Crise na Venezuela: como a situação do país pode se transformarapostaganhabr.comuma disputa global:apostaganhabr.com
apostaganhabr.com A crise política da Venezuela apostaganhabr.com pode se transformarapostaganhabr.comuma crise global.
Na última quarta-feira, conforme os protestos que pediam a renúncia do presidente Nicolás Maduro se intensificavam, o líder da oposição Juan Guaidó se declarou presidente interino do país.
Em seguida, rapidamente Guaidó recebeu apoio dos Estados Unidos, Brasil, Canadá, Colômbia e Argentina. Além disso, a União Europeia pediu que fossem convocadas novas eleições e expressou seu apoio à Assembleia Nacional da Venezuela, liderada por Guaidó.
Mas há um pequeno grupoapostaganhabr.compaíses que apoiam Maduro, entre eles Rússia e China.
Na quinta-feira, Moscou alertou que a declaraçãoapostaganhabr.comGuaidó é um "caminho para a ilegalidade e o derramamentoapostaganhabr.comsangue". "Nós alertamos contra esse tipoapostaganhabr.comaventura, repletaapostaganhabr.comconseqüências catastróficas", disse o Ministro do Exterior russo.
Também na quinta-feira, o porta-voz do Ministério do Exterior da China, Hua Chunying, afirmou que a China é contrária a qualquer "intromissão" estrangeira na Venezuela. "A China apoia os esforços da Venezuela para preservarapostaganhabr.comsoberania nacional, independência e estabilidade", disse.
"A China sempre defendeu o princípioapostaganhabr.comnão interferênciaapostaganhabr.comassuntos internosapostaganhabr.comoutros países, e se opõe à intromissão externa na Venezuela."
Turquia, Irã, México, Cuba e outros países também declararam apoio a Maduro.
Segundo o porta-voz da Presidência da Turquia, Ibrahim Kalin, o presidente do país, Recep Erdogan, telefonou para Maduro para manifestar seu apoio e disse: "Irmão Maduro, fique firme, estamos do seu lado". Kalin ainda compartilhou a hashtag #WeAreMADURO (nós somos Maduro,apostaganhabr.comtradução livre).
Venezuela corta laços com os Estados Unidos
A tensão internacionalapostaganhabr.comtorno do destino da Venezuela deve continuar, já que os Estados Unidos e o país estão trocando farpas.
Pouco depoisapostaganhabr.comDonald Trump reconhecer Guaidó como presidente interino da Venezuela, Maduro afirmou que estava cortando laços políticos e diplomáticos com os Estados Unidos. O venezuelano disse que "todo o corpo diplomático e equipe consular dos Estados Unidos da América na Venezuela" tinha 72 horas para deixar o país.
Mas, a seguir, o Secretárioapostaganhabr.comDefesa dos Estados Unidos, Mike Pompeo, afirmou que os Estados Unidos não iriam ter relações diplomáticas com o governoapostaganhabr.comMaduro, mas com oapostaganhabr.comGuaidó: "Os Estados Unidos não consideram que o ex-presidente Nicolas Maduro tenha autoridade legal para romper relações diplomáticas com os Estados Unidos ou para declarar nossos diplomatas persona non grata".
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Finalapostaganhabr.comTwitter post
'Opção militar' contra a Venezuela
Agora, o americano tratou do assunto novamente, durante uma entrevista na Casa Branca. "Não estamos considerando nada, mas todas as opções estão na mesa", disse. "Todas as opções, sempre, todas as opções estão na mesa".
Segundo a imprensa americana, Trump poderia impor sanções ao petróleo da Venezuela, atingindo a maior fonteapostaganhabr.comreceitas do país. Mas essa medida teria um efeito direto na capacidade da Venezuelaapostaganhabr.compagar empréstimos bilionários tanto da Rússia como da China.
No mês passado,apostaganhabr.comMoscou, Maduro e o presidente russo, Vladimir Putin, assinaram acordos para a exportação russaapostaganhabr.comtrigo para a Venezuela, bem como acordosapostaganhabr.comUS$ 6 bilhões (R$ 22,7 bilhões) nos setoresapostaganhabr.competróleo e mineração.
Durante o boom do petróleo, a Venezuela era uma grande compradoraapostaganhabr.comequipamento militar russo, desde aeronaves até lançadoresapostaganhabr.commísseis portáteis. Após o encontro entre os presidentesapostaganhabr.comMoscou, militares russos voaram até Caracas com dois aviõesapostaganhabr.combombardeio com capacidade para carregar bombas atômicas. O objetivo declarado foi realizar um exercício militar com as forças venezuelanas.
Para Miriam Lanskoy, diretora do National Endowment for Democracy, organização sem fins lucrativos americana, a aparição das aeronavesapostaganhabr.comCaracas foi um lembreteapostaganhabr.comque a Rússia ainda projeta seu poder militar no Ocidente.
'Movimento coordenado'
Mais um confronto direto entre a Rússia e os Estados Unidos pode ser evitado, dependendo ao papel que os vizinhos da Venezuela desempenham na crise. O repórter da BBC Vladimir Hernandez diz que a rápida sucessãoapostaganhabr.comapoios na América Latina a Guaidó sugere um "movimento coordenado" para escantear o regime bolivarianoapostaganhabr.comMaduro.
"É um movimento sem precedentes. Foi extraordinário ver como foi coordenado. Assim que os Estados Unidos reconheceram Guaidó, você passou a ver todos esses países (fazendo o mesmo) segundos, minutos depois", disse.
Por diversas vezes, Maduro acusou a Colômbia e os Estados Unidosapostaganhabr.comestarem por trásapostaganhabr.comtentativas para desestabilizar o governo. Também acusou Bogotáapostaganhabr.comparticiparapostaganhabr.comuma tentativaapostaganhabr.comassassinato fracassada, usando um drone,apostaganhabr.comagosto do ano passado.
No Fórum Econômico Mundialapostaganhabr.comDavos, o presidente colombiano Ivan Duque disse que Maduro deveria "renunciar e deixar o povo venezuelano ser livre".
'Brasil diz que não participaapostaganhabr.comintervenção'
O colombiano Duque foi questionado se uma intervenção militar na Venezuela era uma possibilidade. "Nós não estamos falandoapostaganhabr.comintervenção militar. Nós estamos falando sobre um consenso diplomático e o apoio do povo venezuelano".
O vice-presidente brasileiro, General Hamilton Mourão, foi na mesma direção: "O Brasil não participaapostaganhabr.comintervenção". Mourão disse ainda que o governo brasileiro iria dar "apoio econômico, no futuro, se isso fosse necessário para reconstruir o país" (após a saídaapostaganhabr.comMaduro).
Durante a campanha presidencial do ano passado, Mourão havia dito que o Brasil deveria enviar tropas "como parteapostaganhabr.comuma missão internacionalapostaganhabr.compaz".