Comobet7k donomenosbet7k donoum ano ameaçabet7k donoguerra nuclear se transformoubet7k donopromessabet7k donopaz entre Coreias:bet7k dono

Líderes da Coreia do Norte e Coreia do Sul se cumprimentambet7k donoencontro histórico

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Legenda da foto, Líderes prometeram assinar acordobet7k donopaz aindabet7k dono2018

A preocupação, diz Tierney à BBC Brasil, era com o potencialbet7k donoum gesto descuidado ou mais duro por partebet7k donoTrump que fizesse Kim Jong-un entender que seu regime estivesse sob ameaça iminentebet7k donoataque. Segundo ele, também havia a chancebet7k donoalguma reação impensada do líder americano às provocaçõesbet7k donoPyongyang. "Em qualquer destes cenários, parecia haver o risco realbet7k donoque algum dos lados iniciasse uma ação militar que, mesmo limitada, provocaria uma escalada."

Apesar dos avanços norte-coreanos na área nuclear, no entanto, um ataque atômico direto contra o território americano seria improvável, mas o possível usobet7k donoarmamento convencional contra alvos na região - como os quase 30 mil soldados dos EUA estacionados na Coreia do Sul - poderia ser o suficiente para confirmar os piores temores à época.

Apertobet7k donomão

Diante deste cenário era difícil imaginar,bet7k donomeadosbet7k dono2017, a cena protagonizada por Kim e Moon na Zona Desmilitarizada na sexta-feira: um apertobet7k donomãos, uma reunião amigável e a promessabet7k donoencerrar formalmente o conflito ainda neste ano. A "trajetória relâmpago"bet7k donoum extremo a outro chama atenção, mas não deve ser vista apenas como uma guinada radical ou, ainda, como efeito diretobet7k donoum punhadobet7k donotuítes do presidente americano, segundo Tierney.

Sul-coreanos protestam contra exercícios militares realizadosbet7k donoconjunto com os EUA

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Legenda da foto, Sul-coreanos protestam contra exercícios militares realizadosbet7k donoconjunto com os EUA; escalada retórica entre potencias nucleares preocupou público e analistas

Na avaliaçãobet7k donoanalista, uma possibilidade é que o programa nuclear norte-coreano já tenha evoluído o suficiente para que Kim tenha decidido, agora, voltar seus olhos para tentativasbet7k donomelhorar a combalida economia do país.

"Analistas, diplomatas experientes e militares parecem acreditar que a habilidadebet7k donoafirmar que a Coreia do Norte já dominou a miniaturizaçãobet7k donoogivas e a tecnologiabet7k donomísseis deu a ele (Kim) uma vantagembet7k dononegociações e uma licença interna para atacar os desafios econômicos que,bet7k donoteoria, deveriam estar sendo resolvidos paralelamente ao avanço do programa atômico, mas que na prática não estão melhorando."

O contextobet7k donoque os dois líderes deram os maiores passosbet7k donodireção à pazbet7k donodécadas também inclui muitas outras nações além dos EUAbet7k donoTrump. A construção do encontro entre Kim e Moon,bet7k donofato, remonta a anosbet7k donodiálogosbet7k donobastidores ebet7k donopressões como a da China, que há muito demonstra sinaisbet7k donoincômodo com a postura provocativa dos aliados norte-coreanos no cenário internacional.

Pouco tempo após assumir o poderbet7k donoPequim, Xi Jinping passou a mencionar esforçosbet7k donoreunificação da Península Coreanabet7k donoseus discursos sobre o tema. Ainda durante o governo da ex-presidente sul-coreana Park Geun-hye, o governo chinês intensificou as conversas com Seul e passou a defender mais diálogo entre as nações da região para tratar da questão norte-coreana.

Apesar do aumento da pressão chinesa por diálogo, à época, Seul não intensificou na mesma proporção os esforços diplomáticos na direçãobet7k donoum diálogo com o Norte. Filha do general Park Chung-hee, que lutou pelo exército do Sul na Guerra da Coreia e, posteriormente, comandou o paísbet7k donouma ditadura se arrastoubet7k dono1963 a 1979, a ex-presidente sul-coreana declaravabet7k donopretensãobet7k donoconduzir a península a uma paz duradoura, mas, ao mesmo tempo, reforçava constantemente a ideiabet7k donoque não aceitaria qualquer açãobet7k donoPyongyang que pusessebet7k donorisco a segurança e a soberania do Sul.

