Quem são os jovens 'capitalistas' que escaparam da Coreia do Norte:sp esportes bet
Muitos norte-coreanos tiveramsp esportes betser criativos para sobreviver e começaram a fazer negócios por meiosp esportes betmercados paralelos, à margem do Estado comunista. Tais mercados são chamadossp esportes betJangmadang, nome que batiza também a geração marcada por esse tiposp esportes betcomércio.
É uma geração que começousp esportes betvidasp esportes betuma época turbulenta e que pode emergir como uma "forçasp esportes betmudança", dizem os autores do documentário, que entrevistaram norte-coreanos que escaparam do país por diferentes vias entre 2008 e 2013.
"Nos demos contasp esportes betque morreríamossp esportes betfome se não fizéssemo nada, então, começamos a fazer trocas comerciais", diz a jovem Joo Yang no documentário.
A partir dos 6 anossp esportes betidade, ela começou a se deparar com "muitas pessoas morrendosp esportes betfome e frio" e a ver como eram insuficientes as refeições que o governo fornecia. "Comecei a pensarsp esportes betfazer negócios aos 14 anos."
Yang conhecia uma fábricasp esportes betsementessp esportes betsoja e pensousp esportes betrecolher os excedentes que ficavam no chão para vendê-los e, dessa transação, comprar produtos que não venciam para fazer negócio.
"Como o governo ficou pobre, não podia cuidar da gente. Perdemos a esperança nele. O governo sabia que tínhamos que criar nosso próprio futuro. Foi assim que crescemos", acrescenta Geumju, que abandonou seu paíssp esportes bet2008.
Sua mãe diz que essa geração não se preocupava muito com os controles sociais: "A sobrevivência vinha primeiro. Eles cresceram sendo corajosos e audaciosos."
Contato com o mundo exterior
Os mercados Jangmadang não servem apenas para comérciosp esportes betalimentos. Trata-sesp esportes betuma espéciesp esportes betcamelódromo, com produtos internacionais variados, o que faz dele um pontosp esportes betcontatosp esportes betmuitos norte-coreanos com o mundo exterior. Era ali que Shimon Huh,sp esportes bet30 anos, vendia filmes e programassp esportes betTV internacionais – primeirosp esportes betDVDs e depoissp esportes betpen drives.
Danbi Kim, que, aos 15 anos, tornou-se contrabandistasp esportes betprodutos da China e vendedorasp esportes betroupas inspiradassp esportes betprogramas sul-coreanos, recorda-se como as pessoas a procuravam pedindo que trouxesse programassp esportes betTV da Coreia do Sul, onde mora atualmente.
Ela lembra que, para não sofrer repressão do governo por assistir à programaçãosp esportes betTV estrangeira, "tínhamossp esportes betfechar todas as portas e cortinas e fingir que não havia ninguémsp esportes betcasa". "Era divertido."
Foi por meio desses programas estrangeiros, conta a jovem, que muitos norte-coreanos se deram conta que o os outros países não estavamsp esportes betcrise, como haviam sido explicado por seus professores. "Outra coisas que senti foi que as mulheres são mais respeitadas fora do país. Na Coreia do Norte, elas sequer podem subir na garupasp esportes betuma moto."
Riscos
Diante da dificuldadesp esportes betcoibir os Jangmadang, o governo passou a tolerá-los. Mesmo assim, o risco que se corre por não cumprir as regras ainda é alto, segundo relatos dos norte-coreanos que fugiram do país. "Quem não abraça a vida socialista é considerado sujo e corrupto", diz Joo Yang.
Ela afirma que o regime realizou "execuções públicas"sp esportes betsubversivos, para servirsp esportes betexemplo. "Fazem todo mundo estar presente para ver. Era muito jovem, mas me lembro do barulho dos disparos."
Alguns dos protagonistas do documentário chegaram a ser detidos temporariamentesp esportes betalguma ocasião. Danbi Kim conta que foi levada a um centrosp esportes betdetenção "secreto" por ajudar a organizar uma reunião familiar na China junto com seu irmão mais velho.
"Se te mandam a uma delegaciasp esportes betpolícia normal, podem te bater. Mas,sp esportes betum centro secreto, nem te tratam como um ser humano", diz.
Quem mais sofreu tortura foi seu irmão, que assumiu toda a culpa para que ela pudesse ficar livre. "Insistem para que você confesse e, se você não faz isso, te batem. Doía muito, fiquei roxa."
O irmão dela ainda está nas mãos das autoridades norte-coreanas, segundo o LiNK.
A liberdade
As históriassp esportes betsobrevivência por meio do capitalismo, simultaneamente ao isolamento, continuam se repetindo, dizem os documentaristas. "A geração mais velha nunca experimentou nenhum tiposp esportes betliberdade. Viveu sem saber o que era a liberdade", diz Shimon Huh.
"Mas nós crescemos aprendendo e vivendo a liberdade enquanto éramos reprimidos pelo governo, assim, nosso desejosp esportes betliberdade é mais forte."
Huh define o que é liberdade para os nortecoreanos: "Ser capazsp esportes bettrabalharsp esportes betum lugar, se quiser, esp esportes betnão trabalhar, se não quiser. Ser capazsp esportes betabrir seu próprio negócio, se desejar; viver onde te dá prazer e ser capazsp esportes betir aonde quiser."
Neste momento, ele diz, essa liberdade não é possível na Coreia do Norte, mas que a tendência protagonizada porsp esportes betgeração não vai cessar. "Esse trem já saiu da estação e não pode mais ser parado."