Projeto tenta devolver vida ao Marmelhores casas de apostas bonusAral, destruído por planos soviéticosmelhores casas de apostas bonusirrigação:melhores casas de apostas bonus

Cemitériomelhores casas de apostas bonusbarcos no antigo portomelhores casas de apostas bonusMoynaq

Crédito, Paul Ivan Harris/BBC

Legenda da foto, Moynaq, que chegou a ser o principal porto pesqueiro uzbeque no Aral, se transformoumelhores casas de apostas bonusum cemitériomelhores casas de apostas bonusbarcos
Almas Tolvashev commelhores casas de apostas bonusneta

Crédito, Paul Ivan Harris/BBC

Legenda da foto, O ex-pescador Almas Tolvashev commelhores casas de apostas bonusneta: população local perdeu sustento e padeceumelhores casas de apostas bonusgraves problemasmelhores casas de apostas bonussaúde por conta do ressecamento do Aral

Tragédia ambiental

O Aral começou a secar nos anos 1960, quando a União Soviética, da qual o Uzbequistão fazia parte, desviou o curso da água dos dois principais rios que abasteciam o mar com o objetivomelhores casas de apostas bonusirrigar novas plantaçõesmelhores casas de apostas bonusalgodão.

Como o algodão estámelhores casas de apostas bonusalta, o Kremlin ignorou o prolema ambiental decorrente da transposição das águas.

E, à medida que a água desaparecia do Aral, a concentraçãomelhores casas de apostas bonussal aumentava, prejudicando a vida marinha.

"O estoquemelhores casas de apostas bonuspeixes caía, e só conseguíamos pescar peixes mortos", conta Tolvashev. "Hoje, os mais jovens têmmelhores casas de apostas bonusmudarmelhores casas de apostas bonuspaís se quiserem conseguir emprego."

Atualmente, o Marmelhores casas de apostas bonusAral tem apenas 10%melhores casas de apostas bonusseu tamanho original - perdeu-se uma área equivalente a quase o tamanho do Estadomelhores casas de apostas bonusSanta Catarina.

"Não está como antes", lamenta o ex-pescador. "O clima está ruim, há todo este pó no ar."

Cemitériomelhores casas de apostas bonusbarcos no antigo portomelhores casas de apostas bonusMoynaq

Crédito, Paul Ivan Harris/BBC

Legenda da foto, Pescaria deixoumelhores casas de apostas bonusexistir à medida que o mar secou, porque águas dos rios que o alimentavam foram desviadas para plantaçõesmelhores casas de apostas bonusalgodão

Vidasmelhores casas de apostas bonusperigo

Quando o médico Yuldashbay Dosimov começou a trabalhar no hospital do portomelhores casas de apostas bonusMoynaq, nos anos 1980, o litoral já estava encolhendo.

Ele lembra ter encontrado ali diversos pacientes com "doenças respiratórias, tuberculose, problemas renais". "Até recentemente, muitas crianças morriammelhores casas de apostas bonusdiarreia", relata.

As autoridades soviéticas que expandiram a indústria algodoreira uzbeque não previram que os herbicidas e pesticidas que usavammelhores casas de apostas bonussuas plantações acabariam chegando aos rios ao redor e, consequentemente, ao leito do Aral, com duras consequências para a saúde da população.

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Crédito, Paul Ivan Harris/BBC

Legenda da foto, O Marmelhores casas de apostas bonusAral tem hoje apenas 10%melhores casas de apostas bonusseu tamanho original

A água contaminada fazia mal a quem a bebia, e o problema foi exacerbado à medida que o mar secava, uma vez que os produtos tóxicos das plantações ficaram exposto e se espalharam pelo ar por conta das tempestadesmelhores casas de apostas bonusareia.

A população local passou a sofrer problemasmelhores casas de apostas bonuscrescimento,melhores casas de apostas bonusfertilidade, pulmonares e cardíacos, alémmelhores casas de apostas bonuselevadas taxasmelhores casas de apostas bonuscâncer. Um estudo acadêmico concluiu que a ocorrênciamelhores casas de apostas bonuscâncermelhores casas de apostas bonusfígado dobrou entre 1981 e 1991 na região.

Outra pesquisa descobriu que, no fim dos anos 1990, a mortalidade infantil ao redor do Marmelhores casas de apostas bonusAral variou entre 60 e 110 a cada mil nascimentos, taxa muito maior do que no restante do Uzbequistão (48 a cada mil) e do que na Rússia (24 a cada mil).

