"Massacres geram efeito imitação, atiradores querem fama", diz psicólogo americano:arena pixbet vaquejada
"Alguns desses ataques ganham tanta atenção da mídia que isso acaba se tornando muito desejável para outras pessoas, e elas podem acabar tentando seguir os passos desses autores", disse Langmanarena pixbet vaquejadaentrevista à BBC Brasil.
Esse efeito significa que, quanto mais ataques desse tipo ocorrem, mais vão ocorrer no futuro. "É como se esse fenômeno estivesse se alimentandoarena pixbet vaquejadasi mesmo."
Cobertura e redes sociais
Segundo Langman, a intensa cobertura desses ataques, ampliada ainda mais pela internet e pelas redes sociais, acaba servindo como fontearena pixbet vaquejadainspiração para futuros atiradores.
Além disso, o destaque dado ao númeroarena pixbet vaquejadavítimas e à magnitudearena pixbet vaquejadacada tragédia pode criar uma espéciearena pixbet vaquejadaranking, que os futuros autores tentam superar.
"Muitos atiradores escreveram comentários sobre isso. Eles querem conseguir tanta fama quanto o atirador anterior. Ganhar reconhecimento imediato. Entrar para a história. Querem ser famosos", diz o psicólogo.
Assim como outros especialistas, ele recomenda minimizar o uso do nome do atirador na cobertura desses episódios, não publicar seu retrato, evitar dar muita ênfase ao númeroarena pixbet vaquejadamortos e não usar termos como "o maior", "o pior" ou outros tiposarena pixbet vaquejadacomparação ao descrever o ataque.
"Evitar tudo que possa tornar o atirador um tipoarena pixbet vaquejadaherói para outras pessoas que estãoarena pixbet vaquejadariscoarena pixbet vaquejadacometer violência", resume. "O melhor é sempre focar nas vítimas, e não no autor."
Columbine
Langman começou a estudar a mente desses atiradores após o massacre na escolaarena pixbet vaquejadaColumbine, no Colorado,arena pixbet vaquejada1999, que deixou 15 mortos (entre eles os dois autores) - e inspirou dezenasarena pixbet vaquejadaataques semelhantes nos anos seguintes, segundo depoimentos compilados pelo psicólogo.
Nesses quase 20 anos, publicou dois livros sobre o assunto e criou um site que reúne milharesarena pixbet vaquejadadocumentos sobre massacresarena pixbet vaquejadaescolas nos Estados Unidos earena pixbet vaquejadaoutros países.
Segundo o psicólogo, o perfil desses incidentes vem mudando. Ele cita uma pesquisaarena pixbet vaquejadaque analisou ataquesarena pixbet vaquejadaescolas americanas ocorridos entre 1966 e 2015 e com pelo menos três vítimas.
Na primeira metade do período estudado, Langman identificou 17 ataques desse tipo. Nos 25 anos finais, foram 45.
"Também observei que, na primeira metade, os atiradores eram emarena pixbet vaquejadamaioria jovens adultos, com idade máximaarena pixbet vaquejada40 anos, e brancos. Nos últimos 25 anos, vemos também atiradores mais velhos, com maisarena pixbet vaquejada40, ou muito jovens, com menosarena pixbet vaquejada16. E mais diversidade racial", afirma.
"Me parece que os atiradores estão se espalhando por uma fatia mais ampla da população."
Psicopatas, psicóticos e traumatizados
Langman identifica três tiposarena pixbet vaquejadaautores nesses ataques: psicopatas (que apresentam faltaarena pixbet vaquejadaempatia e às vezes até sadismo), psicóticos (com indícioarena pixbet vaquejadaesquizofrenia ou transtornoarena pixbet vaquejadapersonalidade esquizotípica) e traumatizados (que sofreram trauma, abuso, cresceramarena pixbet vaquejadameio a violência). Mas o que pode desencadear a violência costuma ser uma combinação desses traços com fatores externos.
"É uma combinaçãoarena pixbet vaquejadaquem eles são com o que aconteceu com eles. Os atiradores tipicamente estão fracassandoarena pixbet vaquejadavárias esferas. Podem estar enfrentando problemas acadêmicos, geralmente têm problemas amorosos. Muitos gostariamarena pixbet vaquejadaseguir carreira militar, mas foram rejeitados", observa.
O psicólogo ressalta que há muitos estereótipos sobre esse tipoarena pixbet vaquejadaataque. "Acho que o maior deles é oarena pixbet vaquejadaque os atiradores foram todos vítimasarena pixbet vaquejadabullying ou que os responsáveis por bullying são os alvos. Isso é muito raro", diz.
"Como muitos são adolescentes, eles geralmente sofreram provocaçõesarena pixbet vaquejadaalguma maneira. Mas não significa que foi isso que motivou o ataque. A maioria dos adolescentes passa por issoarena pixbet vaquejadaalgum momento da vida. E atiradores não sofreram esse tipoarena pixbet vaquejadaproblema mais do que qualquer adolescente típico."
Segundo Langman, casosarena pixbet vaquejadaque houve bullying, e às vezes até agressão física, são exceção.
Armas
Tragédias como a da Flórida costumam ser seguidas por diasarena pixbet vaquejadadebates sobre a necessidadearena pixbet vaquejadaleis para restringir o acesso a armas (com pouquíssimas chancesarena pixbet vaquejadaaprovação no Congresso) ouarena pixbet vaquejadacolocar ainda mais armas nas mãos da população.
Langman reconhece que a questão do controlearena pixbet vaquejadaarmas é complexa nos Estados Unidos, e prefere concentrar esforçosarena pixbet vaquejadamedidasarena pixbet vaquejadasenso comum para evitar que armas caiam nas mãosarena pixbet vaquejadaadolescentes.
"Os adolescentes muitas vezes usam armas que pertencem a membros da família. Mesmo crianças pequenas às vezes conseguem ter acesso", ressalta.
"Meu foco é maisarena pixbet vaquejadaeducar a comunidade. Se você tem armasarena pixbet vaquejadacasa e tem crianças, garanta que essas armas não estejam facilmente acessíveis."
Ele critica o que considera foco excessivo das escolasarena pixbet vaquejadarespostas a situaçõesarena pixbet vaquejadaemergência,arena pixbet vaquejadavezarena pixbet vaquejadaprevenção.
Langman diz que é preciso educar professores, alunos e pais sobre sinaisarena pixbet vaquejadaalerta e criar um sistema que permita investigar esses casos antes que ocorra violência.
"Adolescentes costumam falar bastante sobre o que vão fazer. Podem dizer: 'Vou trazer uma arma para a escola e matar pessoas'. Às vezesarena pixbet vaquejadasuas redes sociais, às vezes conversando com amigos", salienta.
"Geralmente seus amigos não acreditam, não levam a sério. E mesmo se estão preocupados, não sabem o que fazer com essa informação. É preciso que saibam como reportar esses casos, e as escolas precisam ter sistemas para investigar."