A superpotência africana que chegou a conquistar o Egito, mas foi esquecida pela história:esportes da sorte net

Construção aksumita

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Legenda da foto, Reis aksumitas controlavam comércio no mar Vermelho

E o que restou dessa civilização é impressionante.

Pirâmides no Sudão

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Legenda da foto, Unesco considera Jebel Barkal Patrimônio da Humanidade

Legado

Maisesportes da sorte net300 pirâmides continuam intactas, praticamente inalteradas desde que foram construídas, há cercaesportes da sorte net3 mil anos.

As mais suntuosas se encontramesportes da sorte netJebel Barkal, uma pequena montanha no Sudão do Norte que, junto com a cidadeesportes da sorte netNapata, são consideradas patrimônio da humanidade pela Unesco, o braço da ONU para educação, ciência e cultura.

No local, além das pirâmides, há tumbas, templos e câmaras funerárias completas, com pinturas e desenhos que a Unesco descreve como "obras-primasesportes da sorte netum gênio criativo que mostram os valores artísticos, sociais, políticos e religiososesportes da sorte netuma comunidadeesportes da sorte netmaisesportes da sorte net2 mil anos".

Pirâmides do Reino Kush, no Sudão

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Legenda da foto, Maisesportes da sorte net300 pirâmides do reino Kush seguem praticamente intactas no Sudão

Os cuchitas eram africanos negros, emesportes da sorte netmaioria agricultores, mas também artesãos e mercadores. Eles vendiam ouro, incenso, marfim, ébano, óleos, penasesportes da sorte netavestruz e peleesportes da sorte netleopardo.

Alémesportes da sorte netpossuir minasesportes da sorte netouro e terras cultiváveis, o reino ocupava uma localização comercialmente estratégica, dado queesportes da sorte netlá se transportavam mercadorias pelo rio Nilo e também por estradas que levavam ao mar Vermelho.

Suas riquezas chegaram a rivalizar com as dos faraós.

Mas até hoje o legadoesportes da sorte netKush ainda não é amplamente conhecido, inclusive entre os africanos.

Pirâmidesesportes da sorte netMeroe

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Legenda da foto, Africanos desconhecemesportes da sorte nethistória, dizem especialistas

História da África

Um projeto com objetivoesportes da sorte netresgatar o passado do continente nasceu no início da décadaesportes da sorte net1960.

A África se tornava independente da Europa e,esportes da sorte netmeio à onda nacionalista, muitosesportes da sorte netseus jovens líderes assumiram o compromissoesportes da sorte netnão só descolonizar seus países, mas também suas histórias.

Tampouco havia interesseesportes da sorte nethistoriadores ocidentais. Por causa da faltaesportes da sorte netregistros escritos, muitos deles simplesmente abandonaram a tarefaesportes da sorte netrevisitar o passado do continente.

Assim, a Unesco ajudou estudiosos africanos a criar o projeto, recrutando 350 especialistasesportes da sorte netdiferentes áreas eesportes da sorte nettoda a África.

O resultado foi uma coletâneaesportes da sorte netoito volumes que abrangem desde a pré-história até a era moderna.

O oitavo livro foi concluído na décadaesportes da sorte net1990 e o nono já começou a ser preparado.

Pinturas das pirâmidesesportes da sorte netJebel Barkal

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Legenda da foto, No interior dos restos arqueológicosesportes da sorte netJebel Barkal, há pinturas consideradas "obras-primas" pela Unesco

Polêmica

Houve polêmica, contudo,esportes da sorte nettorno da decisão da Unescoesportes da sorte netcomeçar a coletânea com um exemplar sobre as origens da humanidade, expondo a teoria da evolução.

O volume provocou a iraesportes da sorte netcomunidades cristãs e muçulmanas, dado que alguns países da África acreditavam no criacionismo, doutrina que defende que os seres vivos surgiram do criador e não são, portanto, fruto da evolução.

Cristão ortodoxo da Etiópia

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Legenda da foto, Monarcas do Reinoesportes da sorte netAksum (ou Axum) foram os primeiros a abraçar o cristianismo

O paleontólogo queniano Richard Leakey, que contribuiu para a elaboração do primeiro volume, diz acreditar que o fatoesportes da sorte neto ser humano ter vindo da África continue sendo algo dignoesportes da sorte netreprovação por alguns ocidentais, que preferem negar essa origem.

Apesar disso, continua pouco divulgada a história do reinoesportes da sorte netKush, onde as rainhas podiam governar por direito próprio.

O mesmo ocorre com o reinoesportes da sorte netAksum, descrito como uma das quatro grandes civilizações do mundo antigo.

Os reis aksumitas controlavam o comércio do mar Vermelho desde seu território, situado na região onde estão atualmente a Eritreia e a Etiópia.

Além disso, foram os primeiros governantes da África a abraçar o cristianismo eesportes da sorte netconvertê-loesportes da sorte netreligião oficial do reino.

Sítio arqueológicoesportes da sorte netMeroe

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Legenda da foto, Sítio arqueológicoesportes da sorte netMeroe, a 300 km ao norte da capital do Sudão, Cartum

'Escuridão'

Para especialistas, por força da influência colonialista, essa história é pouco conhecida até entre acadêmicos e professores africanos.

Por causa dela, não tiveram acesso a um relato integral e cronológicoesportes da sorte netsua história.

Escola da África

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Legenda da foto, Unesco espera que história da África seja ensinada nas escolas por especialistas locais

Hugh Trevor-Roper, um dos mais destacados historiadores britânicosesportes da sorte nettodos os tempos, diz: "Talvez no futuro será possível ensinar algo sobre a história da África. Mas até o momento não há nenhuma ou quase nenhuma: só existe a história dos europeus na África".

"O resto é escuridão, assim como ocorre com a história pré-europeia e a pré-colombiana na América. Uma escuridão que não é sujeito para a história", completou.

A declaração éesportes da sorte net1965, mas continua atual.