Em declínio desde Chávez, indústria venezuelanapalpite para atlético goianiense e corinthiansnovelas tenta resgatar antigo brilho:palpite para atlético goianiense e corinthians

Cristal

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Carlos Mata e Jeannette Rodríguez estrelaram "Cristal", que bateu recordespalpite para atlético goianiense e corinthiansaudiência

Na era da Netflix e o consumo massivopalpite para atlético goianiense e corinthiansficção audiovisual sob demanda na internet, os sobreviventes na Venezuela desse negócio estão remando contra a maré do mercado global.

Os produtorespalpite para atlético goianiense e corinthianstelenovela hoje

Filmagem

Crédito, Cortesia da RCTV

Legenda da foto, Feitas com orçamentos muito apertados, as atuais novelas venezuelanas enfrentam dificuldades para competir com aspalpite para atlético goianiense e corinthiansoutros países

"Agora fazemos séries mais curtas, que é o que nossos clientes nos pedem", disse à BBC News Mundo, serviçopalpite para atlético goianiense e corinthiansespanhol da BBC, José Simón Escalona, ​​vice-presidentepalpite para atlético goianiense e corinthiansprodução da Radio Caracas Televisión (RCTV).

Escalona é um dos que resistiram na RCTV depois que Chávez não renovou a concessão do canalpalpite para atlético goianiense e corinthians2006.

Depois disso, a RCTV tentou se manter como produtorapalpite para atlético goianiense e corinthiansconteúdo, maspalpite para atlético goianiense e corinthiansprodutividade está longe do que foi no passado.

"A partirpalpite para atlético goianiense e corinthians2014, começamos a fazer produções mais curtas, com 60 capítulos que poderiam ser divididospalpite para atlético goianiense e corinthians5 temporadaspalpite para atlético goianiense e corinthians12 capítulos", explica Escalona.

Longe estão os maispalpite para atlético goianiense e corinthians200 capítulospalpite para atlético goianiense e corinthiansCristal, A damapalpite para atlético goianiense e corinthiansrosa e outros sucessos que bateram recordespalpite para atlético goianiense e corinthiansaudiência dentro e fora da Venezuela nas décadaspalpite para atlético goianiense e corinthians1980 e 1990.

Agora, a aposta épalpite para atlético goianiense e corinthiansséries mais curtas, com temas e personagenspalpite para atlético goianiense e corinthiansacordo com os novos tempos.

Em umapalpite para atlético goianiense e corinthianssuas produções mais recentes, #Eneamiga, Escalona diz que buscou-se uma "trama muito contemporânea que se passa no mundo das redes sociais".

A série mais recente que a RCTV agora tenta comercializar tem o título Almaspalpite para atlético goianiense e corinthiansluto e narra um encontropalpite para atlético goianiense e corinthiansjovens influenciadores digitais, nos quais vários deles morrem misteriosamente. Um compromisso com o suspense e "novos talentos",palpite para atlético goianiense e corinthiansacordo com Escalona.

Mas, apesarpalpite para atlético goianiense e corinthianstentativas como essas, "na Venezuela não existe mais uma indústria e é muito difícil reaparecer no contexto atual", diz Alberto Barrera Tyszka, um dos muitos autores venezuelanos que se tornaram conhecidos escrevendo novelas e acabaram deixando seu país.

Por que é tão difícil fazer novelas na Venezuela

O contexto ao qual Barrera se refere está repletopalpite para atlético goianiense e corinthiansdificuldades para os atores, diretores e toda a equipe técnica envolvida nas filmagenspalpite para atlético goianiense e corinthiansuma série.

Filmagem

Crédito, Cortesia da RCTV

Legenda da foto, Em 'Almaspalpite para atlético goianiense e corinthiansluto', uma das produções mais recentes, busca-se uma trama mais atual reunindo um grupopalpite para atlético goianiense e corinthiansjovens "influenciadores" como protagonistas da história

Faltaspalpite para atlético goianiense e corinthiansenergia, fechamentopalpite para atlético goianiense e corinthiansestradas e falhaspalpite para atlético goianiense e corinthianscomunicação são apenas alguns dos problemas frequentes na Venezuela.

