Onde estão ea betano tem appque são feitos os milharesa betano tem appasteroides que povoam o Sistema Solar:a betano tem app
Embora sejam encontradosa betano tem apptodos os cantos, a maioria dos asteroides e cometas do Sistema Solar se concentrama betano tem apptrês grandes estruturas, o cinturãoa betano tem appAsteroides, o cinturãoa betano tem appKuiper e a nuvema betano tem appOort.
Mais antigos que a Terra
A história dessas concentrações e dos objetos rochosos ea betano tem appgelo que elas contêm começou com a própria formação do Sistema Solar, segundo o físico Othon Winter, da Faculdadea betano tem appEngenhariaa betano tem appGuaratinguetá (FEG), da Universidade Estadual Paulista (Unesp).
O cientista explica que os planetas se formaram a partira betano tem appum discoa betano tem appgás e pequenos corpos, denominados planetesimais, com tamanhosa betano tem appcentenasa betano tem appmetros a algumas dezenasa betano tem appquilômetros, que foram crescendo por meioa betano tem appcolisões entre si.
Alguns deles chegaram a atingir massa dez vezes a da Terra, e se tornaram os núcleos dos planetas gigantes (Júpiter, Saturno, Urano e Netuno). "Ao atingirem esse estágio, gravitacionalmente eles 'sugaram' enormes quantidadesa betano tem appgás, se transformando nos planetas gigantes gasosos", explica Winter, que é doutora betano tem appDinâmica do Sistema Solar. "O restante do gás foi então expulso do sistema pelo Sol."
Só depois disso começou a formação dos planetas rochosos (Mercúrio, Vênus, Terra e Marte). "Ela se deu por meioa betano tem appcolisões entre objetos remanescentes (planetesimais e maiores, chamados embriões, que tinham massa similar à da Lua), que se localizavam, naa betano tem appmaioria, interiores à órbitaa betano tem appJúpiter", diz Winter.
"Então, os pequenos corpos que existem atualmente foram formados nos estágios iniciais do Sistema Solar", explica o pesquisador da Unesp.
Desses, os que possuem maior parcelaa betano tem appcomponentes voláteis são aqueles que se formaram mais distantes do Sol. "Assim,a betano tem appum modo geral, os separamosa betano tem appasteroides e cometas", diz.
"Os asteroides se localizama betano tem appórbitas mais próximas da nossa estrela e são majoritariamente formados por componentes refratários, como silicatos e metais. Os cometas têm órbitas mais distantes (bem excêntricas) e são, ema betano tem appmaioria, compostosa betano tem appmateriais voláteis, principalmente água - na formaa betano tem appgelo."
Assim, a estrutura mais próximaa betano tem appnós, o cinturãoa betano tem appAsteroides, situada entre as órbitasa betano tem appMarte e Júpiter, concentra o tipoa betano tem appcorpo que seu nome indica. Trata-sea betano tem appuma zona grosseiramente plana, que circunda o Sol e as órbitas dos planetas Mercúrio, Vênus, Terra e Marte.
É a principal estrutura das três, com cercaa betano tem app600 mil objetos rochosos conhecidos, mas cuja massa total é igual a apenas cercaa betano tem app5% a da Lua, que pora betano tem appvez tem pouco maisa betano tem app1% da da Terra.
O maiora betano tem apptodos é Ceres, com 946 kma betano tem appdiâmetro, classificado como o único planeta-anão - a mesma classificaçãoa betano tem appPlutão - do cinturão. Depois vem Palas (544 km) e Hígia (407 km). Há ainda Vesta (530 km), promovidoa betano tem app2012 a protoplaneta, que é um planetaa betano tem appformação. No seu caso, porém, o processo foi interrompido.
Vesta e Ceres foram visitados recentemente pela sonda Dawn, da Nasa.
Depoisa betano tem appNetuno
Logo após a órbitaa betano tem appNetuno está o cinturãoa betano tem appKuiper. Ela começa a 30 unidades astronômicas (UA) da Terra e ocupa todo o espaço até uma distânciaa betano tem app100 UAs - uma UA é igual a distância média entre a Terra e o Sol, que éa betano tem app150 milhõesa betano tem appquilômetros.
