Trump afirma que os Estados Unidos não descartam uma opção militar na Venezuela:nsx bet
nsx bet O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse esta sexta-feira que não descarta uma opção militar na Venezuela.
"Temos muitas opções a respeito da Venezuela, incluindo uma possível opção militar se for necessário", disse a jornalistas,nsx betentrevista no seu clubensx betgolfensx betBedminster.
Questionado se seria uma ação impulsionada pelos Estados Unidos, Trump preferiu não responder.
"Mas uma operação militar, uma opção militar é seguramente algo que poderíamos explorar", afirmou Trump.
O presidente dos Estados Unidos também afirmou: "Temos tropas por todo o mundo,nsx betlugares que estão muito distantes. A Venezuela não está distante e as pessoas estão sofrendo e morrendo".
Trump concedeu entrevista nas suas "férias a trabalho"nsx betNova Jersey, depoisnsx betse reunir com o secretárionsx betEstado, Rex Tillerson, o assessornsx betsegurança nacional, H.R. McMaster, e a embaixadora americana nas Nações Unidas, Nikki Haley.
Do lado venezuelano, o ministronsx betComunicações Ernesto Villegas classificou a falansx betTrump como "a mais grave e insolente ameaça já proferida contra a Pátriansx betBolívar".
As declarações do presidente americano ocorreram 24 depois que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, dissensx betuma sessão especial da Assembleia Nacional Constituinte que deseja ter "uma conversa pessoal" com seu par americano.
"Eu acredito na diplomacia e (...) reforço ao presidente Donald Trump meu desejonsx betrestabelecer relações políticas,nsx betdiálogo,nsx betrespeito,nsx bettermosnsx betigualdade", disse Maduro.
Já o porta-voz do Departamentonsx betDefesa dos Estados Unidos, Eric Pahon, se negou a aprofundar as declaraçõesnsx betTrump e acrescentou: "Até o momento, o Pentágono não recebeu ordens", informou a agênciansx betnotícias AFP.
Crise
A Venezuela vive uma grave crise política, econômica e social. Maisnsx betquatro mesesnsx betprotestos contra o governo do presidente Nicolás Maduro resultaramnsx betmaisnsx bet120 mortos.
Na semana passada, foi instalada a Assembleia Nacional Constituinte (ANC), um parlamento temporário destinado a elaborar uma nova Constituição. É formado exclusivamente por chavistas, devido ao boicote da oposição, que exigia a realizaçãonsx betum referendo prévio.
A Constituinte venezuelana foi condenada por 12 países da América e do Caribe na chamada "Declaraçãonsx betLima", alémnsx betEstados Unidos, União Europeia, entre outros.
Nas últimas semanas, os Estados Unidos impuseram várias rodadasnsx betsanções econômicas a funcionários do governo venezuelano.
Diante da ANC, nesta quinta-feira, Maduro disse que as sanções americanas não têm "base jurídica" e questionou: "Até onde o imperador Trump acredita que é governante do mundo?".
Análise do correspondente da BBC Mundo na Venezuela, Daniel García Marco
A intervenção militar dos Estados Unidos tem sido um argumento usado primeiro pelo presidente Hugo Chávez e agora por Nicolás Maduro para cerrar fileiras entre seus seguidores, sobretudonsx bettemposnsx betcrise.
É o caso atual. Maduro e seu gabinete repetem que os Estados Unidos, a que chamam "o império", está por trás da "guerra econômica", que usam para explicar a situaçãonsx betdesabastecimento ensx betinflação da Venezuela.
Também acusam o vizinho do nortensx betestar por trásnsx betações da oposição, que qualificamnsx bet"extrema direita", por desestabilizar e buscar uma mudançansx betgoverno através da força.
As declarações desta sexta-feiransx betDonald Trump dão munição a um governo que se sente atacado ante a ampla faltansx betreconhecimento internacional da recém constituída Assembleia Constituinte, e que é considerado por maisnsx betuma dezenansx betpaíses da região como "não democrático".
Com Trump na Casa Branca desde janeiro, os Estados Unidos têm sido mais frontais nansx betpostura perante a Venezuela do que com Barack Obama.
Houve sanções individuais contra altos cargos do governo venezuelano, incluindo até o presidente Maduro, a que Washington chama diretamentensx bet"ditador".
O senadornsx betorigem cubana Marco Rubio apareceu como o principal impulsionadornsx betmedidas duras dos Estados Unidos contra a Venezuela. Encontrou apoio sobretudo do vice-presidente americano, Mike Pense, que manteve recentemente contato telefônico com o líder da oposição venezuelana Leopoldo López, que agora cumpre uma pena domiciliarnsx betquase 14 anos.
Por enquanto, contudo, não chegaram as temidas sanções americanas ao setor petroleiro, que poderiam minar ainda mais a golpeada economia venezuelana.
Para além da dura dialética entre uns e outros, os Estados Unidos seguem sendo um parceiro comercial básico para a Venezuela. Apesar do declínio nos últimos anos, 740 mil barrisnsx betpetróleo venezuelano chegam diariamente nos Estados Unidos, um dos poucos países com refinarias adequadas para tratá-lo.
Os Estados Unidos são junto a China e Rússia o maior parceiro comercial venezuelano, mas o único que pagansx betdinheiro. Venezuela exporta petróleo para Pequim e Moscou para quitar empréstimos fornecidos anteriormente.
Por isso, muitos acreditam que Trump faria muito mais dano se fechasse a torneiransx betdólares a um governo sem liquidez para importar produtos básicos, do que com ameaçasnsx betações militares que reforçamnsx betMaduro a ideia do inimigo exterior.