Tanques, aviões e rajadasbetmotion tips freebalas: terminada há cem anos, Primeira Guerra trouxe avanço inéditobetmotion tips freemáquinasbetmotion tips freedestruição:betmotion tips free

Sopwith Camel, um dos aviõesbetmotion tips freeguerra mais usados na Primeira Guerra

Crédito, Keystone/Getty Images

Legenda da foto, Ao fim da Grande Guerra, aviões tinham se tornado comuns no combate

"Na Primeira Guerra Mundial, a evolução tecnológica atingiu um patamar nunca antes visto", afirma o especialistabetmotion tips freeassuntos militares Expedito Carlos Stephani Bastos, da Universidade Federalbetmotion tips freeJuizbetmotion tips freeFora (UFJF).

Fokker DR1

Crédito, Alexandre Galante/Arquivo Pessoal

Legenda da foto, Fokker DR1, um dos frutos da evolução tecnológica da Primeira Guerra, voava a até 185 km/h

"De mera ferramentabetmotion tips freeobservação, o avião passou a feroz caçador e, mais adiante, a temido bombardeador, capazbetmotion tips freecausar danos irreparáveis no coração do inimigo".

Um dos modelos mais famosos era o triplano Fokker DR-1, que levava duas metralhadoras e voava a até 185 km/h.

Ganhou o statusbetmotion tips freesímbolo da aviação alemã ao ser pilotado pelo intrépido Manfred von Richthofen, o Barão Vermelho.

Entre setembrobetmotion tips free1916 e abrilbetmotion tips free1918, o Barão Vermelho abateu 80 aviões inimigos. Tinha por hábito recolher parte dos destroços. "Caçadores precisambetmotion tips freetroféus", gabava-se. Morreu no dia 21betmotion tips freeabrilbetmotion tips free1918, aos 25 anos.

Tanque Renault FT 17

Crédito, Alexandre Galante/Arquivo pessoal

Legenda da foto, Tanquesbetmotion tips freeguerra também estrearam na Primeira Guerra, substituindo a cavalaria

"Invenções do diabo"

A tempestadebetmotion tips freeaço - como alguns soldados se referiam aos bombardeios aéreos - não vinha apenas dos céus.

Os submarinos alemães, os famosos U-Boats, contavam com torpedos capazesbetmotion tips freepercorrer até 4,8 km até atingir o alvo.

"O submersível é uma espéciebetmotion tips freenavio que mergulha para atacar ou se proteger do inimigo", explica o professor da Escolabetmotion tips freeGuerra Naval, Francisco Eduardo Alvesbetmotion tips freeAlmeida. "Eles recorriam a canhões para afundar navios mercantes, que transportavam comida e munição, e a torpedos para abater naviosbetmotion tips freeguerra".

Durante a Primeira Guerra Mundial, a Alemanha perdeu 178 dos seus 400 U-Boats. Em compensação, afundou maisbetmotion tips free5,5 mil embarcações.

A vítima mais famosa foi o RMS Lusitânia, que iabetmotion tips freeNova Iorque a Liverpool. Torpedeado na tardebetmotion tips free7betmotion tips freemaiobetmotion tips free1915, o transatlântico britânico afundoubetmotion tips free18 minutos. Todas as 1.198 pessoas a bordo, entre passageiros e tripulantes, morreram.

Tão revolucionários quanto decisivos como os aviões e os submarinos, os carrosbetmotion tips freecombate, popularmente conhecidos como tanquesbetmotion tips freeguerra, também "estrearam" na Primeira Guerra Mundial e vieram para substituir a cavalaria.

Apesarbetmotion tips freeter sido inventado pelos britânicos, um dos modelos mais famosos foi o francês Renault FT-17. Leve, rápido e fácilbetmotion tips freeser produzido, pesava "apenas" 6,5 toneladas, comportava até dois tripulantes e vinha com torre giratória e canhão ou metralhadora.

Torpedo e mina naval

Crédito, Alexandre Galante/Arquivo Pessoal

Legenda da foto, Artilharia naval também foi muito usada durante o conflito

Avanço tecnológico

"Nas guerras, a tecnologia avança muito mais rapidamente do que na paz", filosofa o historiador militar Carlos Daróz, da Universidade do Sulbetmotion tips freeSanta Catarina (Unisul).

"Um dos exemplos disso é o tanque. Uma engenhosidade capazbetmotion tips freese deslocar pelos terrenos mais acidentados e transpor trincheiras e arame farpado".