O cinturãoa betano tem appKuiper deve seu nome ao astrônomo americanoa betano tem apporigem holandesa Gerard Kuiper, quea betano tem app1951 propôs a ideiaa betano tem appque na vastidão gelada, além da órbitaa betano tem appNetuno, havia restos congelados da formação do Sistema Solar.
Descobertas posteriores demonstraram que ele estava certo. Hoje se sabe que há por lá milhõesa betano tem appcorpos congelados, dos quais apenas pouco maisa betano tem app2 mil são conhecidos.
Entre eles estão quatro planetas anões: Plutão (2.376 kma betano tem appdiâmetro), Éris (2.326 km), Makemake (1.600 km) e Haumea (1.632 km). Há ainda Sedna, provavelmente um planeta anão, mas ainda não classificado assim pela União Astronômica Internacional, e Caronte (1.208 km), a luaa betano tem appPlutão.
Bem mais distante, entre 2 mil e 100 mil UA - quase um ano-luz ou cercaa betano tem appum quarto da distância da estrela mais próxima do Sol, Próxima Centauri - está a nuvema betano tem appOort, da qual até hoje ainda não foi feita nenhuma observação direta.
Seu nome é uma homenagem ao astrofísico holandês Jan Oort, que foi o primeiro a deduzira betano tem appexistência. Ela teria um formato esférico, envolvendo todo o Sistema Solar, coma betano tem appparte mais externa marcando o limite final da influência gravitacional do Sol.
Estima-se que lá haja bilhões ou até trilhõesa betano tem appcorpos, a grande maioria ainda desconhecidos.
O risco
Alguns dos objetos dessas três estruturas podem apresentar perigo para a vida na Terra. Perturbações nas órbitasa betano tem appalguns deles no passado fizeram com que "caíssem" para o interior Sistema Solar, passando a ter órbitas excêntricas e cruzando perto oua betano tem approtaa betano tem appcolisão com o planeta.
"A probabilidadea betano tem appquedaa betano tem appcorposa betano tem appcerca 100 ma betano tem appdiâmetro, que podem causar grandes danosa betano tem appáreas povoadas, éa betano tem appmédia uma vez a cada 2,5 mil", diz o astrônomo Jorge Carvano, do Observatório Nacional brasileiro.
As chancesa betano tem appobjetos maiores colidirem com a Terra é bem menor. "Colisões com corpos na faixaa betano tem app1 kma betano tem appdiâmetro, capazesa betano tem appcausar efeitos globais parecem acontecer uma vez a cada 500 mil anos", acrescenta Carvano. "Enquanto que eventos que podem estar associados a extinçõesa betano tem appmassa, causados por objetosa betano tem appcercaa betano tem app10 km, só acontecema betano tem appescalasa betano tem appdezenasa betano tem appmilhõesa betano tem appanos."
Foi um desses, que ninguém sabea betano tem apponde veio, que há 65 milhõesa betano tem appanos, se chocou com o planeta na região da Penínsulaa betano tem appIucatã, no México, abrindo uma crateraa betano tem app180 kma betano tem appdiâmetro e levando à extinção dos dinossauros e várias outras espéciesa betano tem appanimais que viviam na época.
Há outros astros que passam perto da Terra, dos quais se sabe a origem. O mais famoso dos cometas, o Halley, por exemplo, vem do cinturãoa betano tem appKuiper e visita o nosso planeta a cada 76 anos. Da nuvema betano tem appOort, passaram nos anos 1990 os cometas Hale-Bopp e Hiakutake - por ela ser esférica, os cometas podem vira betano tem appláa betano tem appqualquer ângulo ou direção.
Por isso, estudar e conhecer os cinturões e a nuvema betano tem appOort não é mero passatempo ou curiosidade científica.
"Do pontoa betano tem appvista prático, temos que conhecê-los para nos prevenir dos efeitosa betano tem appuma possível colisão catastrófica com a Terra", diz o físico Sylvio Ferraz Mello, especialistaa betano tem appdinâmica do Sistema Solar e sistemas planetários extra-solares e professor emérito e ex-diretor do Institutoa betano tem appAstronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidadea betano tem appSão Paulo (IAG-USP).
"Do pontoa betano tem appvista teórico, eles fornecem muitas informações sobre a formação da Terra e dos demais planetas."