Maconha medicinal: A história da família que mudou a lei na Austrália:slots vencedores 2024

slots vencedores 2024 O ex-policial Lou Haslam sabia que a históriaslots vencedores 2024comoslots vencedores 2024família violou a lei para conseguir maconha medicinal slots vencedores 2024 para seu filho era poderosa. Ela mobilizou milharesslots vencedores 2024pessoas, ajudou a mudar a legislação australiana, mas a família ainda não está totalmente satisfeita com o resultado alcançado.

Trabalhando disfarçado para o esquadrão antidrogas, Haslam, hoje com 66 anos, prendeu muitas pessoas por crimes relacionados à maconha no Estadoslots vencedores 2024Nova Gales do Sul entre 1972 e 2006. "Íamos atrás principalmenteslots vencedores 2024produtores e fornecedores", relata.

Mal sabia que ele próprio iria passar a obter maconha para dá-la ao filho Dan, depoisslots vencedores 2024ele ser diagnosticado com câncerslots vencedores 2024intestinoslots vencedores 20242010. Anos depois, Haslam compraria até uma fazenda para cultivar a droga.

No dia do diagnóstico, o ex-policial se lembraslots vencedores 2024sentir confusão, raiva, medo e tristeza: "Eu apenas pensei: 'É um garotoslots vencedores 202420 anosslots vencedores 2024idade. O que diabos está acontecendo?'".

Lembrar-seslots vencedores 2024como a quimioterapia acabou com o apetiteslots vencedores 2024seu filho leva Haslamslots vencedores 2024volta a um momento sombrio. "Ele estava muito doente. Por sete dias após a quimioterapia, ele não conseguia comer. Vomitava, ficava cheioslots vencedores 2024úlceras na boca. Perdeu muito peso e não tinha energia. Quando ele começava a se sentir melhor, era hora da próxima rodada."

As coisas ficaram tão ruins que Dan passou a sentir náusea antecipadamente - ele vomitava ao pensar na quimioterapia. "Como pai, você faz qualquer coisa - qualquer coisa mesmo - para impedir que seu filho sofra", diz Haslam.

Um amigo da família que teve câncerslots vencedores 2024cólon ofereceu maconha a Dan para controlarslots vencedores 2024náusea, dor e faltaslots vencedores 2024apetite. O rapaz declinou por temer a desaprovação do pai.

Mas a reaçãoslots vencedores 2024Haslam chocou a todos. "Eu disse: 'Váslots vencedores 2024frente. Consiga um pouco. Qualquer coisa para ajudar meu filho'".

Com o uso contínuo da droga, proveniente do mercado negro, Haslam diz que as úlcerasslots vencedores 2024seu filho desapareceram, seu apetite voltou eslots vencedores 2024náusea desapareceu. "Ele tentou todas as drogas farmacêuticas. Mas não tiveram nenhum efeito. A maconha estava realmente dando certo."

Dan teve então "os melhores dois anosslots vencedores 2024sua vida". Com a energia renovada, viajou pelo mundo e se casou comslots vencedores 2024namorada, Alyce.

Como começou a campanha

Alémslots vencedores 2024testemunhar seu impacto na vidaslots vencedores 2024Dan, os Haslam começaram a ouvir sobre como a maconha medicinal estava ajudando outras pessoas com doenças crônicas, epilepsia e HIV. Eles decidiram ir a público comslots vencedores 2024história para tentar fazer com que os legisladores australianos legalizassem seu uso medicinal.

"Até aquele ponto, nunca tínhamos usado a palavra 'terminal' - Dan odiava isso", diz Haslam. "Para que nossa história tivesse algum efeito positivo, Dan teve não apenasslots vencedores 2024aceitar esse diagnóstico, mas dizer essa palavra. E eu tiveslots vencedores 2024dizer ao mundo que meu filho estava prestes a morrer. Foi muito difícil."

