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Marie e Pierre Curie e outras 3 grandes históriasvirtual bet 365amor na ciência:virtual bet 365
Ruth nasceu na Áustria,virtual bet 3651924. Em 1938, pouco antes da invasão do país pelas tropas nazistas, ela evirtual bet 365família judia tiveramvirtual bet 365fugir do país.
Nos Estados Unidos, ela estudou Biologiavirtual bet 365Harvard. Foi na universidade onde conheceu seu futuro marido, Frank Hubbard. Logo depoisvirtual bet 365se casarem, Hubbard tevevirtual bet 365deixar o país para lutar na guerra.
Ruth conseguiu um trabalho como assistentevirtual bet 365pesquisa no laboratóriovirtual bet 365Químicavirtual bet 365Harvard, que era liderado pelo professor americano George Wald.
Ambos estavam profundamente intrigados com a fotoquímica dos globos oculares. Decidiram então pesquisar o assunto: foram horas e horas trabalhando juntos.
Acabaram se apaixonando.
"A história deles é muito bonita, mas um tanto complicada. A relação dos meus pais era secreta: ela tinha 19 anos e ele, 36. Ela era estudante e ele, seu professor", diz Elijah.
O casal manteve essa relação "clandestina" por 14 anos. Depois, acabaram se divorciandovirtual bet 365seus respectivos cônjuges e se casaramvirtual bet 3651958. "Eu nasci um ano depois,virtual bet 3651959", conta Elijah, que depois ganhou uma irmã.
O Nobel
"Eles sempre estavam juntos, não apenasvirtual bet 365casa. Caminhavam juntos até o laboratório e trabalhavam um ao lado do outro. Para mim era impossível imaginá-los separados", diz Elijah.
Ruth e George trabalharam juntos durante 20 anos antesvirtual bet 365que o prêmio Nobel batesse na porta deles.
Em 1967, George recebeu o Nobelvirtual bet 365Fisiologia e Medicina junto aos cientistas Haldan Keffer Hartline e Ragnar Arthur Granit. Eles foram premiados por suas "descobertas dos principais processos fisiológicos e químicos da visão e dos olhos", segundo o Nobel.
Embora ninguém discuta que George era merecedor do prêmio, muitos especialistas consideram que Ruth também deveria estar entre os vencedores, pois ela teria sido a chave para elucidar como os olhos convertem a luzvirtual bet 365informação. "Foi um trabalho dos dois", diz o filho, Elijah.
Uma feminista
Ruth publicou dezenasvirtual bet 365estudos sobre a visão. Ela e o marido receberam a Medalhavirtual bet 365Ouro Paulo Karrer porvirtual bet 365pesquisa sobre a rodopsina, uma das proteínas responsáveis pela visão.
Elijah conta que nunca imaginou como essa "forte e comprometida feminista",virtual bet 365mãe, seria afetada pela morte do marido.
Ele morreuvirtual bet 3651997 e tinha 90 anos.
"Ela pensava que quando meu pai morresse,virtual bet 365vida iria continuar com mais ímpeto: iria a conferências, viajaria mais, escreveria mais livros. Mas quando meu pai morreu mesmo, ela não queria fazer mais nada. Ele eravirtual bet 365outra metade. Uma vez sozinha no mundo, foi muito difícil para ela continuar. Passaram-se quase cinco anosvirtual bet 365que ela não fez quase nada. Retomouvirtual bet 365vida intelectual, mas não com a mesma força. Sua ambição não era mais a mesma", diz o filho.
Ruth morreuvirtual bet 3651ºvirtual bet 365setembrovirtual bet 3652016, e não é lembrada apenas por suas contribuições científicas, mas por ser uma feminista crítica que desafiou os paradigmas masculinos na ciência e impulsionou o papel das mulheres nessa área.
Marie e Pierre Curie: 'Ninguém poderia encontrar um companheiro melhor'
Quando era estudantevirtual bet 365Paris, a jovem polonesa Marie Sklodowska perguntou a um amigo se ele conhecia algum laboratóriovirtual bet 365que ela pudesse realizar experimentos.
Seu amigo, que era professorvirtual bet 365Física, pensouvirtual bet 365seu colega Pierre Curie. O professor então organizou um encontro.
Era 1894.
Marie contou como foi o encontro com o amorvirtual bet 365sua vida no texto "Marie Curie and the Science of Radioactivity" (Marie Curie e a Ciência da Radioatividade), escrito por Naomi Pasachoff e publicado pelo Instituto Americanovirtual bet 365Física.
"Quando entrei no quarto, Pierre Curie estava paradovirtual bet 365pé entre as portas abertasvirtual bet 365uma janela que se abria para uma varanda. Ele parecia muito jovem, embora tivesse 35 anos. Me impressionou a expressão aberta do seu rosto e um leve indíciovirtual bet 365desapegovirtual bet 365todavirtual bet 365atitude.
Ele falavavirtual bet 365forma lenta,virtual bet 365simplicidade e seu sorriso me inspirararam confiança.