Assim, segundo Johnny Polido, outro produtor veterano que também viveu os melhores tempos da RCTV, "aqui é impossível planejar uma sessãopalpite para atlético goianiense e corinthiansfilmagem".

Escalona diz que o problema da insegurança os obriga a filmar semprepalpite para atlético goianiense e corinthiansfazendas particulares com vigilância e lamenta que seja "quase impossível" obter permissão das autoridades para gravarpalpite para atlético goianiense e corinthiansvias públicas.

Segundo Polido, o pior, no entanto, é a asfixia causada por uma crise econômica que afastou maispalpite para atlético goianiense e corinthians4 milhõespalpite para atlético goianiense e corinthianspessoas e também muitas empresas da Venezuela.

"O mercadopalpite para atlético goianiense e corinthianspublicidade agora é muito pequeno e as redes não podem pagar o grande investimento necessário para fazer suas próprias produções", diz ele.

A Colômbia e o México agora disputam a liderança que a Venezuela deixou vaga. Suas produções são realizadas com orçamentos tão apertados que dificilmente lhes permitem competirpalpite para atlético goianiense e corinthiansqualidade.

Telenovela

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, A produção das sériespalpite para atlético goianiense e corinthianstelevisão atuais é muito menor que a da era dourada das novelas

Paradoxalmente, diz Escalona, ​​as antigas novelas ainda são apreciadas na África, onde sobrevive "uma audiência mais tradicional" que se tornou o principal mercado da RCTV.

Mas isso não é suficiente. O imenso edifício que a cadeia ainda ocupa na áreapalpite para atlético goianiense e corinthiansQuinta Crespo,palpite para atlético goianiense e corinthiansCaracas, tem apenas 130 dos 3.000 funcionários que possuía.

"Agora fazemos uma novela e uma série por ano, quando nos bons tempos fazíamos notícias, programaspalpite para atlético goianiense e corinthianshumor, esportes, programas para o rádio, tudo", diz Escalona, melancólico,palpite para atlético goianiense e corinthiansum corredor hoje vazio.

O contraste entre o passadopalpite para atlético goianiense e corinthiansglórias e o presente moribundo também é perceptível no cachê dos atores.

"Havia atores que ganhavam US$ 25 mil (R$ 106,4 mil, na cotação atual) pelo mêspalpite para atlético goianiense e corinthianstrabalho e as grandes estrelas chegavam a exceder esse valor", lembra Escalona.

Agora, os mais jovens não ganham maispalpite para atlético goianiense e corinthiansUS$ 500 (R$ 2,1 mil) por mês, enquanto com os mais conhecidos geralmente é acordado um pagamentopalpite para atlético goianiense e corinthianscercapalpite para atlético goianiense e corinthiansUS$ 200 (R$ 850) para cada diapalpite para atlético goianiense e corinthiansfilmagem.

Como veio o declínio

O declínio do setor começoupalpite para atlético goianiense e corinthians28palpite para atlético goianiense e corinthiansdezembropalpite para atlético goianiense e corinthians2006, quando Chávez anuncioupalpite para atlético goianiense e corinthiansum ato cercado pelos militares que a concessão da RCTV não seria renovada.

O canal criticou o então presidentepalpite para atlético goianiense e corinthiansseus programaspalpite para atlético goianiense e corinthiansnotícias e Chávez o acusoupalpite para atlético goianiense e corinthiansestar "a serviço do golpe".

Aqueles que fizeram parte desse mundo acreditam que, com a medida, que levou a protestospalpite para atlético goianiense e corinthiansmassa, o comandante Chávez deu o golpepalpite para atlético goianiense e corinthiansmorte nas novelas.

Carmen Julia Álvarez diz que, depois disso, "todos começaram a se censurar" por medopalpite para atlético goianiense e corinthiansserem punidos.

Barrera Tyszka opina que "o chavismo sempre desprezou novelas e um dos companheirospalpite para atlético goianiense e corinthiansChávez disse que ele proibiapalpite para atlético goianiense e corinthiansprimeira esposapalpite para atlético goianiense e corinthiansvê-las. Maduro também se manifestou publicamente contra elas".

Mas por que essa aversão?

