Desigualdade, corrupção e liberdade: o que houvefreebet parions sport14 países atingidos por protestosfreebet parions sport2019:freebet parions sport
Outro ponto comum é a corrupção — uma das palavras mais repetidas pelos manifestantes, sejafreebet parions sportdemocráticos mais estáveis, como a Itália, sejafreebet parions sportsistemas políticos mais fechados e controlados, como o Egito.
Completando esta tríade aparece a liberdade política —freebet parions sportHong Kong à Espanha, passando pela Bolívia, manifestantes gritaram por direitos a eleições transparentes, autonomia e liberdade política.
A crise global, segundo analistas, pode se aprofundarfreebet parions sport2020 — a pontofreebet parions sporto governofreebet parions sportJair Bolsonaro demonstrar preocupação com possíveis reflexos da ondafreebet parions sportmegaprotestos nas ruas brasileiras.
Em outubro,freebet parions sportmeio às manifestações no Chile, Bolsonaro disse, na China, que seu "governo não pode deixarfreebet parions sportse antecipar aos problemas".
"Isso faz partefreebet parions sportqualquer país do mundo: é saber como setores da sociedade estão se comportando para você poder negociar com antecedência", afirmou.
Questionado na época sobre quais ameaças teriam sido registradas pela Abin (Agência Brasileirafreebet parions sportInteligência), o presidente brasileiro se limitou a dizer que "devemos sempre nos preparar para o pior para poder reagir com serenidade e objetividade".
Confira a seguir um resumo das origens e desfechos dos principais protestos registrados pelo mundofreebet parions sport2019:
Irã
O aumento nos preçosfreebet parions sportcombustíveis foi o estopim para uma multidão ir às ruasfreebet parions sportdiversas cidades do país islâmico,freebet parions sportnovembro desse ano - o custo da gasolina triplicou da noite para o dia no Irã.
Na tentativafreebet parions sportconter as manifestações, o governo decidiu bloquear o acesso à internet no país, dificultando a articulação dos manifestantes por redes sociais ou aplicativosfreebet parions sportmensagens.
Ao mesmo tempo, a comunidade internacional também não conseguiu acompanharfreebet parions sporttempo real o que estava acontecendo na capital, Teerã, efreebet parions sportseus arredores.
ONGs como a Anistia Internacional demonstraram preocupação com o "apagão" e criticaram o bloqueio da internet. Segundo o ONG, maisfreebet parions sport100 pessoas teriam morridofreebet parions sport5 diasfreebet parions sportprotestos duramente reprimidos por forças policiais.
O número, no entanto, poderia chegar a 300.
Líbano
No Líbano, a razão que levou uma multidãofreebet parions sportmanifestantes às ruas pode surpreender muitos brasileiros.
A origem daqueles que são considerados os maiores protestos do país nos últimos 15 anos é o WhatsApp.
Em 17freebet parions sportoutubro, o governo lançou a ideiafreebet parions sportcobrar taxas para ligações feitas pelo aplicativo com o objetivofreebet parions sportaumentar a arrecadação dos cofres públicos. O panofreebet parions sportfundo era a crise econômica que se aprofundou no último ano.
A ideiafreebet parions sportuma espéciefreebet parions sportimposto sobre o WhatsApp, junto a novas taxas sobre produtos como combustíveis e cigarros, foram a gota d'água para que a população libanesa resolvesse ir para as ruas protestar contra o mau usofreebet parions sportrecursos públicos pelo governo.
Ao notar o caos gerado pelo anúnciofreebet parions sportnovos impostos, o governo recuou e anunciou que não taxaria mais o WhatsApp.
Mas era tarde demais.
Após duas semanasfreebet parions sportmanifestações, o primeiro-ministro Saad al-Hariri renunciou, afirmando que o país havia chegado a um "beco sem saída".
O Líbano tenta formar um novo governo — e os manifestantes, descrentes com os políticos, continuam nas ruas.
Colômbia
O presidente colombiano Ivan Duque foi surpreendido no fimfreebet parions sportnovembro, quando uma grevefreebet parions sportgrandes proporções lotou ruas do país.
Autoridades decretaram toquefreebet parions sportrecolher e lançaram bombasfreebet parions sportgás lacrimogêneo para conter vandalismo e saquesfreebet parions sportlojas.
Conhecidos dos brasileiros, os famosos panelaços também foram ouvidosfreebet parions sportBogotá, capital do país.