Voltamos a nos falar na Sociedadevirtual bet 365Física e no laboratório. Ele me perguntou se podia me visitar… Pierre Curie veio me ver e mostrou uma solidariedade sincera com minha carreiravirtual bet 365estudante.
Logo ele desenvolveu o hábitovirtual bet 365me contar sobre seu sonhovirtual bet 365uma existência inteiramente dedicada à pesquisa científica, e me pediu para compartilharvirtual bet 365vida. Não foi, no entanto, uma decisão fácil para mim, pois significava a separação do meu país e da minha família. E também a renúncia a certos projetos sociais queridos para mim (...)
Nosso trabalho nos aproximou cada vez mais, até que nos convencemosvirtual bet 365que nenhumvirtual bet 365nós poderia encontrar um parceirovirtual bet 365vida melhor".
O casamento
Em 26virtual bet 365julhovirtual bet 3651895, Pierre e Marie se casaramvirtual bet 365uma cerimônia na França. No lugar do tradicional vestidovirtual bet 365noiva branco, Marie preferiu usar um vestido azul escuro. Ela explicou a decisãovirtual bet 365uma biografia:
"Não tenho um vestido a não ser o que uso todos os dias. Se você for me dar umvirtual bet 365presente, por favor, que ele seja prático e escuro a pontovirtual bet 365eu poder usar para ir ao laboratório".
A luavirtual bet 365mel do casal não foi nada suntuoso: eles decidiram viajarvirtual bet 365bicicleta pelos campos da França. Tiveram dois filhos, Irene e Eve.
Graças aos seus estudos sobre radiação, o casal ganhou o Prêmio Nobelvirtual bet 365Físicavirtual bet 3651903, junto ao cientista francês Henri Becquerel.
"No começo, Marie não foi premiada. Mas quando Pierre soube da omissão, pediu para que ela fosse incluída entre os vencedores,virtual bet 365modo que ela se converteu na primeira mulher a ganhar um Nobel", diz a fundação responsável pelo prêmio.
'É o fimvirtual bet 365tudo, tudo, tudo'
Era um dia chuvosovirtual bet 365abrilvirtual bet 3651906 quando Pierre morreu. Ele foi atropelado por uma carruagem quando andava pela rua.
Em seu diário, Marie descreveu a "catástrofe"virtual bet 365perder seu "melhor amigo": "Não sentia capazvirtual bet 365enfrentar o futuro (depois da morte do marido)."
"Nós colocamos seu corpovirtual bet 365um caixão no sábado pela manhã e segureivirtual bet 365cabeça. Beijamos seu rosto frio pela última vez (...)"
"Seu caixão foi fechado e nunca mais pude vê-lo. Não permiti que eles cobrissem seu corpo com uma tela preta. Coloquei flores e me sentei ao seu lado… Fecharam o túmulo e colocaram floresvirtual bet 365cima. Era o fimvirtual bet 365tudo, tudo, tudo".
Cinco anos depois, Marie ganhou novamente o Nobel, dessa vezvirtual bet 365Química. Sua dedicação à ciência duraria até os últimos diavirtual bet 365sua vida - ela sofriavirtual bet 365leucemia, provocada porvirtual bet 365prolonga exposição à radiação. Morreuvirtual bet 3654virtual bet 365julhovirtual bet 3651934.
Helen e Alfred Free: o amor e o revolucionário testevirtual bet 365urina
Quando liguei para a Helen Murray Free, que nasceuvirtual bet 3651923, o que mais me atraiuvirtual bet 365nossa conversa foi o riso que ela deu quando perguntei sobre o momentovirtual bet 365que se apaixonou por Alfred Free.
"Me apaixonei no momentovirtual bet 365que o conheci", me respondeu, falandovirtual bet 365sua casavirtual bet 365Indiana, nos Estados Unidos. "Ele era meu chefe, e acabei me casando com meu chefe", disse, rindo.
A entrevista
Helen e Alfred Free se conheceram nos Laboratórios Miles, hoje conhecidos como Laboratórios Bayer, nos Estados Unidos.
Helen havia se formadovirtual bet 365Química na Universidade Woostervirtual bet 3651944. Logo depois, conseguiu um emprego no laboratório Miles.
Pouco depois começar a trabalhar no departamentovirtual bet 365controlevirtual bet 365qualidade, ela pediu a seus supervisores que a transferissem para a unidadevirtual bet 365pesquisa. Dizia estar "entediada" com os testesvirtual bet 365vitamina, segundo um artigo que escreveu na Sociedade Americanavirtual bet 365Química.
Em 1946, ela foi entrevistada por um reconhecido cientista que estava criando um novo laboratóriovirtual bet 365pesquisavirtual bet 365bioquímica. O cientista era o professor americano Alfred Free - ele se surpreender com o conhecimentovirtual bet 365Helen.
'Ele era perfeito'
Ao mesmo tempovirtual bet 365que a relação no trabalho se desenvolvia, a atração entre os dois cientista só crescia.
