconsciência religiosa.
No Texas, diversas alterações propostasfreebet te apuesto2018, entre elas afreebet te apuestoretirar do currículo personagens como a ex-candidata presidencial democrata Hillary Clinton, a ativista por direitos das pessoas com deficiência Helen Keller e o profeta Moisés, geraram mesesfreebet te apuestocontrovérsia, com protestos tantofreebet te apuestogrupos conservadores como liberais, e acabaram sendo derrubadas.
O objetivo inicial das mudanças no Texas era responder à reclamaçãofreebet te apuestoprofessores, que diziam não ter tempo para cobrir todos os assuntos previstos no currículo e que, com isso, os estudantes acabavam simplesmente memorizando os temasfreebet te apuestovezfreebet te apuestorealmente aprenderem.
O Conselhofreebet te apuestoEducação do Estado reuniu então um grupofreebet te apuestotrabalho formado por professores, historiadores e especialistasfreebet te apuestoeducação para analisar o currículofreebet te apuestovigor (que havia sido atualizadofreebet te apuesto2010 e já era alvofreebet te apuestocríticas) e recomendar cortes.
Alémfreebet te apuestoretirar várias figuras históricas, o grupofreebet te apuestotrabalho também debateu mudançasfreebet te apuestodiversos temas. No ensino da Guerra Civil, por exemplo, a escravidão, até então citada como uma entre várias causas, deveria passar a ser descrita como tendo papel central. Outra sugestão, afreebet te apuestoretirar os "direitos dos Estados" entre as causas da guerra, foi derrubada.
Apesarfreebet te apuestoo objetivo da revisão no Texas ter sido simplificar o currículo e dar mais flexibilidade aos professores, as mudanças provocaram ataques tanto da direita quanto da esquerda, que viram nas propostas a tentativafreebet te apuestoimpor pontosfreebet te apuestovista políticos ao que é ensinado aos alunos.
Vários outros Estados registraram polêmicas semelhantes recentemente. Até mesmo a questão sobre como descrever o governo americano costuma ser alvofreebet te apuestocontrovérsia: republicanos preferem "república constitucional", democratas preferem "democracia".
Apesarfreebet te apuestohistoriadores dizerem que os Estados Unidos são tanto uma república quanto uma democracia representativa, diversos Estados, entre eles Michigan e Texas, enfrentaram polêmicas recentes sobre qual dos termos as escolas devem usar.
Mesmofreebet te apuestoredutos liberais, como a Califórnia, as mudanças enfrentam resistência. Apesarfreebet te apuestoo Estado determinar desde 2011 o ensino da história da luta pelos direitos LGBT nas escolas públicas, até hoje muitas não incluíram o temafreebet te apuestoseus currículos, diante da relutânciafreebet te apuestoalguns pais, que argumentam que temas ligados a sexualidade e gênero devem ser ensinadosfreebet te apuestocasa.
Divisões políticas
As orientações sobre o que deve ser ensinado nas aulasfreebet te apuestoEstudos Sociaisfreebet te apuestoescolas públicas americanas são revisadas periodicamente. Como não há um currículo nacional obrigatório, cabe aos Estados determinar o que seu alunos devem aprender, e a maioria promove atualizações a cada cinco ou sete anos.
O processo variafreebet te apuestocada Estado, masfreebet te apuestogeral o Conselhofreebet te apuestoEducação cria gruposfreebet te apuestotrabalho formados por especialistas para analisar o materialfreebet te apuestovigor e sugerir mudanças, que são então submetidas a comentários do público antesfreebet te apuestoserem aprovadas.
Mas como os membros dos conselhos costumam ser eleitos e pertencer a um dos dois principais partidos (Republicano ou Democrata), é comum que essas revisões sejam marcadas por divisões políticas.
"Em alguns Estados, alémfreebet te apuestopassar pelo Conselhofreebet te apuestoEducação, as mudanças também precisam ser aprovadas pelo Poder Legislativo estadual. Muitas vezes, nesses Estados, é mais difícil aprovar as mudanças, porque mais pessoas precisam concordar. Torna-se um pouco mais político", diz Wager.
De acordo com ela, quanto mais específicas as orientações, mais polêmico o processo costuma ser.
"Um dos motivos (das controvérsias) no Texas e nesses outros Estados é a inclusãofreebet te apuestouma lista muito específica (de personagens, datas, locais e fatos históricos que devem ser ensinados). Outros Estados têm orientações menos específicas, não incluem nomes ou lugares, apenas conceitos mais amplos."
As orientações oficiais servem para guiar os professores no planejamento das aulas, esclarecendo que temas devem ser incluídos e como devem ser abordados. Mas não costuma haver fiscalização para garantir que todos os professores estão seguindo o currículo oficial.
E defensores dos cortes recentes no material previstofreebet te apuestoEstados como o Texas ressaltam que isso não significa que os temas cortados passam a ser proibidos, mas simplesmente que não são mais obrigatórios. As escolas têm liberdade para ensinar material que não está incluído.
Mas os testes aplicados aos alunos do Estado costumam ser baseados nessas orientações, e muitos professores afirmam não ter tempo para cobrir o material que não cai nos testes.
A decisão sobre o que ensinar aos alunosfreebet te apuestoescolas públicas nas aulasfreebet te apuestoEstudos Sociais sempre provocou polêmica, e reflete a divisão dos americanos sobre que fatos históricos e valores cívicos os estudantes devem aprender. Temas como imigração, direitos civis, identidade americana e tantos outros costumam dividir conservadores e liberais.
Heafner ressalta que o processo sempre foi politizado. "Sempre houve esforços para controlar o conteúdo nos currículos para servir à maioria política daquele período", afirma.
Mas especialistas veem uma mudança mais amplafreebet te apuestocurso,freebet te apuestoum momentofreebet te apuestoque a educação cívica ganha importância diante do climafreebet te apuestodivisão política no país. "Por muitos anos, os Estudos Sociais foram marginalizados nos Estados Unidos (em comparação com outras disciplinas)", diz Wager.
Ela diz perceber um ressurgimento no interesse pelo tema, especialmente desde a eleiçãofreebet te apuesto2016. "[Há interessefreebet te apuestodiscutir] a importância dos Estudos Sociais para entender tantas coisas, entender o mundofreebet te apuestoque vivemos, para a capacidadefreebet te apuestoconversar sobre política e sobre temas polêmicos,freebet te apuestoentender quem você é como pessoa e qual afreebet te apuestocultura."
"Durante centenasfreebet te apuestoanos, os Estados Unidos tentaram se orgulharfreebet te apuestoserem (uma sociedade) diversa e multicultural. É importante que os Estudos Sociais que os estudantes aprendem reflitam isso", ressalta Wager.
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