Mistério dos enormes buracos negros no gelo da Antártida é desvendado:brazino777 pix

Duas polínias

Crédito, NASA

Legenda da foto, Duas polínias foram detectadas no Marbrazino777 pixWeddell pela NASA

Os buracos são chamadosbrazino777 pix"polínias", um termo russo que significa literalmente buraco no gelo.

Por que aqueles buracos ainda estavam lá?

Campbell e seus colegas da Universidadebrazino777 pixWashington conseguiram resolver o mistério e, para isso, usaram variados tiposbrazino777 pixrecursos e ferramentas, incluindo sensores instaladosbrazino777 pixanimais.

Tempestade

"A polínia é causada por vários fatores", disse Stephen Riser, professor da Universidadebrazino777 pixWashington e coautor do estudo.

"Alguns desses elementos podem ocorrerbrazino777 pixqualquer ano, mas a menos que todos ocorram ao mesmo tempo, uma polínia não aparecerá."

Os cientistas já suspeitavam que as tempestades eram um fator importante.

No invernobrazino777 pix2017, tempestades com ventosbrazino777 pix117 km/h foram registradas.

Sensorbrazino777 pixanimal marinho

Crédito, Dan Costa/University of California, Santa Cruz

Legenda da foto, Cientistas usaram vários tiposbrazino777 pixinstrumentos para resolver o mistério, até colocaram sensoresbrazino777 pixanimais

Mas tempestades são comuns no inverno antártico, então deve haver outros fatores.

"Se a causa fosse apenas tempestades, veríamos polínias surgindo o tempo todo, mas esse não é o caso", disse Campbell.

Campbell e seus colegas obtiveram dadosbrazino777 pixinstrumentos colocados na superfície do Marbrazino777 pixWeddell.

Os instrumentos medem dados sobre a temperatura da água, salinidade e teorbrazino777 pixcarbono.

Os cientistas compararam os dados com outros dadosbrazino777 pixcontrole obtidos por navios e até mesmo sensores colocadosbrazino777 pixfocas e elefantes marinhos, que coletavam informações enquanto os animais se moviam no oceano.

Misturabrazino777 pixáguas superficiais e profundas

Todos os dados obtidos permitiram decifrar o enigma.

O primeiro fator, segundo Campbell, fazia partebrazino777 pixum padrãobrazino777 pixvariabilidade climática conhecido como oscilação antártica.

É um fenômeno com diferentes fases, que pode afastar e enfraquecer os ventos da costa antártica, ou empurrá-losbrazino777 pixdireção a ela e fortalecê-los.

Quando essa variabilidade cria ventos mais fortes na direção da costa, os ventos fazem com que as águas nas profundezas do Marbrazino777 pixWeddell, que são mais quentes e salgadas, subam para o nívelbrazino777 pixáguas superficiais, mais frias e menos salgadas.

Polínia

Crédito, NASA

Legenda da foto, Ventos fazem com que as águas nas profundezas do Marbrazino777 pixWeddell, que são mais quentes e salgadas, subam para o nívelbrazino777 pixáguas superficiais, mais frias e menos salgadas

Tipicamente, as diferençasbrazino777 pixsalinidade mantêm separadas as camadas do mar, da mesma maneira que o óleo flutua sobre a água e não se mistura com ela.

Mas neste caso, a superfície do oceano estava estranhamente salgada e havia menos diferença entre águas profundas e rasas.

"Como a água estava muito salgada na superfície, a barreira que impedia a mistura estava enfraquecida" disse Campbell.

A subida da água mais quente do fundo do oceano derreteu o gelo, causando os buracos.

Em outras palavras, o fundobrazino777 pixáguas mais quentes e mais salgadas subiu à superfície onde o ar a esfria e a torna mais densa, por isso vai para baixo novamente. Quando isso acontece, ela é substituída por água quente profunda num mecanismo que se repete impedindo a formaçãobrazino777 pixgelo.

Além disso, na região da polínia, uma montanha submarina chamada Maud faz com que a água se movabrazino777 pixtorno dela e facilita a misturabrazino777 pixáguas.

Mudança climática

O impactobrazino777 pixlongo prazo das polínias continua sendo um enigma.

Os cientistas descobriram que o oceano sob esses buracos esfriava 0,2 graus, e o calor liberado nesse processo poderia afetar outros padrões climáticos e até ventos globais.

Mas o que mais preocupa os cientistas é o impacto potencial das polínias na mudança climática.

Cientistas da Universidadebrazino777 pixWashington com um instrumento flutuante do projeto

Crédito, University of Washington

Legenda da foto, Cientistas da Universidadebrazino777 pixWashington com um instrumento flutuante do projeto

Nas águas profundas da Antártida estão os restosbrazino777 pixorganismos marinhos mortos, que liberam carbono quando se decompõem. Esse carbono permanece nas profundezas, mas se subir e entrar na atmosfera através das polínias, poderá contribuir para o aquecimento global.

"Essa reserva profundabrazino777 pixcarbono ficou presa por centenasbrazino777 pixanos, mas com as polínias ela pode ser ventilada e atingir a superfície", disse Campbell.

"Se essa liberaçãobrazino777 pixcarbono ocorrerbrazino777 pixvários anos consecutivos, isso poderá afetar o clima."

Línea

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