O ex-neonazista que trabalha para 'desradicalizar' extremistas na Alemanha:bet7k saque negado

Legenda da foto, Ingo Hasselbach: 'O neonazismo é a pior coisa que você pode fazer, a pior decisão que pode ter'

bet7k saque negado Líder neonazista na Alemanha dos anos 80, Ingo Hasselbach hoje dedicabet7k saque negadovida a ajudar pessoas que, como ocorreu com ele, desejam se desvincularbet7k saque negadomovimentos extremistas.

Com o crescimentobet7k saque negadomovimentosbet7k saque negadoextrema-direita, tal contramovimento se torna cada vez mais urgente, diz.

"Eu era um membro ferrenho do movimento neonazista. Isso significa tudo o que você provavelmente deve pensarbet7k saque negadouma pessoa como a que eu fui. Eu era responsável por atos violentos: estava na linhabet7k saque negadofrente do ódio contra estrangeiros, judeus e pessoas identificadas com ideologias da esquerda", lembra.

Hassalbech, que teve participação ativa no movimento neonazistabet7k saque negadoBerlim principalmente nos anosbet7k saque negado1986 e 1987, conseguiu apagar a suástica (símbolo apropriado pelos nazistas) que tinha gravado no antebraço, mas ainda carrega outras marcasbet7k saque negadoseu passado, como uma tatuagem pró-Alemanha nazista.

Com a escalada da violência, ele decidiubet7k saque negado1993 que queria deixar o movimento.

"Foi provavelmente a coisa mais difícil que eu já fiz, porque comecei do zero. Tivebet7k saque negadodeixar todos os meus amigos. Fora do movimento, eu não tinha nada", lembra.

Legenda da foto, Ingo Hasselbach decidiu deixar o neonazismobet7k saque negado1993, diante da escalada da violência | Foto: Arquivo pessoal

Organização independente

A partir daí, ele começou a pensarbet7k saque negadoalgum meio ao qual indivíduos que desejassem se "desradicalizar" pudessem recorrer - mas sem que essa mediação tivesse envolvimento do Estado.

"É preciso existir um lugar para onde as pessoas que querem deixar o movimento possam ir. Você não quer terbet7k saque negadolidar com a polícia ou com o Estado. É uma relaçãobet7k saque negadoconfiança delicada, logo é preciso existir uma organização independente", defende.

"Temos que lutar contra o racismo, temos que lutar contra o fascismo. O neonazismo é a pior coisa que você pode fazer, a pior decisão que pode ter."

Para a empreitada, Hassalbech se juntou a um antigo policial, Bernd Wagner - que inclusive já havia participadobet7k saque negadosua prisão certa vez. Ambos criaram a organização Exit Deutschland.

Legenda da foto, Hasselbach ainda tem tatuagens da épocabet7k saque negadoque defendia o nazismo

"Minha família sofreu muito na era nazista, então eu sei do perigo dessa ideologia. Mas sempre acreditei que as pessoas podem mudar. Nós as ajudamos a criar novos objetivos para elas mesmas", diz Wagner.

A organização se valebet7k saque negadouma atuação nada comum. Transforma, por exemplo, marchas neonazistasbet7k saque negado"caminhadasbet7k saque negadocaridade involuntária": a cada metro caminhado pelos extremistas, doações são destinadas a seus programasbet7k saque negado"desradicalização".

Represálias

A Exit Deutschland também já distribuiu,bet7k saque negadoeventos neonazistas, camisas pretas cujas mensagensbet7k saque negadoódio desaparecem quando lavadas - dando lugar ao contato do grupo para aqueles que queiram se "desradicalizar".

Desde 2000, a organização estima ter desvinculado quase 700 indivíduosbet7k saque negadogrupos extremistas.

Legenda da foto, Exit Deutschland já distribuiu,bet7k saque negadoeventos neonazistas, camisas pretas cujas mensagensbet7k saque negadoódio desaparecem quando lavadas | Foto: Divulgação

Assim como Hassalbech, o ex-policial Wagner destaca que muitos pessoas que desejam deixar esses movimentos têm dificuldadebet7k saque negadodescobrir saídas viáveis.

"É particularmente difícil e perigoso para mulheres com crianças. Elas precisam muito do nosso apoio, especialmente porque alguns neonazistas são bastante profissionais quando a tarefa é descobrir e punir desertores", diz.