Crise na Venezuela: Quais são os interesses da China no país latino-americano?:superbet 777

Xi Jinping e Maduro sorriemsuperbet 777cerimônia, aparecendo à frentesuperbet 777militares fardados esuperbet 777uma grande pintura representando construções antigossuperbet 777meio a paisagem chinesa

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, A relação entre Xi e Maduro remonta à épocasuperbet 777Chávez, quando o atual presidente venezuelano era titular da pastasuperbet 777Relações Exteriores

Hua também enfatizou que Pequim "se opõe à interferência estrangeira nos assuntos da Venezuela",superbet 777uma mensagem indireta aos Estados Unidos, o primeiro país a reconhecer Guaidó e a estimular uma pressão internacional contra Maduro.

Fiel àsuperbet 777políticasuperbet 777não interferirsuperbet 777assuntos internos, a China se limitou a pedir calma aos envolvidos, massuperbet 777preocupação com o resultado dessa situação tem crescido.

Pequim é o principal credor do governo venezuelano e tem muitas fichas no país sul-americano, conforme explicaram especialistas consultados pela BBC News Mundo (serviçosuperbet 777espanhol da BBC).

Um trunfo chamado petróleo

Chavez e Hu Jintao caminhamsuperbet 777tapete vermelho com expressão facil séria, observados por militaressuperbet 777cerimônia

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Hu Jintao e Hugo Chávez; início da aproximação entre os dois países foi uma espéciesuperbet 777mutualismo

Os atuais estreitos laços entre China e Venezuela começaram a se formar no começo dos anos 2000.

Caracas, ainda sob Hugo Chávez, tentava diversificar os países para os quais exportasuperbet 777principal fontesuperbet 777riqueza, o petróleo.

Pequim,superbet 777franco crescimento econômico desdesuperbet 777abertura nos anos 1980, começava a procurar novas fontessuperbet 777recursos para suprir a demandasuperbet 777sua grande população.

Naquele momento, a China já era um dos principais importadoressuperbet 777petróleo do mundo.

"O petróleo é a razão mais fundamental para o encontro entre China e Venezuela. A China precisavasuperbet 777uma grande quantidadesuperbet 777petróleo, e a Venezuela tinha isso", resumiu à BBC News Mundo Matt Ferchen, estudioso do papel da Chinasuperbet 777paísessuperbet 777desenvolvimento no Centro Carnegie-Tsinghuasuperbet 777Políticas Globais.

A relação floresceu baseada principalmentesuperbet 777"acordossuperbet 777financiamento pelo petróleo", lembra Ferchen, que considera o laço cultivado com Caracas um errosuperbet 777Pequim, diferentesuperbet 777outras aproximações com países produtoressuperbet 777petróleo.

De 2007 a 2018, Pequim emprestou ao país latino-americano maissuperbet 777US$ 67 bilhões (cercasuperbet 777R$ 256 bilhões,superbet 777valores não corrigidos),superbet 777acordo com os dados mais recentes do centrosuperbet 777estudos Diálogo Interamericano e da Universidadesuperbet 777Boston.

Nos primeiros anos, essa cooperação parecia beneficiar ambos os governos, mas a mortesuperbet 777Chávezsuperbet 7772013 "mudou as coisas dramaticamente", diz o analista do centro Carnegie-Tsinghua.

Na fase atual, os preços do petróleo caíram e a situação econômica da Venezuela piorou muito, chegando ao quadro atualsuperbet 777que sustenta o títulosuperbet 777inflação mais alta do mundo e onde há sérios problemassuperbet 777escassezsuperbet 777mercadorias, como remédios e alimentos.

A situação levou Caracas, agora com Nicolás Maduro no poder, a violar cláusulas acordadas com Pequim e solicitar maiores "períodossuperbet 777carência".

Dezenassuperbet 777venezuelanos gritam e seguram bandeira do paíssuperbet 777protesto na rua

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Legenda da foto, A crise se instalou na Venezuela há alguns anos, mas se agravou desde janeiro com uma enorme pressão internacional

Segundo diferentes fontes, o país sul-americano ainda deve à potência asiática quase US$ 20 bilhões.

"Há um grande risco (para a China na Venezuela)", diz Cui Shoujun, diretor do Centrosuperbet 777Estudos Latino-Americanos da Universidade Renmin da China, um dos mais prestigiados do país.

Cui concorda que Pequim está preocupada com a situação e acredita que "ninguém pode garantir" o que acontecerá com os acordos entre os dois países se houver uma mudançasuperbet 777governo na Venezuela.

No entanto, Cui é um dos que pensa que Maduro está fazendo a coisa certa: "Diplomaticamente, a China deve apoiar Maduro - ele é o líder legítimo da Venezuela", defende.