Cemitériomelhores casas de apostas bonusbarcos no antigo portomelhores casas de apostas bonusMoynaq

Crédito, Paul Ivan Harris/BBC

Legenda da foto, Cemitériomelhores casas de apostas bonusbarcos no antigo portomelhores casas de apostas bonusMoynaq: mar seco expôs a população local a diversos elementos tóxicos

Durante décadas, essa crisemelhores casas de apostas bonussaúde foi ignorada. As autoridades locais só admitiram que o Aral estava desaparecendo quando a União Soviética se desmantelou, no início dos anos 1990.

Agora, busca-se uma solução, e o médico Dosimov espera que ela melhore radicalmente a vida da população karakalpak.

"Eles (autoridades) precisam amenizar o impacto do ressecamento do mar na saúde das pessoas, e por isso estão plantando árvores."

Leitomelhores casas de apostas bonusárvores

A alguns quilômetrosmelhores casas de apostas bonusdistânciamelhores casas de apostas bonusMoynaq, dois tratores criam duas longas fileiras no leito do mar,melhores casas de apostas bonusuma área que 40 anos atrás estava coberta por 25 metrosmelhores casas de apostas bonuságua.

Ávores saxaul já plantadas

Crédito, Paul Ivan Harris/BBC

Legenda da foto, Ávores saxaul já plantadas no Aral podem ajudar a recuperar o solo e impedir que elementos tóxicos se espalhem pela atmosfera

Sentado na traseira do trator, um jovem vai dispersando sementes pelo chão árido.

"Faça chuva ou faça sol, temos duas semanas para plantar um hectare", diz ele. "O tempo tem estado frio e chuvoso, mas não vamos sair daqui até terminarmos."

Ele e seus colegas estão plantando árvores saxaul, um arbusto nativo dos desertos da Ásia Central e, agora, a primeira linhamelhores casas de apostas bonusdefesa contra a mudança climática no Uzbequistão.

"Uma árvore saxaul adulta consegue restaurar até 10 toneladasmelhores casas de apostas bonussolo ao redor das suas raízes", explica o especialistamelhores casas de apostas bonusreflorestamento Orazbay Allanazarov.

Além disso, a saxaul contém os ventos, impedindo que a areia tóxica do solo se espalhe ainda mais pela atmosfera. O plano é cobrir todo o antigo leito do Aral com esses arbustos.

Orazbay Allanazarov

Crédito, Paul Ivan Harris/BBC

Legenda da foto, Orazbay Allanazarov aposta no reflorestamento como uma formamelhores casas de apostas bonusdevolver a qualidademelhores casas de apostas bonusvida à população ao redor do Aral

"Escolhemos a saxaul porque ela consegue sobreviver no clima seco e no solo salgado", explica.

Ele mostra um trecho semeado cinco anos atrás, onde metade das plantas sobreviveu - uma taxa que considera boa.

As árvores são plantadasmelhores casas de apostas bonusfileiras, a 10 metrosmelhores casas de apostas bonusdistância entre si, para que, ao crescerem, liberem as próprias sementes e preencham esse espaço vazio.

Até agora, cercamelhores casas de apostas bonus500 mil hectaresmelhores casas de apostas bonusdeserto foram cobertos com árvores saxaul. Mas ainda restam maismelhores casas de apostas bonus3 milhõesmelhores casas de apostas bonushectares a preencher.

Plantaçãomelhores casas de apostas bonusárvores saxaul no leito do Aral

Crédito, Paul Ivan Harris/BBC

Legenda da foto, Lentamente, projeto tem preenchido o leito do Aral com arbustos saxaul

No ritmo atual, pode levar 150 anos até que uma floresta cresça por ali.

"Estamos lentos", admite Allanazarov. "Precisamos agilizar o processo. Mas para isso precisamosmelhores casas de apostas bonusmais dinheiro,melhores casas de apostas bonusmais investimento internacional."

Assim como o ex-pescador Almas Tolvashev, Allanazarov sabe que o Marmelhores casas de apostas bonusAral pode não voltar nunca mais. Mas destaca que o projeto, ao menos, provê mais qualidademelhores casas de apostas bonusvida ao povo karakalpak, após tantas décadasmelhores casas de apostas bonussofrimento.

*Esta reportagem é partemelhores casas de apostas bonusuma série da BBC financiada pela ONGmelhores casas de apostas bonusempreendedorismo social Skoll Foundation