Como será a grandiosa e polêmica capital que o Egito está construindo no meio do deserto:cbet full form medical
A tudo isso, se somarão as instalações do governo, como palácios presidenciais, embaixadas e as sedes do Parlamento ecbet full form medical18 ministérios. A expectativa é que 200 kmcbet full form medicalestradas conectem a futura cidade com a capital atual, o Cairo, e o restante do país.
A nova capital ocupará uma áreacbet full form medical700 km², pouco menos do que o tamanho da cidadecbet full form medicalNova York, e fica na metade do caminho entre o Cairo e o portocbet full form medicalSuez, um dos núcleos comerciais e econômicos mais importantes do Egito.
Mas por que construir uma nova capital?
De acordo com o Serviçocbet full form medicalInformação do governo, a principal razão por trás do projeto é aliviar a superlotação do Cairo, uma megacidade com quase 20 milhõescbet full form medicalhabitantes e que deve chegar aos 40 milhõescbet full form medical2050, alémcbet full form medical"ajudar a fortalecer e a diversificar o potencial econômico do país com a criaçãocbet full form medicalnovos locais para se viver, trabalhar e visitar".
Mas essa não é a primeira vez que o Egito tenta levar suas instituições governamentais para fora do Cairo. No fim dos anos 1970, o então presidente Anwar Sadat lançou uma políticacbet full form medicalconstruçãocbet full form medicalcidades, entre elas Cidade Sadat, onde se previa erguer um novo centro administrativo nacional, mas a empreitada nunca chegou a ser concluída.
Os críticos temem que a nova capital possa ter o mesmo destino e consideram o projeto pouco realista, argumentando que ele foi criado para favorecer o governo após anoscbet full form medicalinstabilidade.
Al Sisi chegou ao podercbet full form medical2013 após um golpecbet full form medicalEstado contra Mohamed Morsi, o primeiro chefecbet full form medicalEstado egípcio eleito democraticamente. Em abrilcbet full form medical2018, foi reeleito como presidente com maiscbet full form medical97% dos votos.
"Há três reações diante do projeto. Alguns o defendem como uma solução adequada. Outros acreditam que faz falta uma nova capital não neste local, mas a oeste do Vale do Nilo. E há quem defenda que,cbet full form medicalvezcbet full form medicalconstruir outra capital, deveriam distribuir os recursos para o desenvolvimentocbet full form medicaloutras regiões do país", diz o especialistacbet full form medicalplanejamento urbano Yehya Serag, professor da Universidade Ain Shams, no Cairo.
"Compartilho da terceira opinião. Seria melhor direcionar um recurso tão grande para outros projetos regionais."
Também existem dúvidas sobre a viabilidade econômicacbet full form medicalum projetocbet full form medicalUS$ 45 bilhões (R$ 168,6 bilhões)cbet full form medicalum país que,cbet full form medical2016, acordou com o Fundo Monetário Internacional (FMI) um empréstimocbet full form medicalUS$ 12 bilhões ao longocbet full form medicaltrês anos e tem um déficitcbet full form medical10,9% do Produto Interno Bruto (PIB).
Apesar da previsãocbet full form medicalcrescimentocbet full form medicaltornocbet full form medical3,9% para 2018 e 2019, a economia egípcia tem questões graves que foram intensificadas pela instabilidade econômica recente.
Porcbet full form medicalvez, o governo diz que um projeto desta envergadura pode ser um motor econômico ecbet full form medicalcriaçãocbet full form medicalempregos.
"Sempre há aspectos bons e ruins. Isso cria postoscbet full form medicaltrabalho no setorcbet full form medicalconstrução, algo importante para um país que enfrentou problemas econômicos nos últimos anos", avalia Serag.
O dinheiro chinês
Mas quem está construindo essa infraestrutura milionária?
Para o desenvolvimento do projeto, o governo criou uma empresa pública, a Nova Capital Administrativa para o Desenvolvimento Urbano (ACUD, na sigla original), com uma participaçãocbet full form medical51% do Exército, que também é dono dos terrenos onde está sendo erguida a nova cidade. Os outros 49% são do Ministério da Habitação.
Está previsto que esta mesma empresa administre os edifícios que ficarão vagos no Cairo após o governo se mudar.
Desde a chegadacbet full form medicalAl Sisi ao poder, cresceu o papel dos militares na economia do país, que já era significativo na épocacbet full form medicalMubarak. O Exército tem centenascbet full form medicalempresas que vãocbet full form medicalhotelaria, construção e energia a serviços médicos.
Alémcbet full form medicalsupervisão e participaçãocbet full form medicalmilitares e da iniciativa privada, o papel da China é determinante no projeto.
Desde 2016, o governo egípcio negocia um investimentocbet full form medicalUS$ 20 bilhões da empresa pública China Fortune para a construçãocbet full form medicalquase 5 milhõescbet full form medicalmetros quadrados ali.
E cercacbet full form medical85% dos US$ 3 bilhões necessários para erguer o distrito financeiro da nova capital, segundo a Bloomberg, serão pagos por banco chineses.
O obra está a cargocbet full form medicaloutra empresa pública da potência asiática, a Empresa Estatalcbet full form medicalEngenhariacbet full form medicalConstrução da China, a maior construtora do mundo.
Os problemascbet full form medicaluma megacidade
As opiniões sobre o projeto também se dividem do pontocbet full form medicalvista urbanístico e ambiental.
O Cairo sofre com graves problemascbet full form medicaltransporte, moradia e poluição. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a capital egípcia é a segunda megacidade do mundocbet full form medicalpoluição do ar. Só é superada por Nova Déli, na Índia.
Sócbet full form medical2017, segundo uma pesquisa da empresa Euromonitor,cbet full form medicalpopulação aumentoucbet full form medicalmeio milhãocbet full form medicalhabitantes.
Os defensores do projeto garantem ser um passo necessário para descongestionar o Cairo, com a qual a nova capital estará conectada por meiocbet full form medicalum trem elétrico. Mascbet full form medicallocalização no deserto suscita questionamentos, destaca Serag.
"Manter uma nova capital ali vai exigir uma infraestrutura especial, principalmentecbet full form medicalabastecimentocbet full form medicalágua, porque o Egito e Áfricacbet full form medicalgeral enfrentam uma escassez deste recurso."