Do outro lado do tabuleiro, os EUA

Segundo os analistas, além do petróleo, há um quê a mais na relação da China com a Venezuela, à diferençasuperbet 777seus laços com outros produtoressuperbet 777petróleo.

Desdesuperbet 777chegada ao podersuperbet 7772013, o presidente Xi Jinping expandiu a influência chinesa na América Latina, jogada vista por alguns especialistas como uma tentativasuperbet 777contrabalançar a influênciasuperbet 777Washington na região.

"Nos últimos quatro ou cinco anos, o presidente Xi tentou projetar o soft power (em tradução livre, algo como "poder sutil", um conceito que indica formassuperbet 777influência nas relações internacionais diferentessuperbet 777outras mais contundentes, como ações militares e comerciais) chinês por todos os rincões do mundo e colocou um interessesuperbet 777especial na América do Sul, porque é o quintal dos Estados Unidos", avalia Willy Lam, um analista veterano da política chinesa.

"É uma maneirasuperbet 777intimidar Washington, dizendo algo como: avise aos americanos que a República Popular da China é capazsuperbet 777influenciar países próximos aos EUA."

Lam, professor da Universidade Chinesasuperbet 777Hong Kong, também aponta semelhanças nas ideologias dos dois governos, um cenário que lembra os laços com Cuba.

Por anos, fontes próximas ao governosuperbet 777Pequim negam que a ideologia tenha importância nas Relações Exteriores conduzidas por Xi, insistindo que o presidente age com pragmatismo.

De todo modo, a maioria dos entrevistados destaca o apoio mútuo que ambos os países sustentam na arena da política internacional, especialmentesuperbet 777um momento onde Pequim está tentando se projetar como líder da globalização.

Donald Trump olha para o lado durante reuniãosuperbet 777ambiente interno

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, O presidente do EUA, Donald Trump; a disputa entre a China e os EUA não é apenas comercial mas também por influência

Próximos passos

A crise na Venezuela continua e a pressão internacional para que Nicolás Maduro deixe o poder, também.

O presidente venezuelano afirma ser alvosuperbet 777uma tentativasuperbet 777golpesuperbet 777Estado orquestrada por Washington e refuta a convocação das eleições presidenciais, como pede a oposição.

A China, por outro lado, parece começar a se mover.

No iníciosuperbet 777fevereiro, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Geng Shuang, disse que Pequim "tem mantido estreita comunicação com todas as partessuperbet 777diferentes maneiras sobre a situação na Venezuela".

"Independentesuperbet 777como a situação vá evoluir, a cooperação China-Venezuela não deve ser prejudicada", afirmou, sem mais detalhes.

Montagem mostra fotossuperbet 777Guaidó e Maduro

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, O enfrentamento liderado por Guaidó (na foto, à esq.) e Maduro expõe os riscos dos investimentos chineses na Venezuela, segundo analistas

Segundo o pesquisador Cui Shoujun, há evidênciassuperbet 777que as autoridades chinesas têm se aproximado da oposição venezuelana, tentando abrir uma espéciesuperbet 777canalsuperbet 777diálogo.

O jornal americano The Wall Street Journal publicou reportagemsuperbet 777que relata reuniõessuperbet 777Washington entre diplomatas chineses e representantes da oposição venezuelana.

Nesses encontros, segundo uma fonte próxima, houve menções a "períodossuperbet 777prorrogação" para pagamentosuperbet 777dívidas e também a uma maior transparência nos acordos - algo que não costuma soar como uma postura do regime chinês.

Confrontada com esta informaçãosuperbet 777uma entrevista, uma representante do Ministério das Relações Exteriores da China a classificousuperbet 777"notícia falsa".

Na opiniãosuperbet 777Margaret Myers, diretora no centrosuperbet 777estudos Diálogo Interamericano, Pequim continua apoiando Maduro simplesmente por causa da estabilidade e para "proteger seus próprios bens".

Segundo ela, as autoridades chinesas tentaram recentemente se envolver mais no setorsuperbet 777petróleo da Venezuela.

Myers lembra a visitasuperbet 777Maduro à China no ano passado e afirma que, então, Pequim concordousuperbet 777conceder outro empréstimosuperbet 777US$ 5 bilhões para "incrementar a produçãosuperbet 777petróleo", conforme confirmou o centrosuperbet 777estudos.

Nas palavrassuperbet 777Myers, "a maior parte do que a China está fazendo ultimamente é para tentar garantir o fornecimentosuperbet 777petróleo e o pagamento dos empréstimos existentes".

"Não é um sinalsuperbet 777apoio político."

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