O ‘pactoh2bet tigersilêncio’ que está matando policiais nos EUA:h2bet tiger

David Betz (esquerda) e Dave Betz (direita).

Crédito, Dave Betz

Legenda da foto, David Betz (à esq.) com o pai, Dave Betz

"Liguei para meus colegas, dizendo: 'não tenho um bom pressentimento sobre isso'".

Ao atravessar o estacionamento vazio do Boston Sports Club, Dave viu o carro do filho, com as janelas embaçadas, escondidoh2bet tigerum canto distante, atrásh2bet tigerum imponente prédioh2bet tigerconcreto. Enquanto caminhava para a parte da frente do carro, o treinamento policial veio à mente.

"O raciocínioh2bet tigerum policial - luta ou fuga - surgiu como reação", disse ele. "A morte é algo que ninguém gostah2bet tigerver. Você simplesmente não quer ver, sabe? Você precisa, mas é o membro da famíliah2bet tigeralguém."

"Ele estava dentro do carro dele, sentado, com o telefone no colo. E eu sabia, sabe? Mas eu não queria saber", diz ele, enquantoh2bet tigervoz baixa.

Tocava música country no rádio do carro quando Dave, vestido com calçah2bet tigerpijama e camiseta, viu que o filho estava morto.

David Betz morreuh2bet tigerconsequênciah2bet tigertiro disparado por ele mesmo, sem deixar nenhuma explicação sobre o que o levou a isso, diz o pai. Ele está entre centenash2bet tigerpoliciais nos Estados Unidos que tiraram suas próprias vidas e deixaram uma sérieh2bet tigerperguntas sem respostas.

"Eu sempre pensei que era capazh2bet tigerperceber as coisas e saber se alguém precisah2bet tigerajuda", diz Dave. "Mas eu não consegui ver isso no meu filho, sabe. Isso me entristece".

Dave Betz mostra uma foto dele com o filho, David

Crédito, Dave Betz

Legenda da foto, No estacionamento onde encontrou o filho, Dave mostra uma foto deles juntos

Um estudoh2bet tiger2018 mostrou que mais policiais morreram por suicídio do que exercendoh2bet tigeratividade profissional nos Estados Unidos. Os pesquisadores dizem que os policiais correm um risco maiorh2bet tigersuicídio do queh2bet tigerqualquer outra profissão, devido a uma combinaçãoh2bet tigerfatores: estresse intenso, pressão para ocultar sofrimento emocional e acesso fácil a armash2bet tigerfogo.

Em cada 100 mil pessoas, 13 morrem por suicídio, quando é considerada a população geral. Mas esse número sobe para 17h2bet tiger100 mil quando são considerados apenas os policiais, segundo a Ruderman Family Foundation.

Em 2018, 167 policiais cometeram suicídio. Neste ano, foram 130 nos primeiros 8 meses,h2bet tigeracordo com o Blue Help, um grupoh2bet tigerprevençãoh2bet tigersuicídios da políciah2bet tigerMassachusetts que acompanha o tema.

Esses números consideram apenas os suicídios confirmados. Alguns especialistas da área dizem que o número real pode ser ainda maior, pois algumas famílias optam por não relatar a causa da morte ou descrevê-la como acidental.

Problema velado

Recentemente, a cidadeh2bet tigerNova York se tornou focoh2bet tigeratenção nos Estados Unidos quando se fala nesse assunto. O chefe do Departamentoh2bet tigerPolíciah2bet tigerNova York (NYPD), James O'Neill, disse,h2bet tigerjunho, que havia uma criseh2bet tigersaúde mental. Na ocasião, a cidade enfrentava o suicídioh2bet tigernove policiais.

"Precisamos mudar essa cultura", disse ele. "Precisamos garantir que nossos policiais tenham acesso a cuidadosh2bet tigersaúde mental para que possam se manter bem e fazer o trabalho que desejam".

Mas a crise continuou.