"Nós achávamos que éramos muito discretos", lembra Helen, mas depois percebeu que os colegas sabiam que algo estava acontecendo entre eles.
A cientista me contou que quando começou a trabalhar no laboratório, não pensavavirtual bet 365se casar nemvirtual bet 365ter filhos. "Eu era uma menina totalmente focada na carreira", disse.
Mas, para ela, as qualidadesvirtual bet 365seu chefe eram impossíveisvirtual bet 365ignorar. "Ele é incrivel, inteligente, articulado, e também muito generoso. Era perfeito", afirmou.
Quando os dois se casaram,virtual bet 3651947, a ciência era discutidavirtual bet 365casa. "A gente conversava sobre trabalho, trabalho, trabalho. Passávamos 24 anos pensandovirtual bet 365nosso trabalho. Ele me falavavirtual bet 365suas ideias e eu contava as minhas. Passamos momentos maravilhosos", diz Helen.
Eles tiveram seis filhos.
Os inventores
Na área da Química, o casal Free revolucionou as tirasvirtual bet 365testes que fazem o diagnósticovirtual bet 365doenças como diabetes e detectam a gravidezvirtual bet 365maneira mais simples,virtual bet 365casa.
Elas são fitasvirtual bet 365poucos milímetrosvirtual bet 365largura, impregnadasvirtual bet 365substâncias químicas, que ao entrarvirtual bet 365contato com compostos presentes na urina reagem a qualquer mudança patológica.
Em 1956, lançaram no mercado nas primeiras tiras com reações colorimétricas e,virtual bet 3652000, pouco depois da mortevirtual bet 365Alfred (aos 87 anos), elas foram incluídasvirtual bet 365uma Salão da Fama dos Inventores dos Estados Unidos.
Esses testes não só tiveram um grande impacto nos examesvirtual bet 365urina, mas também nosvirtual bet 365sangue.
Alfred Free publicou maisvirtual bet 365200 artigos científicos, muitos deles comvirtual bet 365esposa. O casal também escreveu livros que são considerados fundamentais para a pesquisa bioquímica.
Isabella e Jerome Karle: o marido que não queria aceitar o Nobelvirtual bet 365Química
Quando Jerome Karle e Herbert Hauptman receberam o Prêmio Nobelvirtual bet 365Química,virtual bet 3651985, por "suas realizações notáveis no desenvolvimentovirtual bet 365métodos diretos para a determinaçãovirtual bet 365estruturas cristalinas". Karle não estava inteiramente feliz com a notícia.
"Ele não queria aceitar", dissevirtual bet 365filha, Louise Karle Hanson.
Seu pai estava profundamente decepcionado porquevirtual bet 365esposa, Isabella Lugoski, não havia sido incluída na honraria. Os experimentosvirtual bet 365Isabella ajudaram a provar a teoria molecular concebida por Jerome.
"E minha mãe disse: é uma bobagem, vávirtual bet 365frente. Você deveria aceitar (o prêmio)", disse Louisevirtual bet 365depoimento ao jornal The New York Times, que publicou um obituário sobre a importante cientista.
Os estudosvirtual bet 365Isabella sobre as estruturas moleculares e sobre a "extração e purificaçãovirtual bet 365plutônio têm sido uma grande influênciavirtual bet 365muitos campos científicos", aponta The Atomic Heritage Foundation, uma organização sem fins lucrativos que se dispõe a preservar e interpretar o legado do Projeto Manhattan, programa liderado pelos Estados Unidos para desenvolver uma bomba atômica.
Em uma autobiografia que Jerome escreveu para o Nobel, o cientista apontou que, durante toda avirtual bet 365vidavirtual bet 365casado, sempre teve "forte apoio"virtual bet 365sua esposa. Ele elogiou a carreiravirtual bet 365sua parceira e reconheceu seus esforços para continuar suas próprias pesquisas científicas, alémvirtual bet 365ter criado três filhos.
'A primeira menina'
Isabella e Jerome se conheceram na Universidadevirtual bet 365Michiganvirtual bet 3651940. Ele estudou Biologia, e ela, Biologia.
"Ele nunca tinha ido a uma escola com meninas. Ele cresceu no Brooklyn e, aparentemente, suas escolas primária e secundária só tinha meninos. Depois, era uma época que na universidade só havia homens. Por isso, eu brincava com elevirtual bet 365que fui a primeira mulher que ele conheceu", contou Isabellavirtual bet 365uma entrevistavirtual bet 3652015.
Eles se conheceramvirtual bet 365um laboratóriovirtual bet 365química física, enquanto ele fazia um experimento.
Pouco tempo depois, eles se casaram - Isabella tinha 20 anos.
Jerome morreuvirtual bet 3652013,virtual bet 365câncer no fígado. Será lembrado como um dos cientistas que criaram uma ferramenta chave para o desenvolvimentovirtual bet 365novos remédios.
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