Para Barrera Tyszka, autorpalpite para atlético goianiense e corinthiansvários trabalhos sobre a figurapalpite para atlético goianiense e corinthiansChávez, "isso tem a ver com a vontade do chavismopalpite para atlético goianiense e corinthiansfazer desaparecerem as empresas privadas, controlar a mídia e impor uma nova hegemonia comunicacional".

Protesto por fechamento da RCTV

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Legenda da foto, O fechamento da Rádio Caracas TV foi,palpite para atlético goianiense e corinthiansacordo com aqueles que trabalharam nela, um ferimento mortal para o setor e motivou protestospalpite para atlético goianiense e corinthiansfuncionários e espectadores

Por meio do canal das operadoras a cabo que a RCTV transmitia anteriormente, hoje aparece a Televisora ​​Venezolana Social (TVES),palpite para atlético goianiense e corinthianspropriedade do governo, que também tentou espalharpalpite para atlético goianiense e corinthiansmensagem por meiopalpite para atlético goianiense e corinthiansnovelas.

Em séries como Guerreiras e centauros ou Caramelo e chocolate, foram elogiadas as ideias defendidas pelo chavismo, como críticas ao classismo da sociedade venezuelana. Porém, nenhuma registrou muito sucesso.

Antespalpite para atlético goianiense e corinthiansChávez chegar ao poder, as novelas costumavam idealizar luxo, consumo e alguns dos clichês frívolos típicos da Venezuela.

Embora para Escalona, ​​"fossem produtos com um grande compromisso social", pois "foram feitos para acompanhar as pessoas, principalmente as mulheres, que não tinham alto nível educacional ou cultural".

Chávez

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Há autores que acreditam que havia razões ideológicas por trás da aversãopalpite para atlético goianiense e corinthiansChávez às novelas

Polido também lembra que os folhetins não evitavam questõespalpite para atlético goianiense e corinthiansinteresse social.

"A damapalpite para atlético goianiense e corinthiansrosa serviu para dar visibilidade ao problema do câncerpalpite para atlético goianiense e corinthiansmama, enquanto Por essas ruas, um dos maiores sucessos da décadapalpite para atlético goianiense e corinthians1990, abordou a questão do crime e da marginalidade nos bairros venezuelanos", ele diz.

"Umpalpite para atlético goianiense e corinthiansseus personagens, chamado Don Lengua, conversava com as pessoas sobre assuntos da atualidade da época. Era quase um editorial diário contra o governopalpite para atlético goianiense e corinthiansCarlos Andrés Pérez (presidente venezuelano até 1993) e diz-se que a série influenciou napalpite para atlético goianiense e corinthiansqueda."

A protagonista dessa série, Marialejandra Martín, tornou-se um dos rostos mais conhecidos do público venezuelano.

Ele encarnou um dos arquétipos mais comuns nas novelas clássicas, a mulher jovem e humilde cuja vida muda quando ele se apaixona por um homem rico. Era a "fantasia aspiracional", como ela chama, que muitas meninas venezuelanas da época queriam viver.

"Por estas calles"

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Legenda da foto, "Por essas ruas", estrelado por Marialejandra Martín, (centro), abordou o problema do crime e da marginalidade

Martín, que atualmente está tentando se tornar diretora, defende o produtopalpite para atlético goianiense e corinthianstelevisão que a lançou à fama.

"Hoje vejo os capítulos e rio dos errospalpite para atlético goianiense e corinthianssequência que eles tinham, mas serviam para divertir as pessoas que tinham uma vida difícil."

E, embora as novelas tenham sido sobretudo um entretenimentopalpite para atlético goianiense e corinthiansmassa, algumas delas nasceram da penapalpite para atlético goianiense e corinthiansautores que mais tarde obtiveram reconhecimento internacional no mundo jornalístico ou literário, como César Miguel Rondón ou Boris Izaguirre.

Barrera foi outro daqueles que ganharam importantes prêmios literários.

Ele admite que "as novelas reforçavam constantemente as fórmulaspalpite para atlético goianiense e corinthianscomportamento reproduzidas pelo poder, como submissão feminina, moral religiosa e racismo, mas eram um produto comovente, como toda ficção, e que poderia ter evoluído".

Das poucas novelas produzidas agora, ninguém ousa prever quanto tempo elas durarão.

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