Como a ‘cidade dos migrantes’ mexicana acabou se virando contra uma caravanagiochi casino onlinemigração:giochi casino online
A tropagiochi casino onlinechoque da políciagiochi casino onlineTijuana precisou deter os manifestantes para evitar possíveis agressões. Houve momentosgiochi casino onlinetensão quando eles começaram a empurrar e arremessar garrafasgiochi casino onlineágua.
Os migrantes foram mantidos no interior do ginásio esportivo Benito Juárez, onde estão abrigados. Alguns espiavam pelas grades e observavam a cena com perplexidade.
"Estamos fugindo da violência. Queremos paz", disse Carlos, mostrando as mãos deformadas por agressões.
Essa hostilidade e a xenofobiagiochi casino onlinerelação à caravana é algo sem precedentesgiochi casino onlineTijuana, concordam os especialistas ouvidos pela BBC News Mundo, serviçogiochi casino onlineespanhol da BBC.
A frase "Tijuana é uma cidadegiochi casino onlinemigrantes" é ouvida por toda a parte. E é um fato: umgiochi casino onlinecada dois habitantes da cidade não nasceu lá, segundo o Conselho Nacionalgiochi casino onlinePopulação mexicano.
Os moradoresgiochi casino onlineTijuana repetem a frase com orgulho e têm tradicionalmente acolhido os migrantes. Mas a chegada da caravana provocou um sentimentogiochi casino onlinerejeição aos que vêmgiochi casino onlinefora.
Tijuana ainda é hospitaleira?
Os especialistas concordam que se tratagiochi casino onlineuma minoria, mas que se fez ouvir, e que a rejeição aos migrantes está aumentando, mesmo na hospitaleira Tijuana.
No domingo, esse setor da população organizou uma manifestação com cartazes que diziam: "Essa é uma invasão disfarçadagiochi casino onlinemigração".
Muitos justificaram o incômodo com os migrantes pela suposta forma com que a caravana entrou no México.
"Eles chegaram ilegalmente, destruindo cercas e agredindo."
Ao mesmo tempo, a poucos metros do protesto, era realizado um ato a favor dos migrantes. Mas o grupo estavagiochi casino onlinenúmero menor e acabou se dispersando quando os manifestantes rivais se aproximaram para enfrentá-los.
Segundo os especialistas, há vários fatores que motivaram essa ondagiochi casino onlinerejeição à caravana da América Central.
Feijão e redes sociais
Nos últimos dias, o vídeogiochi casino onlineuma migrante hondurenha reclamando da comida que deram a ela viralizou nas redes sociais.
"A comida que eles estão dando aqui (é)giochi casino onlinemorrer. Olha o que eles oferecem: feijão puro batido, como se estivessem alimentando porcos. E não tem jeito, temosgiochi casino onlinecomer essa comida porque senão morremosgiochi casino onlinefome ", diz elagiochi casino onlineum vídeo gravado pela redegiochi casino onlinetelevisão alemã Deutsche Welle.
"Aqui somos pobres, comemos feijão", gritavam os manifestantes na marcha contra a caravana.
Outro vídeo afirma que os migrantes não querem mais a comida que recebem e pedem pizza e refrigerante.
Esse tipogiochi casino onlinemanifestação tem indignado até moradores que inicialmente apoiavam os migrantes.
A divulgação dos vídeos "marca um antes e depois" na forma como os migrantes são vistos no México, explica Claudia Benassini, pesquisadoragiochi casino onlinemídia digital na Universidade La Salle, na Cidade do México.
Segundo ela, as redes sociais desempenharam um papel crucial nesse processo: "A informação circulou foragiochi casino onlinecontexto e sem espaço para desmentidos".
Nessas ocasiões, não faltam comentários xenófobos, inapropriados e com muito pouco conhecimento sobre o tema, explica a especialista.
Coincidentemente, partes do Estadogiochi casino onlineNayarit foram consideradasgiochi casino onlinesituaçãogiochi casino onlinecalamidade devido às fortes chuvas e inundações. Nas redes sociais, várias mensagens foram publicadas pedindo ao governo que resolvesse primeiro o problema dos mexicanos afetados pelas enchentes antesgiochi casino onlineajudar os migrantes.
"São dois problemas distintos. Se o governo não resolveu a questãogiochi casino onlineNayarit, não é necessariamente por causa dos migrantes", acrescenta Benassini.
No fimgiochi casino onlinesemana, os migrantes que estão no ginásio tentaram compensar essa imagem negativa,giochi casino onlineque não receberam bem a comida, com um vídeogiochi casino onlineque agradecem aos mexicanos pelo "lanche que levaram para dar a eles".
Além disso, antes do ataque dos moradoresgiochi casino onlineTijuana, eles saíram para varrer as ruasgiochi casino onlinevolta do abrigo.