A família persuadiu então o governadorslots vencedores 2024seu Estado, Mike Baird, a dar início ao primeiro teste com maconha medicinal da Austráliaslots vencedores 2024pacientes terminais. Na época, Baird escreveu um artigo para o jornal Daily Telegraph,slots vencedores 2024Sydney, intitulado "Como um jovem mudou minha opinião sobre a maconha".

"No momentoslots vencedores 2024que conheci Dan, fiquei convencidoslots vencedores 2024que a maconha medicinal poderia fazer diferença. Eu podia ouvir isso na vozslots vencedores 2024Dan; pude ver issoslots vencedores 2024seus olhos", diz o ex-governador à BBC.

A família criou um abaixo-assinado na internet que recebeu o apoioslots vencedores 2024320 mil pessoas e usou isso para pressionar os políticos, com sucesso. Uma fotoslots vencedores 2024Dan doente,slots vencedores 2024quimioterapia, circulou pelo país.

Mas, à medida que a campanha ganhava força, o estadoslots vencedores 2024saúdeslots vencedores 2024Dan piorava. Ele morreuslots vencedores 20242015, aos 25 anos.

Em 24slots vencedores 2024fevereiroslots vencedores 20242016, coincidindo com o aniversárioslots vencedores 2024um ano daslots vencedores 2024morte, a maconha medicinal foi legalizada pelo Parlamento australiano. Alguns deputados chamam a medidaslots vencedores 2024"Leislots vencedores 2024Dan".

Algo inédito na Austrália, Haslam eslots vencedores 2024mulher, Lucy, compraram uma fazenda para cultivar maconha medicinal, que foi inaugurada pelo vice-primeiro-ministro Barnaby Joyceslots vencedores 2024Tamworth - a cidade natalslots vencedores 2024Dan. Foi chamada Édenslots vencedores 2024Dan.

Uma nova batalha

Mas, agora, os Haslam estãoslots vencedores 2024campanha novamente. Eles argumentam que o númeroslots vencedores 2024pacientes australianos que têm acesso a maconha medicinal é muito pequeno e que a lei não está funcionando. Eles reabriram o abaixo-assinado usando a hashtag #ConserteALeiDeDan.

A família diz que a maconha medicinal permaneceslots vencedores 2024limbo regulatório devido a regras e burocracia excessivas, o que significa que alguns pacientes esperam até 19 meses para receberem autorização. Até abrilslots vencedores 20242019, houve 5.200 aprovaçõesslots vencedores 2024usoslots vencedores 2024maconha medicinal.

Isso deve ser feito por meioslots vencedores 2024um sistema especial que, segundo seus críticos, torna o processo oneroso para médicos a prescreverem. A Austrália tem apenas 57 prescritores autorizadosslots vencedores 2024maconha medicinal,slots vencedores 2024acordo com a Therapeutic Goods Association (TGA), o órgão regulador responsável por avaliar e monitorar o usoslots vencedores 2024medicamentos no país.

"Uma vez aprovados, muitos pacientes percebem que não podem pagar por isso", diz Lucy Haslam. Ela diz saberslots vencedores 2024pais que ainda violam a lei para obter maconha medicinal no mercado negro.

Um porta-voz do órgão regulador disse à BBC que há uma "grande necessidade"slots vencedores 2024mais estudosslots vencedores 2024pesquisas sobre maconha medicinal.

"Houve apenas um número limitadoslots vencedores 2024estudos clínicos bem elaborados e, portanto, é difícil para alguns médicos encontrar boas evidências para apoiar a decisãoslots vencedores 2024prescrevê-la", diz a TGAslots vencedores 2024seu site. Esses estudos podem levar anos.

A Associação Médica Australiana reconhece "os possíveis usos terapêuticos" da maconha e diz apoiar a regulação atual e o desejo do governoslots vencedores 2024acelerar o processo para que os pacientes recebam a medicação.

Enquanto isso, os Haslam continuam a lutar. Lou elogia Lucy por ter fundado uma instituiçãoslots vencedores 2024caridade que faz campanha pelo acesso à medicação. "Ela trabalha 14 horas por dia. A morteslots vencedores 2024um filho muda você. Ela simplesmente não vai desistir, ainda mais agora."

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