Depostabet7k donoimpeachment por um casobet7k donocorrupção e tráficobet7k donoinfluência, Park foi sucedida por um governo tampão e, após a realizaçãobet7k donoeleições, por Moon, o atual presidente e um histórico defensor da conciliação e do diálogo como solução para a questão com a Coreia do Norte.

Turistas visitam observatóriobet7k donozona desmilitarizada entre Coreia do Norte e do Sul

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Legenda da foto, Turistas visitam observatóriobet7k donozona desmilitarizada entre Coreia do Norte e do Sul; aproximação entre vizinhos contou com participaçãobet7k donooutros países

"Não podemos minimizar o trabalho do líder sul-coreano, Moon Jae-in, para criar essa oportunidade diplomática. Ele aproveitou a abertura trazida pelos Jogos Olímpicos (de inverno,bet7k donoPyeongchang, no Sul) e construiu a chancebet7k donocima disso", afirma Tierney.

O especialista se refere ao relaxamento das tensões trazido pela participação norte-coreana na competição esportivabet7k donoterritório sul-coreano - uma delegaçãobet7k donoaltos oficiaisbet7k donoPyongyang viajou ao país rival para acompanhar os jogos e, paralelamente, preparar as negociações que culminaram no encontro entre os líderes.

China e Rússia

O papel da China também foi importante na mediação do diálogo no ano passado. No auge da crisebet7k donomeses atrás entre Washington e Pyongyang, Xi Jinping conversoubet7k donodiversas ocasiões com Trump e Kim Jong-un, fazendo apelos para que a via diplomática fosse preservada e ninguém disparasse o temido "primeiro tiro". Em março, o líder norte-coreano fezbet7k donoprimeira visita oficial a Pequim e foi recebido pelo presidente chinês.

Outra potência com interesses estratégicos e econômicos na região teve atuação menos suave: a Rússia. O presidente Vladimir Putin deu declarações fortes sobre a questão norte-coreana durante a crise com Trump, afirmando que não seria sábio "encurralar Kim Jong-un" e pedindo que os EUA "parassem com as provocações" direcionadas, segundo ele, a Pyongyang.

Entre as possibilidades levantadas por Kim após a reunião com o presidente sul-coreano estava o congelamentobet7k donotodos os testes nucleares por parte da Coreia do Norte. A paralisação, no entanto, vem após dois pontos cruciais do programabet7k donoarmamentos terem sido anunciados pelos norte-coreanos como resolvidos: a miniaturização das ogivas atômicas norte-coreanas e a obtençãobet7k donoum míssil intercontinental capazbet7k donolevá-las até os alvos.

"Não há confirmaçãobet7k donoque eles tenham uma ogiva miniaturizada ou um ICBM (Míssil Balístico Intercontinental) totalmente funcional", observa Tierney. Mas, mesmo que seja apenas mais propaganda, a ideia parece ter sido absorvida pelo establishment norte-coreano, dando a Kim uma folga para se concentrarbet7k donoexpansão econômica.

Capitalizando a paz

Donald Trump fala na Casa Branca

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Legenda da foto, Apoiadoresbet7k donoTrump comemorambet7k donoconduta com a Coreia do Norte

Apoiadoresbet7k donoDonald Trump não demoraram a apontar a suposta eficácia da estratégia do presidente americano para lidar com a Coreia do Norte.

No Twitter, os mais exaltados chegam a dar como certa a concessãobet7k donoum Nobel da Paz ao republicano. A situação, no entanto, não é tão simples e o impacto na política interna americana é incerto.

"Talvez um aspecto positivo, se um acordo (entre as Coreias) for alcançado, possa ser que, nessa nação dividida, um acordobet7k donopaz terá aceitação mais ampla, constrangendo a extrema-direita como ocorreu durante a visitabet7k donoNixon à China", avalia Tierney.