Trump e o prefeitogiochi casino onlineTijuana
O prefeito da cidade, José Manuel Gastélum, tampouco ajudou os tijuanenses a ter uma atitude positivagiochi casino onlinerelação aos migrantes, segundo os especialistas.
Em várias ocasiões, ameaçou deportá-los.
"Os direitos humanos são para os humanos direitos", disse elegiochi casino onlineentrevista ao canalgiochi casino onlinetelevisão mexicano Milenio, após um confronto entre migrantes e moradores locais nas praiasgiochi casino onlineTijuana, no diagiochi casino onlineque a caravana chegou.
Segundo ele, os migrantes "chegaram com um plano agressivo e rude, com cantorias, desafiando as autoridades".
"Não me atrevo a dizer que são todos os migrantes, mas há alguns que são preguiçosos, maconheiros, agridem as famílias", afirmou.
Além disso, há um setor da sociedade que está se deixando influenciar pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, "um homem racista e que muitos consideram um líder", diz Jorge Bustamante, pesquisador emérito do Colegiogiochi casino onlinela Frontera .
Trump tem sido hostil com os migrantes, mobilizou milharesgiochi casino onlinesoldados na fronteira e prometeu endurecer os processos para solicitaçãogiochi casino onlineasilo.
Na manifestação que repreendeu os hondurenhos, Jonathan Zuñiga,giochi casino online25 anos, disse entender por que Trump é duro com os latino-americanos: "Ele sente que seu país está ameaçado e, portanto, o protege. O México deveria fazer o mesmo".
Paralelamente, os Estados Unidos restringiram temporariamente as viasgiochi casino onlineacessogiochi casino onlineTijuana a San Diego, interferindo na vida cotidiana na cidadegiochi casino onlinefronteira.
"Isso incomodou muito os tijuanenses que vão trabalhar lá diariamente. Aumentagiochi casino onlinemuito as filas e o tempo que eles gastam para se deslocar. Eles interpretaram isso erroneamente como culpa dos migrantes", explica José Moreno Mena.
Tamanho da caravana
As caravanasgiochi casino onlinemigrantes se tornaram um fenômeno recorrente nos últimos anos. Mas, desta vez, várias marchas se juntaram, e o movimento tomou grandes proporções, o que levou algumas pessoas a vê-lo como uma ameaça, acrescenta o especialista.
Além disso, ele diz que o governo mexicano também não conseguiu controlar as caravanas.
Aqueles que repudiam o movimento chamam os migrantesgiochi casino online"invasores".
Para entrar no México, qualquer cidadão pode solicitar um vistogiochi casino onlinetrânsito na fronteira, o que permite uma estada legalgiochi casino online30 dias no país, que pode ser renovada.
No entanto, como a caravana entrou pelo rio Suchiate na fronteira com a Guatemala - e não pelo posto da fronteira -, o controle foi perdido e não foi possível documentá-los.
"Embora uma parte deles tenha sido registrada", esclarece Mena.
Racismo
O especialista também vê sinaisgiochi casino onlineracismo na hostilidade aos migrantes.
"Os racistas mexicanos veem os moradores da América Central como inferiores", afirma o acadêmico, acrescentando que o mesmo não aconteceria com americanos.
Os especialistas concordam que o medo dos tijuanensesgiochi casino onlineque os migrantes sejam um fardo para a economia é um mito. Na cidade, há ofertagiochi casino onlinetrabalho, pelo menosgiochi casino onlinesetores que exigem menos qualificação, como na áreagiochi casino onlineconstrução, sempre há empregosgiochi casino onlinesobra.
Mas os entrevistados pela BBC News Mundo acreditam que, embora seja algo novo e possa estar aumentando, a xenofobia e o racismo se referem apenas a uma "minoria" da sociedadegiochi casino onlineTijuana.
José Rendón, que se manifestou a favor das boas-vindas aos imigrantes, disse à BBC News Mundo que eles devem fazer isso "por solidariedade, por simples humanidade".
Federico Garza, como outros tijuanenses, afirma estar desapontado com a atitudegiochi casino onlinealguns moradores que rejeitam os migrantes da América Central.
"Eles dizem que os hondurenhos podem aumentar a insegurança e a violência na cidade. Mas, pelo que vimos hoje, os tijuanenses intolerantes que são o problema: eles que querem brigar e perturbar os mais vulneráveis."
Após a tentativagiochi casino onlineatacar o abrigo, as forçasgiochi casino onlinesegurança limitaram a entrada e saída dos migrantes do ginásio.
Ainda não se sabe quanto tempo os milharesgiochi casino onlineintegrantes da caravana podem ficargiochi casino onlineTijuana. Os pedidosgiochi casino onlineasilo deles se somam a uma filagiochi casino online2,8 mil pessoasgiochi casino onlinediferentes nacionalidades que também estão na cidade esperando a liberação do governo dos Estados Unidos para cruzar a fronteira.
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