A razão dos protestos não é tão clara quanto afreebet parions sportoutros países.
Parte dos manifestantes dizia ter ido protestar para evitar um suposto "pacotaço" que afetaria aposentadorias e salário mínimo.
Mas o governo nega qualquer planofreebet parions sportmudanças. Assim, não se sabe se o projeto foi engavetado depois dos protestos, ou sefreebet parions sportfato os planos nunca existiram.
Faltafreebet parions sportinvestimentosfreebet parions sporteducação e uma ondafreebet parions sportassassinatosfreebet parions sportindígenas, líderes sociais, ativistas e ex-guerrilheiros das Farc também estão na listafreebet parions sportrazões apontadas por manifestantes e analistas para o início das manifestações.
França
Os chamados "coletes amarelos" surgiram no fim do ano passado, mas ganharam famafreebet parions sport2019, graças a uma sériefreebet parions sportgrandes protestos consecutivos que incluíram depredaçõesfreebet parions sportlojasfreebet parions sportluxo, carros e agências bancárias.
Os protestos surgiramfreebet parions sportcidades pequenas, pelas mãosfreebet parions sportfranceses pobres que sofriam com o aumento dos impostos sobre combustíveis.
Mas os atos cresceram, se espalharam e se transformaramfreebet parions sportuma revolta mais ampla contra as elites e a classe dominante francesa. A pauta, como no Brasilfreebet parions sport2013, se tornou ampla, e as massas passaram a reunir grupos com diferentes orientações políticas — da "extrema direita à extema esquerda", segundo a imprensa francesa.
Quando os atos dos coletes amarelos pareciam peder força, um novo grupo, este organizadofreebet parions sporttornofreebet parions sportsindicatos e movimentos sociais, foi às ruasfreebet parions sportParis neste mêsfreebet parions sportdezembro.
Dessa vez, os protestos foram contra a reforma da Previdência proposta pelo governofreebet parions sportEmmanuel Macron. Segundo os jornais franceses, centenasfreebet parions sportmilharesfreebet parions sportpessoasfreebet parions sporttodo o país protestaram contra as reformas econômicas do governo.
O transporte publicofreebet parions sportParis chegou a quase parar no auge dos protestos.
Bolívia
Na Bolívia, o estopim para as manifestações foram as eleições geraisfreebet parions sport20freebet parions sportoutubro.
Os primeiros resultados apontavam para um segundo turno entre o então presidente Evo Moraels e Carlos Mesa, segundo colocado no pleito.
A divulgação dos resultados foi interrompida e, quando voltou, Evo apareceu com margem suficiente para ganhar as eleições no primeiro turno e se manter, pela quarta vez, no cargo político mais alto do país andino.
Muitos bolivianos foram às ruas protestar contra uma suposta fraude no processo — tese reforçada por orgãos internacionais como a Organização dos Estados Americanos e a União Europeia.
A tensão escalou rapidamente, se espalhou pelo país e houve muita violência, desde ataques a jornalistas e políticos até ofensas racistas contra indígenas, passando por saques e destruição nas ruas da capital, La Paz.
Evo ainda tentou controlar a ondafreebet parions sportviolência decretando estadofreebet parions sportemergência no país, mas não teve sucesso — especialmente quando membrosfreebet parions sportforçasfreebet parions sportsegurança (Exército e polícias) passaram a se recusar a conter os protestos.
O líder indígena chegou a aceitar novas eleições, mas a pressão foi tamanha — vindo inclusive da principal liderança do Exército, que sugeriu que ele renunciasse — que Evo deixou o governo e pediu asilo no México.
De lá, o ex-presidente boliviano viajou para a Argentina, onde recebeu asilo definitivo do novo presidente, Alberto Fernández.
Quem assumiu o comando da Bolívia foi a ex-senadora Jeanine Áñez, que se declarou presidente interina do país, mesmo sem que houvesse a quantidade mínimafreebet parions sportparlamentares necessária para confirmá-la no cargo.
Agora, os bolivianos esperam por novas eleições.
Chile
"Não é só por 20 centavos."
O mote dos protestosfreebet parions sportjunhofreebet parions sport2013 no Brasil poderia estar nas ruas do Chile neste anofreebet parions sport2019.
A gota d'água para a tensão no vizinho sul-americano foi um aumentofreebet parions sport30 pesos chilenos (cercafreebet parions sportR$ 0,17) nas tarifasfreebet parions sportmetrô da capital Santiago.