Dotadobetmotion tips freeblindagembetmotion tips freeaço, foi testado pelos britânicosbetmotion tips free1914 e usadobetmotion tips freecombate pela primeira vezbetmotion tips free15betmotion tips freesetembrobetmotion tips free1916, na Batalhabetmotion tips freeSomme.

Ao fim da guerra, 8,2 mil tanques tinham sido fabricados. Desses, 4,4 mil eram franceses e 2,3 mil britânicos.

Metralhadora Vickers

Crédito, Alexandre Galante/Arquivo Pessoal

Legenda da foto, Metralhadora foi responsável por um númerobetmotion tips freebaixas até tão inimaginável na Primeira Guerra

Uma rajadabetmotion tips freebalas

Outra inovação bélica que entroubetmotion tips freecena na Primeira Guerra foi a metralhadora. Ao contrário dos rifles, disparava até 600 tiros por minuto. Tinha o mesmo poderbetmotion tips freefogobetmotion tips free14 soldados com rifles.

"As metralhadoras foram responsáveis por um númerobetmotion tips freebaixas até então inimaginável. O homem começou a matar mais e com maior rapidez", garante o historiador Rodrigo Trespach, que acababetmotion tips freelançar Histórias Não (Ou Mal) Contadas: Primeira Guerra Mundial.

"Na Guerra Civil Americana, na décadabetmotion tips free1860, morreram pouco maisbetmotion tips free200 mil soldadosbetmotion tips freequatro anosbetmotion tips freecombate. Já nos primeiros 12 mesesbetmotion tips freePrimeira Guerra, o númerobetmotion tips freemortos chegou a 1 milhãobetmotion tips freesoldados".

Para fugir da artilharia pesada, os soldados se viram obrigados a cavar buracos no chãobetmotion tips freepouco maisbetmotion tips free2 metrosbetmotion tips freeprofundidade por 1,80 mbetmotion tips freelargura.

Nas famosas trincheiras, encaravam uma rotina para lábetmotion tips freeinsalubre: a terra se transformavabetmotion tips freelamaçalbetmotion tips freediasbetmotion tips freechuva forte, infestaçõesbetmotion tips freepiolhos eram comuns porque raramente se tomava banho e ratazanas "do tamanhobetmotion tips freegatos" se alimentavam dos cadáveres insepultos.

Depoisbetmotion tips freepassar muito tempo imersosbetmotion tips freeágua ou expostos a locais frios e úmidos, uma infecção apelidadabetmotion tips free"pébetmotion tips freetrincheira", quando não tratada a tempo, podia causar gangrena e levar à amputação. Sóbetmotion tips free1914, o exército britânico tratoubetmotion tips free200 mil casos.

"Em qualquer operação militar, você só tem duas opções: defender-se do inimigo ou atacá-lo", diz o general Márcio Tadeu Bettega Bergo, presidente do Institutobetmotion tips freeGeografia e História Militar do Brasil (IGHMB).

"A atitude defensiva nunca ganhou guerra. Só a ofensiva leva à vitória. É igual ao futebol. Você só vence quando faz gol".

Battleship Texas, preservado nos EUA, participou da Primeira Guerra

Crédito, Alexandre Galante/Arquivo Pessoal

Legenda da foto, Torpedos foram usados durante o conflito para abater naviosbetmotion tips freeguerra

Tiros pela culatra

Muitos dos artefatos bélicos usados na Primeira Guerra tiveram que sofrer ajustes durante o conflito.

As metralhadoras são um bom exemplo. Os primeiros modelos eram tão pesados, algobetmotion tips freetornobetmotion tips free60 quilos, que precisavam ser manejados por até cinco ou seis soldados.

De fabricação americana, a portátil Lewis pesava cinco vezes menos.

As granadas, idem. Muitas não explodiam quando caíambetmotion tips freepoçasbetmotion tips freelama ou, pior, eram acionadas por acidente quando ainda estavam nas mãos do soldado. Com o transcorrer das batalhas, ganharam detonadores mais precisos e confiáveis.

Os exemplos são incontáveis e vão desde o uniforme das tropas até tanques e submarinos.

Os franceses logo trocaram suas berrantes calças vermelhas, que podiam ser vistas a quilômetrosbetmotion tips freedistância, por trajes mais discretos. Seus elegantes quepes revestidosbetmotion tips freeferro foram substituídos por resistentes capacetesbetmotion tips freeaço.

Da mesma forma, os veículos blindados e também os submersíveis foram sendo aperfeiçoados no decorrer do conflito.