Robert Echeverria,h2bet tiger56 anos, morreu por ferimento a bala feito por ele mesmoh2bet tigeragosto, apenas um dia depois que o policial Johnny Rios,h2bet tiger35 anos, cometeu suicídio.

A irmãh2bet tigerRobert, Eileen Echeverria, disse à BBC que entrouh2bet tigercontato com a áreah2bet tigerassuntos internos do departamento policial sobre preocupações com a saúde mentalh2bet tigerseu irmão várias vezes - sendo a mais recenteh2bet tigerjunho, antes da morte dele.

O departamento disse que investigaria, mas as armas do policial, que estava havia 25 anos na corporação, foram devolvidas a eleh2bet tigerdois dias. Eileen culpa o alto escalão pelo suicídio.

Chefe do Departamentoh2bet tigerPolíciah2bet tigerNova York, James O'Neill

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Chefe do Departamentoh2bet tigerPolíciah2bet tigerNova York, James O'Neill

"O Departamentoh2bet tigerPolíciah2bet tigerNova York está quebradoh2bet tigermuitos níveis. Não é o mesmo, os oficiais costumavam ser respeitados", disse ela à BBC News antesh2bet tigerencontrar o vice-comissárioh2bet tigerrelações com funcionários.

O Departamentoh2bet tigerPolíciah2bet tigerNova York diz que a morteh2bet tigerEcheverria estáh2bet tigerinvestigação.

"Precisamos mudar isso", diz ela.

Cidades e estadosh2bet tigertodo o país estão abalados por problemas semelhantes. Califórnia, Flórida, Nova York e Texas relataram pelo menos 10 suicídios policiais no ano passado,h2bet tigeracordo com a Blue Help.

No início deste ano, o Departamentoh2bet tigerPolíciah2bet tigerChicago, a segunda maior força do país, com 13 mil policiais, também foi forçado a enfrentarh2bet tigerondah2bet tigersuicídios policiais.

A tragédia levou ao lançamentoh2bet tigeruma campanhah2bet tigersaúde mental, que disponibilizou o dobro do númeroh2bet tigerterapeutas disponíveis para os policiais, bem como uma campanhah2bet tigervídeo mostrando oficiais experientes - incluindo o superintendente, Eddie Johnson - admitindo suas próprias lutas com a saúde mental.

O presidente Donald Trump autorizou até US$ 7,5 milhões (R$ 30 milhões)h2bet tigersubsídios por ano para prevençãoh2bet tigersuicídios policiais, examesh2bet tigersaúde mental e treinamento, à medida que departamentosh2bet tigertodo o país trabalham para reduzir os números.

Mas o problema não é exclusivo dos Estados Unidos. Uma tendência semelhante está aparecendoh2bet tigeroutros países onde os policiais usam armash2bet tigerfogo.

No Brasil, só no Estadoh2bet tigerSão Paulo, 35 policiais militares tiraram a própria vidah2bet tiger2018, um aumentoh2bet tiger84%h2bet tigerrelação a 2017, segundo dados divulgadosh2bet tigerfevereiro pela Ouvidoria da Polícia.

No ano passado, a França teve uma taxah2bet tigersuicídio 36% maior entre a polícia do que a populaçãoh2bet tigergeral, e neste ano 64 policiais já se suicidaram.

Para comparação, cercah2bet tiger20 policiais tiraram suas próprias vidas no Reino Unido entre 2015 e 17,h2bet tigeracordo com o departamentoh2bet tigerEstatísticas Nacionais do Reino Unido. Ao contrário da França, a maioria da polícia britânica não carrega armas.

Quase dois terçosh2bet tigertodas as mortes por armash2bet tigerfogo nos Estados Unidos são suicídios,h2bet tigeracordo com dados do grupo Everytown.

Embora seja menos provável que as pessoas tentem suicídio com uma arma (6%h2bet tigertodas as tentativas), a característica mortal das armas torna a morte mais provável. Cercah2bet tigermetade dos suicídios envolvem armash2bet tigerfogo.