O resultado imediato foram cenas mostrando centenasfreebet parions sportpessoas invadindo estações, pulando catracas, quebrando portões e ganhando as ruas da capital chilena.
Saques foram registradosfreebet parions sporttodo o país e a polícia reagiu com extrema violência, segundo observadores chilenos e internacionais.
De acordo com uma associação médica chilena, maisfreebet parions sport230 pessoas perderam a visão total ou parcialmente após levarem tirosfreebet parions sportbalasfreebet parions sportborracha ou chumbo vindos da polícia.
Pela primeira vez desde a ditadurafreebet parions sportAugusto Pinochet, o Exército foi para as ruas do país, que decretou 15 diasfreebet parions sportestadofreebet parions sportemergência. Maisfreebet parions sportmil pessoas foram presas e pelo menos 20 morreram.
O Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, hoje chefiado pela ex-presidente chilena Michelle Bachelet, criticou a violência e acusou o governofreebet parions sport"fracassarfreebet parions sportseguir as normas internacionais".
O atual presidente Sebastián Piñera recuou nos aumentos das passagens e convocou um plebiscito para a discussãofreebet parions sportuma nova Constituição — uma das principais demandas dos manifestantes, que criticam a Carta Magna que vigora desde o período Pinochet.
Hong Kong
As manifestações mais persistentesfreebet parions sport2019 acontecemfreebet parions sportHong Kong, um território semiautônomo da China que há muitos anos tem movimentos que defendemfreebet parions sportindependência do gigante asiático.
Os atos começaram no fimfreebet parions sportmarço, a partirfreebet parions sportum projeto que permitiria a extradiçãofreebet parions sportpessoas para a China continental.
A ideia gerou revolta porque China e Hong Kong têm sistemasfreebet parions sportleis distintos e, para os críticos, a proposta poderia expor a população a julgamentos injustos e um tratamento violento, alémfreebet parions sportproporcionar à China maior influência sobre o território.
Alguns manifestantes adotaram o lema: "Cinco demandas, nem uma a menos!" São elas: que os protestos não sejam caracterizados como "motim"; conceder anistia aos manifestantes presos; conduzir uma investigação independente sobre suposta violência policial; implementar o sufrágio universal completo.
A quinta demanda, que seria derrubar o projetofreebet parions sportlei sobre extradição, já foi atendida.
Os manifestantes também pedem a renúncia da líderfreebet parions sportHong Kong, Carrie Lam, considerada por eles "uma marionetefreebet parions sportPequim".
O maior protesto aconteceufreebet parions sport9freebet parions sportjunho, quando maisfreebet parions sportum milhãofreebet parions sportpessoas foram as ruas segundo organizadores.
Muitos meses depois, a crise não dá sinaisfreebet parions sportque vá arrefecer.
Egito
Cairo, a capital egípcia, e diversas outra cidades do país foram tomadasfreebet parions sportpessoas pedindo a queda do líder Abdel Fatah al-Sisi, que chegou ao poder após um golpefreebet parions sportEstadofreebet parions sport2013.
As manifestações teriam sido convocadas por Mohamed Aii, um ator e empresário egípcio que vive exilado na Espanha e acusa sistematicamente o governofreebet parions sportcorrupção.
As manifestaçõesfreebet parions sportrua são raras na história do Egito por conta da dura repressão que os protestos costumam sofrer.
Dessa vez, no entanto, TVs e jornais internacionais registraram imagens fortesfreebet parions sportmanifestantes pisando, cuspindo e ateando fogofreebet parions sportfotografias do presidente.
Uma forte atuação policial parece ter contido os protestos, mas não há garantiasfreebet parions sportque eles não ganhem fôlego novamente no ano que vem.
Equador
Outro país latino-americano a decretar estadofreebet parions sportemergência na tentativafreebet parions sportconter manifestantes foi o Equador.
Os combustíveis também foram o motivo inicial dos protestos:freebet parions sporttrocafreebet parions sportempréstimos do Fundo Monetário Internacional (FMI), o presidente Lenín Moeno decidiu tirar subsídios da gasolina, o que faria os preços aumentarem.
A reação popular foi imediata e a capital do país chegou a ser transferida temporariamentefreebet parions sportQuito para Guayaquil.
O presidente recuou nos aumentos, e a situação pareceu se acalmar.
Espanha
Os protestos pela independência da Catalunha não são novidade.