Os primeiros modelosbetmotion tips freesubmarinos apresentavam, respectivamente, baixa velocidade e mergulho a pequenas profundidades. Até as estratégiasbetmotion tips freecombate foram aperfeiçoadas.

"Nas guerras napoleônicas, os soldados,betmotion tips freegrandes pelotões, marchavam lado a lado e disparavam suas baionetas todos ao mesmo tempo", explica o historiador e ex-professor da Escolabetmotion tips freeComando e Estado-Maior do Exército (Eceme), Cesar Campiani Maximiano.

"Na Primeira Guerra Mundial, isso mudou. Os combatentes,betmotion tips freegrupos reduzidosbetmotion tips freeaté dez homens, realizavam manobras militares, rastejando pelo chão, protegendo-sebetmotion tips freeárvores e empunhando fuzis e metralhadoras".

Artefatos da Primeira Guerra

Crédito, Expedito Bastos/Arquivo Pessoal

Legenda da foto, Capacetes e armas foram aprimorados para facilitar a vidabetmotion tips freesoldados

É proibido respirar

Não bastasse o horror provocado por granadas, metralhadoras e lança-chamas, a Primeira Guerra testemunhou ainda a macabra estreia das armas químicasbetmotion tips freeconflitosbetmotion tips freeproporções mundiais.

O usobetmotion tips freegases tóxicos começou na Batalhabetmotion tips freeYpres, na Bélgica,betmotion tips free22betmotion tips freeabrilbetmotion tips free1915. Pouco depoisbetmotion tips freeaspirar uma nuvembetmotion tips freegás cloro, o tenente francês Jules-Henri Guntzberger viu seus homens caírem, um a um.

Enquanto uns gritavam por água, outros cuspiam sangue. Em menosbetmotion tips free10 minutos, perdeu 5 mil soldados. Quem não morreu por asfixia terminou cego ou sofreu queimaduras.

"Em termosbetmotion tips freeletalidade, armas convencionais são muito mais danosas que as químicas", garante o especialistabetmotion tips freeassuntos militares, Alexandre Galante.

"Na Primeira Guerra Mundial, as armas químicas responderam por cercabetmotion tips free100 mil dos 10 milhõesbetmotion tips freecombatentes mortos. Ou seja, 1% do total".

Para fugir dos gases tóxicos, soldados passaram a usar máscaras especiais ou, na falta delas, cobriam os rostos com panos molhadosbetmotion tips freeágua ou urina.

Um dado curioso é que nem Adolf Hitler conseguiu escapar. O futuro líder da Alemanha nazista, então mensageirobetmotion tips freeum regimento bávaro, chegou a ficar temporariamente cego após um ataquebetmotion tips freegás mostarda.

Hitler

Crédito, Keystone/Getty Images)

Legenda da foto, Então mensageiro do regimento bávaro, Hitler foi atingido por armas químicas na Primeira Guerra

Terceira Guerra

Um século depois, as chancesbetmotion tips freeuma Terceira Guerra Mundial são remotas, quase nulas, dizem os especialistas.

Em um cenário, apenas Rússia e China teriam condições bélicasbetmotion tips freedeclarar guerra aos EUA. Em outro, um conflitobetmotion tips freeproporções mundiais pode ser deflagrado entre dois ou mais países, como a União Europeia, e um inimigobetmotion tips freecomum, como uma rede terrorista, como a Al-Qaeda, ou uma organização criminosa, como o Cartelbetmotion tips freeMedellín.

Se a Grande Guerra durou quatro anos e quatro meses, quanto tempo duraria a Terceira Guerra Mundial? Quatro dias, talvez? Em um mundo nuclearizado como o que vivemos, poderia ser muito menos.

"O custo seria altíssimo e o resultado, inimaginável", afirma o cientista político Lucas Pereira Rezende, da Universidade Federalbetmotion tips freeSanta Catarina (UFSC).

"Por essa razão, o riscobetmotion tips freeum confronto entre superpotências com arsenal nuclear é cada vez mais improvável."

Soldados sul-coreanos patrulham área desmilitarizada dividindo as duas Coreias

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Na fronteira entre Coreias do Norte e do Sul são usadas tecnologias como "robôs-sentinelas"

Programados para matar

Mas, e se houvesse uma Terceira Guerra Mundial, como seria? Caças seriam substituídos por drones? Soldados cederiam lugar para robôs? É provável que sim.

