De jamais sair sozinho a reverenciar líderes, as regras que turistas brasileiros precisaram seguir na Coreia do Norte:melhores bet

Pyongyang, Coreia do Norte
Legenda da foto, Segundo estimativas não oficiais, país mais fechado do mundo recebe uma médiamelhores bet70 mil turistas por ano | Foto: Gabriel Britto

"Este ano, houve uma queda na procura. Por causa da crescente trocamelhores betameaças entre EUA e Coreia do Norte, muitos turistas desistirammelhores betviajar."

Pyongyang, Coreia do Norte
Legenda da foto, Com exceçãomelhores betsul-coreanos, norte-americanos e jornalistas ocidentais, todos são muito bem-vindos | Foto: Marcelo Druck

Fácil, mas caro

Visitar a terra natalmelhores betKim Jong-un não é missão impossível.

Com exceçãomelhores betsul-coreanos, norte-americanos e jornalistas ocidentais, todos são muito bem-vindos. O índicemelhores betvistos negados, aliás, é extremamente baixo. A KTG é uma das três agências que operam na Coreia do Norte.

As outras duas são Koryo Tours e Juche Travel Service. São elas que emitem os vistos, compram as passagens, reservam os hotéis - padrão 4 estrelas, com água quente e energia elétrica - e contratam os guias.

A única conexão existente até a Coreia do Norte é a que parte da China. A viagem dura 25 horasmelhores bettrem ou duasmelhores betavião.

Pyongyang, Coreia do Norte
Legenda da foto, Cinco anos depois, a lembrança que fica para o brasileiro Gabriel Britto émelhores betque o povo 'não é louco como o ditador' | Foto: Gabriel Britto

Viajar até Pyongyang pode não ser difícil, mas é caro.

A Koryo Tours, por exemplo, oferece pacotesmelhores betduas (R$ 3,4 mil) a 21 noites (R$ 17,7 mil) para grupos até 20 pessoas. O valor do pacote inclui hospedagem, transporte e alimentação.

Em solo norte-coreano, o turista nunca vai estar sozinho. Terá sempre a companhiamelhores betdois guias e um motorista.

Fugir do hotel pode dar cadeia

Um dia antes do embarque para Pyongyang, os agentesmelhores betturismo orientam os visitantes a seguir algumas recomendações.

"A principal era termelhores betmente que qualquer coisa que eu fizessemelhores beterrado ia ser paga pelos meus guias, dificilmente por mim", recorda o publicitário gaúcho Marcelo Druck,melhores bet29 anos.

Pyongyang, Coreia do Norte
Legenda da foto, Viajar até Pyongyang, capital da Coreia do Norte, pode não ser difícil, mas é caro | Foto: Gabriel Britto

"De resto, era basicamente não fotografar militares (exceto na Zona Desmilitarizada, na fronteira com a Coreia do Sul), não sair sozinho do hotel e perguntar antes tudo, qualquer coisa."

Distribuir material religioso e discutir política internacional também estão foramelhores betcogitação. "Atos que parecem triviaismelhores betoutros países são considerados crime na Coreia do Norte", avisa Rayco Vega, da KTG.

Os turistas também não podem entrar com câmeras com GPS, livros ou revistas sul-coreanos e lentesmelhores betlongo alcancemelhores betPyongyang. "Tivemos que deixar nossos celulares e passaportes com as autoridades norte-coreanas", recorda o funcionário público paulista Guilherme Bahia,melhores bet38 anos.

Pyongyang, Coreia do Norte

Crédito, Gabriel Prehn Britto

Legenda da foto, Turistas não podem entrar com câmeras com GPS, livros ou revistas sul-coreanos e lentesmelhores betlongo alcancemelhores betPyongyang | Foto: Gabriel Britto

Desobedecer às regras impostas pelas agênciasmelhores betturismo pode ser extremamente perigoso. Um exemplo? No dia 2melhores betjaneiromelhores bet2016, o estudante americano Otto Frederick Warmbier,melhores bet22 anos, foi preso por ter roubado um cartaz com propaganda política no hotel onde estava hospedado,melhores betPyongyang.