Neste ano, eles eclodiramfreebet parions sportoutubro,freebet parions sportreação a uma decisão do Supremo Tribunal Federal do paísfreebet parions sportcondenar a maisfreebet parions sport10 anosfreebet parions sportprisão um grupofreebet parions sport9 líderesfreebet parions sportmovimentos separatistas, que haviam convocado um plebiscito discutindo a independência da região.
A Catalunha, onde está Barcelona, tem idioma e cultura diferentes do resto da Espanha.
Os protestos,freebet parions sportgeral pacíficos, evoluíram para violência e confronto entre manifestantes e policiais.
Eles devem continuarfreebet parions sport2020, já que não há perspectivasfreebet parions sportsolução para o impasse.
Iraque
Piorafreebet parions sportacesso a serviços básicos, desemprego e a corrupção estão na raiz dos protestos que se espalharam neste ano pelo Iraque.
A violência marcou as marchas no país árabe, onde maisfreebet parions sport200 pessoas teriam morrido durante os protestos, que foram além da capital Bagdá e se espalharam por diversas cidades.
Em uma tentativafreebet parions sportacalmar os manifestantes — e como resultado direto das mobilizações —, o primeiro-ministro Adil Abdul Mahdi anuncioufreebet parions sportrenúncia no fimfreebet parions sportnovembro.
Segundo o think tank Monitor do Oriente Médio, o Conselho Judicial Supremo do país ordenou,freebet parions sportdezembro, a libertaçãofreebet parions sport2.700 manifestantes detidos pelas agênciasfreebet parions sportsegurança do país por participarem dos protestos.
Os manifestantes, no entanto, não desistiram e pedem uma mudança completa no sistema político do país, que foi renovadofreebet parions sport2003 após a quedafreebet parions sportSaddam Hussein.
Sudão
Em abrilfreebet parions sport2018, as Forças Armadas do país africano derrubaram o ex-presidente Omar al-Bashir, após 30 anos no poder.
Em dezembro, ele foi condenado a dois anosfreebet parions sportprisão por corrupção, após autoridades encontrarem 7 milhõesfreebet parions sporteuros na casa do ex-líder, que promete recorrer da decisão.
Um conselho militar governa o país desde a deposição.
A junta deve continuar no poder pelos próximos 3 anos, prazo estimado para a transição rumo a um governo civil e democrático.
No entanto, os manifestantes, que celebraram a quedafreebet parions sportBashir, não querem esperar até 2022.
Eles pedem um governo civil e prometem continuar a ondafreebet parions sportprotestos, apesar da dura repressão dos militares, que já teriam matado pelo menos 100 ativistas (o número não é confirmado pelo governo local).
Itália
"Sardinhas", assim se chamam os manifestantes que lotaram a praça San Giovanni,freebet parions sportRoma, neste mêsfreebet parions sportdezembro, contra a influência política do ex-ministro do Interior Matteo Salvini — considerado a principal voz da extrema-direita no país e hoje um dos políticos mais populares da Itália.
A polícia e a prefeiturafreebet parions sportRoma dizem que 35 mil "sardinhas" estavam na praça, mas os manifestantes dizem que 100 mil pessoas passam por lá.
O apelido surgiu porque os manifestantes vêm se espremendo, literalmente,freebet parions sportprotestos embalados pela música Bella Ciao, um hino antifascista tradicional no país.
Alémfreebet parions sportprotestarem contra a Liga, partido liderado por Salvini, os manifestantes querem abolir um decreto assinado pelo ex-ministro que proíbe e pune navios que trouxerem para a Itália imigrantes resgatados no mar Mediterrâneo.
Haiti
Segundo a ONU, maisfreebet parions sport40 pessoas morreram nas protestos que se espalham pelo Haiti pedindo a queda do presidente Jovenel Moise, que está no poder desde 2017.
A capital, Porto Príncipe, é o principal palcofreebet parions sportmanifestações.
Diferentesfreebet parions sportmuitos protestos registrados neste ano, as marchas no Haiti vêm sendo marcadas pela presençafreebet parions sportfamílias vestindo branco e dançando ao somfreebet parions sportartistas famosos.
O pontofreebet parions sportpartida, neste caso, foi a faltafreebet parions sportcombustíveis — um problema registrado desde agosto.
Inflação, desemprego e altos índicesfreebet parions sportviolência também estão entre os principais problemas apontados pelos manifestantes.
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