Pelo menos seis das nove mortes na políciah2bet tigerNova York envolveram uma arma, muitas delas a própria armah2bet tigerserviço.

Por que o suicídio é tão alto na polícia?

John Violanti, um veterano da polícia americana com 23 anosh2bet tigerexperiência e professor da Universidadeh2bet tigerBuffalo focado no estresse policial e na saúde mental, aponta a natureza do trabalho como parte da equação que leva ao suicídio. "Eles veem crianças abusadas, cadáveres, acidentesh2bet tigertrânsito horríveis", aponta.

"Se você tem que vestir um colete à provah2bet tigerbalas antesh2bet tigerir para o trabalho, isso é uma indicaçãoh2bet tigerque você já tem a possibilidadeh2bet tigerser baleado ou morto e queh2bet tigerfamília tem a mesma probabilidade. Portanto, todas essas coisas pesam muito na mente e, com o tempo, afetam os policiais."

Mark DiBona,h2bet tiger33 anos, veterano da polícia e porta-voz da Blue Help, experimentou na pele o desenvolvimentoh2bet tigertranstornoh2bet tigerestresse pós-traumático no trabalho.

Ele se voluntariou a trabalhar por três semanash2bet tigerNova York, quatro dias após os ataquesh2bet tiger11h2bet tigersetembro, e lembra que seus pesadelos começaram logo depois. Esse trauma, agravado por outras experiências - incluindo responder a um incêndio no carro com um passageiro preso dentro -, levou àh2bet tigerdepressão.

"Eu queria morrer. Eu me sentia um fracasso", diz ele.

Sentado no banco da frente do carro, Mark escreveu uma carta raivosa ao departamentoh2bet tigerpolícia e uma cartah2bet tigerdesculpas parah2bet tigermãe e esposa, antesh2bet tigercolocar a arma na boca.

Por sorte, outro policial apareceuh2bet tigerseu carro para intervir antesh2bet tigerele puxar o gatilho.

Mas ele - junto com muitos oficiais - acredita que uma das maiores barreiras na buscah2bet tigerajuda é o estigma.

"Carregamos uma arma, carregamos um bastão, usamos um colete à provah2bet tigerbalas. Tudo isso para nos proteger fisicamente", diz ele. "Precisamos disso. Mas temos muito pouco treinamento quando se tratah2bet tigernos proteger mentalmente".

Parte desse estigma vem da perpetuação da cultura do machismo no trabalho policial, uma noção que Janice McCarthy está trabalhando para mudar ao treinar oficiaish2bet tigerprevençãoh2bet tigersuicídios e por meioh2bet tigersua organização Care of Police Suicide Survivors (Assistência aos sobreviventesh2bet tigersuicídio policial).

O maridoh2bet tigerJanice, Paul, se matouh2bet tigerjulhoh2bet tiger2006, após 21 anosh2bet tigercarreira como capitão da polícia do estadoh2bet tigerMassachusetts. Ele sofreu transtornoh2bet tigerestresse pós-traumático depoish2bet tigertrês acidentesh2bet tigercarro.

Janice McCarthy
Legenda da foto, Janice McCarthy passou os últimos 13 anos após a morte do marido defendendo o treinamentoh2bet tigersaúde mental para os policiais

"Hipervigilância" faz parte do trabalho quando se tratah2bet tigertrabalho policial, diz Janice. "É esse sentimentoh2bet tigerque você está pulando para fora da pele."

"Os policiais têm muita adrenalina... quase como usar droga", lembra ela do marido. "Mas o problema é que você não pode voltar para casa e desligar. Ele não dormia. Ele não podia realmente se envolverh2bet tigeruma conversa."

"Eles são cuidadores. Eles estão acostumados a cuidarh2bet tigertodos os outros. Ele trocava pneus furados, salvou bebês recém-nascidos prematuros. Ele não pôde se salvar porque ninguém lhe deu o luxoh2bet tigerdizer 'o que háh2bet tigererrado?' ou perguntar 'você está bem?'"