Condenado a 15 anosmelhores bettrabalhos forçados por "atividades hostis", Warmbier foi extraditado,melhores betcoma,melhores bet13melhores betjunhomelhores bet2017. Nove dias depois, morreu.

Interagir com cidadãos norte-coreanos, ao contrário, não é proibido. "O problema é que poucos falam inglês", lamenta Gabriel Britto, um produtormelhores betconteúdo gaúchomelhores bet41 anos.

Pyongyang, Coreia do Norte
Legenda da foto, 'Tivemos que deixar nossos celulares e passaportes com as autoridades norte-coreanas', recorda-se Guilherme Bahia | Foto: Guilherme Bahia

Mesmo assim, as conversas girarammelhores bettornomelhores bettemas, como futebol e novela. "Uma das guias moroumelhores betCuba e quis saber tudo sobre 'A Escrava Isaura'. Foi surreal!", diverte-se Druck.

Já alguns moradores fizeram alusão ao 2 a 1 entre Brasil e Coreia do Norte, na Copa do Mundomelhores bet2010, na África do Sul. "Foi um jogo apertado. O Brasil ganhou meio no sufoco e eles se orgulhavam disso", acha graça Britto.

Visitantes são convidados a prestar reverência aos grandes líderes

O roteiromelhores betviagem a Coreia do Norte privilegia visitas a parques, fábricas e museus. Muitos museus. Um deles é o Museu da Guerra Vitoriosa da Libertação da Pátria, que dámelhores betversão para a Guerra da Coreia (1950-1953).

Pyongyang, Coreia do Norte
Legenda da foto, É proibido fotografar militares, exceto na Zona Desmilitarizada, na fronteira com a Coreia do Sul | Foto: Guilherme Bahia

Outro point obrigatório é a Exposição Internacional da Amizade, que reúne os maismelhores bet100 mil presentes recebidos por Kim Il-sung, o Grande Líder,melhores betoutros líderes, como Robert Mugabe, que renunciou à Presidência do Zimbábue, no último dia 21, após 37 anos no poder.

Pensa que acabou? Longe disso. O roteiro,melhores bet12 horas diárias, inclui, ainda, visita a uma plantaçãomelhores betmaçãs, um criadouromelhores bettartarugas e uma engarrafadoramelhores betágua mineral.

Dos muitos costumes locais, o que mais chama a atenção dos turistas é o hábitomelhores betprestar reverência e depositar flores diante das inúmeras estátuas erguidasmelhores betmemória do Grande Líder, que libertou o país da ocupação japonesa,melhores bet1945, emelhores betKim Jong-il, seu filho, o Querido Líder.

"O povo norte-coreano venera seus governantes como se fossem deuses", resume Britto.

Pyongyang, Coreia do Norte
Legenda da foto, Roteiromelhores betviagem a Coreia do Norte privilegia visitas a parques, fábricas e museus | Foto: Guilherme Bahia

Druck, Bahia e Britto viajaram para a Coreia do Nortemelhores bet2012. Na ocasião, passaram cinco dias na capital, Pyongyang.

O primeiro viajou sozinho, e os dois últimos,melhores betexcursão. Mas todos por agênciamelhores betturismo - no caso, a britânica Koryo Tours.

Cinco anos depois, a lembrança que fica, segundo Britto, é a do povo norte-coreano, "gente como a gente". "Não é todo mundo lá que é louco como o ditador, entende?", explica.

Indagado se gostariamelhores betvoltar lá algum dia, responde que sim. Mas, que ficaria menos tempo. "Um finalmelhores betsemana é mais do que suficiente", dá a dica.

Pyongyang, Coreia do Norte
Legenda da foto, Dos muitos costumes locais, o que mais chama a atenção dos turistas é o hábitomelhores betprestar reverência | Foto: Marcelo Druck