Alguns modelosbetmotion tips freedrones, como o MQ-9 Reaper, o mais letal deles, têm autonomiabetmotion tips free24 horas, atingem uma velocidadebetmotion tips free440 km/h e são capazesbetmotion tips freedisparar mísseis teleguiados.

Outros, como o MQ-4C Triton, têm um conjuntobetmotion tips freesensores que permite uma visãobetmotion tips free360 grausbetmotion tips freeum raiobetmotion tips freemaisbetmotion tips free2 mil milhas náuticas. Com 39 metrosbetmotion tips freeenvergadura, é do tamanhobetmotion tips freeum Boeing 757. "Os conflitos militares tomaram um rumo totalmente diferente", admite Expedito Carlos Stephani Bastos.

Quanto aos robôs, alguns modelos já são conhecidos como "Kalashnikovs do amanhã", numa alusão ao fuzil AK-47,betmotion tips freefabricação russa.

Na fronteira que divide as duas Coreia, um robô-sentinela, equipado com metralhadora giratória, lançadorbetmotion tips freegranadas e duas potentes câmeras com zoom e visão infravermelha, é programado para identificar alvos humanos atravésbetmotion tips freeum sofisticado programabetmotion tips freereconhecimentobetmotion tips freevoz, calor e movimento.

O temorbetmotion tips freeentidades, como a ONU e a Anistia Internacional, é que tais máquinasbetmotion tips freeguerra autônomas, daquelas que eliminam alvos sem intervenção humana, se confundam durante uma operação e matem civisbetmotion tips freevezbetmotion tips freemilitares. Ou, então, que fujam do controle e ataquem a própria tropa. Paranoia? Nem tanto.

Um caso real, registrado numa base militar da África do Sul, indica que o temor não é injustificado.

No dia 19betmotion tips freeoutubrobetmotion tips free2007, um robô entroubetmotion tips freepane e fuzilou nove soldados e feriu 14 no Centrobetmotion tips freeTreinamentobetmotion tips freeCombate do Exército,betmotion tips freeLohathla.

A máquina foi desenvolvida para identificar alvos, efetuar disparos e recarregar a munição. Tudo automaticamente e sob comandobetmotion tips freevoz.

"Gostaria que não tivéssemos desenvolvido tanta tecnologia bélica", diz Rodrigo Trespach.

O que já é motivobetmotion tips freepreocupação pode se tornar razão para pânico se uma geringonça dessas, como o Legged Squad Support System, cair nas mãosbetmotion tips freeterroristas ou ditadores.

Desenvolvido pela Agênciabetmotion tips freeProjetosbetmotion tips freePesquisa Avançadabetmotion tips freeDefesa (DARPA), das Forças Armadas dos EUA, o LS3, como é mais conhecido, é capazbetmotion tips freese locomover pelos terrenos mais irregulares, percorrer distâncias superiores a 30 km e suportar cargasbetmotion tips freeaté 180 kg.

E o melhor: sem precisar reabastecer.

betmotion tips free Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube betmotion tips free ? Inscreva-se no nosso canal!

Pule YouTube post, 1
Aceita conteúdo do Google YouTube?

Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosbetmotion tips freeautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticabetmotion tips freeusobetmotion tips freecookies e os termosbetmotion tips freeprivacidade do Google YouTube antesbetmotion tips freeconcordar. Para acessar o conteúdo cliquebetmotion tips free"aceitar e continuar".

Alerta: Conteúdobetmotion tips freeterceiros pode conter publicidade

Finalbetmotion tips freeYouTube post, 1

Pule YouTube post, 2
Aceita conteúdo do Google YouTube?

Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosbetmotion tips freeautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticabetmotion tips freeusobetmotion tips freecookies e os termosbetmotion tips freeprivacidade do Google YouTube antesbetmotion tips freeconcordar. Para acessar o conteúdo cliquebetmotion tips free"aceitar e continuar".

Alerta: Conteúdobetmotion tips freeterceiros pode conter publicidade

Finalbetmotion tips freeYouTube post, 2

Pule YouTube post, 3
Aceita conteúdo do Google YouTube?

Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosbetmotion tips freeautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticabetmotion tips freeusobetmotion tips freecookies e os termosbetmotion tips freeprivacidade do Google YouTube antesbetmotion tips freeconcordar. Para acessar o conteúdo cliquebetmotion tips free"aceitar e continuar".

Alerta: Conteúdobetmotion tips freeterceiros pode conter publicidade

Finalbetmotion tips freeYouTube post, 3