Paul McCarthy

Crédito, Janice McCarthy

Legenda da foto, Paul McCarthy, maridoh2bet tigerJanice, com o filho Christopher

Ela ajudou parlamentaresh2bet tigerMassachusetts a elaborar um projetoh2bet tigerlei para exigir treinamentoh2bet tigersaúde mental para os policiaish2bet tigerexercício. O projeto, após quatro anos, ainda não foi aprovado.

Mas ex-policiais e defensores da prevenção do suicídio dizem que oferecer terapia e treinamento é apenas parte da batalha.

O medoh2bet tigerperderh2bet tigerarma

A ideiah2bet tigerque a identidadeh2bet tigerum policial está ligada àh2bet tigerarma é um estigma que os especialistas não conseguem decifrar.

"Uma questão sobre o trabalho policial é que quanto mais tempo você acumulah2bet tigertrabalho, mais ele consomeh2bet tigeridentidade", diz Mark enquanto descreve a importância do distintivo e da armah2bet tigerum policial.

Chris Prochut era o terceiro no comandoh2bet tigerBolingbrook, um subúrbio a sudoesteh2bet tigerChicago, quando seu departamentoh2bet tigerpolícia recebeu atenção internacional devido a uma investigaçãoh2bet tigerum assassinato que envolvia um oficial.

Ele foi encarregadoh2bet tigerlidar com os repórteres, que pediam detalhes sobre o ex-sargento Drew Peterson, acusadoh2bet tigerassassinarh2bet tigerterceira e quarta esposas - a última delas ainda desaparecida.

"Eu pensei que poderia lidar com isso porque é isso que os policiais fazem. Eu posso resolver isso", lembra o agora defendorh2bet tigertreinamentoh2bet tigersaúde mental e instrutorh2bet tigerprevençãoh2bet tigersuicídios. "Imaginei que poderia mudar a imagem pública do nosso departamentoh2bet tigerpolícia."

Sob imensa pressão e dormindo pouco, o caso corroeu a menteh2bet tigerChris.

Chris Prochut, a esposa e o filho

Crédito, Chris Prochut

Legenda da foto, Chris Prochut planejou seu próprio suicídio atéh2bet tigeresposa e colegas interromperem seu plano

"Eu chegavah2bet tigercasa com minha família e não queria estar com eles", lembra ele.

Por insistênciah2bet tigersua esposa, Chris procurou ajuda e acabou tomando remédios para ajudar a aliviar a angústia. Mas a dor não parou. Foi quando ele decidiu tirar a própria vida.

"Na minha cabeça, não havia outra opção, porque eu já tinha tentado terapia. Tentei medicação. Eles não funcionam para mim, mas posso entender isso."

Ele escolheu uma área arborizada onde queria tirar a vida,h2bet tigeruma cidade próxima, um movimento deliberado para que seus colegas não precisassem investigar a morteh2bet tigerum deles.

Quando estava com o plano definido, a esposah2bet tigerChris descobriu e interveio. Ela chamou os colegas do marido, que, no meio da noite, o levaram a um hospital para tratamento psiquiátrico.

A lei do estadoh2bet tigerIllinois previa que Chris perdesse o porteh2bet tigerarmah2bet tigerfogo depois que fosse liberado do hospital. Aí ele acabou perdendo o emprego.

Chris e a família deixaram Illinois depoish2bet tigerperder a casa, mudando-se para Hartford, Wisconsin, onde agora ele trabalha na sede da redeh2bet tigerlojas Kohl, bem como com a polícia estadual na prevençãoh2bet tigersuicídios.

Chris Prochut e a esposa

Crédito, Chris Prochut

Legenda da foto, A esposah2bet tigerChris descobriu os planos do maridoh2bet tigerse suicidar

Desde então, as leis mudaramh2bet tigerIllinois, permitindo aos proprietáriosh2bet tigerarmas um períodoh2bet tigercarênciah2bet tiger60 dias para manter o cartãoh2bet tigerproprietárioh2bet tigerarmash2bet tigerfogo enquanto um pedidoh2bet tigerrenovação é processado.

Parte do objetivo é incentivar os policiais a procurar tratamentoh2bet tigersaúde mental sem medoh2bet tigerperder o distintivo - exemplo que Chris espera que possa ser seguidoh2bet tigeroutros lugares.

Mas o ex-policial também quer queh2bet tigerhistória mostre que há vida após a polícia.

"Levei alguns anos para perceber que existe vida após o trabalho na polícia, mas você precisa estar aqui. Você precisa estar aqui para que melhore", diz ele.

"Perdi minha arma e perdi meu emprego, mas estou aqui e estou bem."

A vida continua

De volta ao cemitérioh2bet tigerBoston, o filho mais novoh2bet tigerDave, Cameron, fica perdido perto do túmuloh2bet tigerDavid, com a voz embargada enquanto luta para falar sobre seu irmão, seu herói.

Cameron usa símbolosh2bet tigerhomenagem a seu irmão - pulseirash2bet tigerprevençãoh2bet tigersuicídio e um ponto-e-vírgula tatuado no pulso esquerdo, um símbolo usado para aumentar a conscientização sobre lutash2bet tigersaúde mental e prevençãoh2bet tigersuicídio, para mostrar que a vida continua.

"A vida para eles continua. A vida para nós continuah2bet tigeruma maneira diferente", diz Dave sobre outros policiais.

Grande parte da vidah2bet tigerDave também é uma homenagem para seu filho. Seu escritório é cheioh2bet tigerimagensh2bet tigerDavid e do restoh2bet tigersua família, ao ladoh2bet tigerrelíquias e lembranças com símbolos ocultos para manter viva a memóriah2bet tigerDavid.

Uma imagemh2bet tigernuvens sobre o túmulo do filho, no formato do número oito - o número da sorteh2bet tigerDavid - fica emoldurada ao lado das botas e uniformeh2bet tigerpolícia que o jovem usava. Os braçosh2bet tigerDave estão tatuados com o número favorito do filho e uma mensagem no antebraço, feita com a letrah2bet tigerDavid,h2bet tigerum cartão do dia dos pais que lhe foi entregueh2bet tigerjunho, antesh2bet tigerele falecer.

Braçoh2bet tigerDave Betz's, com tatuagemh2bet tigermensagem que o filho escreveu no Dia dos Pais, na qual chama o paih2bet tigerheroi e diz que vai amá-lo para sempre.
Legenda da foto, Dave Betz fez uma tatuagem que reproduz mensagem deixada pelo filho no Dia dos Pais

A morte por suicídio pode deixar a familiares e amigos perguntas sem resposta sobre o que poderia ter sido feitoh2bet tigerdiferente para evitar a tragédia.

"Ser um sobrevivente do suicídioh2bet tigerum familiar nos faz integrar um grupo ao qual nunca quisemos pertencer", diz Janice.

"Se alguém morre por suicídio, há muitas coisas que as pessoas enxergam e elas querem encontrarh2bet tigerprópria idéia do que deu errado. É da natureza humana tentar descobrir algo, colocá-lo nessa caixinha e guardá-la. "

Mas, para esse grupoh2bet tigersobreviventes, falar com policiais e tentar ajudá-los é uma maneirah2bet tigerpreencher o vazio deixado pelos familiares que se mataram.

Para os policiais que escondem suas batalhas, Janice tem uma mensagem: "Se você não é policial amanhã, quem é você?"

"Você é marido? Você é pai? Você precisa ser multidimensional e precisa se cuidar emocionalmente", ela declara.

"Eu gostaria que eles soubessem que são mais que um policial e que a vida deles significa mais que esse trabalho".

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Se você está deprimido e tem pensamentos suicidas, ligue para o Centroh2bet tigerValorização da Vida (CVV) por meio do número 188. As ligações são gratuitas para todo o Brasil.

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