ISIS, Estado Islâmico ou Daesh? Um grupo extremista, muitos nomes:twitter betboo

Propaganda do Estado Islâmico mostra militantes com armas
Legenda da foto, Propaganda do Estado Islâmico mostra militantes com armas na Síria

Outros veículos da imprensa continuaram a usar o termo "Isil" ou "Isis" - que se baseiatwitter betboooutras traduções,twitter betbooinglês, do antigo nome do grupo, "Estado Islâmico do Iraque e da Síria" ou "Estado Islâmico no Iraque e al-Sham". Neste caso, a sigla correspondentetwitter betbooportuguês, ainda que não muito usada, é "EIIS".

Mas o termo "Daesh" (ou Da'ish) também ganhou espaço, tanto no Oriente Médio comotwitter betboolugares mais distantes - tem sido usada como uma formatwitter betboodesafiar a legitimidade do grupo devido às conotações negativas da palavra.

"Daesh" é essencialmente uma siglatwitter betbooárabe formada a partir das letras iniciais do nome anterior do grupo, tambémtwitter betbooárabe - "al-Dawla al-Islamiya fil Iraq wa al-Sham". Embora não signifique nada como uma palavra, militantes do grupo se opõem ao seu uso.

Daesh também soa semelhante a um verbo árabe que significa pisar ou esmagar algo.

EI e Isis

A raiz das diferenças entre "Isil" e "Isis" está na palavra árabe "al-Sham".

No começo, os meiostwitter betboocomunicação não tinham certezatwitter betboocomo traduzi-lo para o inglês, pois não estava imediatamente claro a que o grupo se referia.

Propaganda do Estado Islâmico mostra soldado
Legenda da foto, Políticos e veículostwitter betboocomunicação se dividem sobre como se referir ao grupo conhecido como Estado Islâmico | Imagem: Propaganda do EI

Al-Sham tem diversas traduções possíveis: "Levante", a "Grande Síria", "Síria" ou até "Damasco".

O termo foi comumente usado também nos governos dos califas muçulmanos do século 7 para descrever a área que envolve o Mediterrâneo, o Rio Eufrates, parte da atual Turquia e o Egito.

Ele foi usado até a primeira metade do século 20, quando a Grã-Bretanha e a França desenharam as novas fronteiras do Oriente Médio e criaram os Estados-Nação.

Já o termo "Levante" foi usado por séculos na língua inglesa para descrever a parte oriental do Mediterrâneo, com suas ilhas e os países adjacentes.

Após a Primeira Guerra Mundial, as potências coloniais passaram a chamar assim a área que hoje inclui Síria, Jordânia, Líbano, Israel, os territórios palestinos e parte do sudeste da Turquia.

No entanto, o passado colonial do termo indica que haveria resistênciatwitter betbooseu uso pelos extremistas. Eles também provavelmente se oporiam a usá-lo como uma referência apenas à Síria, pois isto sugeriria limitaçãotwitter betboosuas aspirações às fronteiras deste país. Vários especialistas, portanto, disseram que a palavra al-Sham não deveria ser traduzida.

Mobilização por um outro termo

Grafitetwitter betbooSirte, na Líbia, diz: 'Tchau tchau, Daesh'

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Grafitetwitter betbooSirte, na Líbia, diz: 'Tchau tchau, Daesh'

No mundo da língua árabe, onde o usotwitter betboosiglas não é incomum, "Daesh" é amplamente usada, mas com um tom pejorativo.

O termo ganhou força apesar - ou talvez como consequência direta - da irritação que seu uso causa ao grupo. Agora, ele é amplamente usadotwitter betbootodo o mundo pelos políticos e pela mídia.

"Francamente, este culto perverso à morte não é uma representação verdadeira do Islã, nem é um Estado", disse o ex-primeiro-ministro britânico David Cameron ao Parlamento,twitter betboodezembrotwitter betboo2015, ao anunciar que seu governo se uniria à França ao chamar o grupotwitter betboo"Daesh"twitter betbooveztwitter betboo"Isil".

Como está o grupo extremista hoje

Nos últimos meses, o autodenominado Estado Islâmico perdeu dois dos seus mais importantes redutos na Síria: as cidadestwitter betbooDeir al-Zour e Raqqa.

Raqqa, considerada a "capital" do autoproclamado "califado", foi retomada por uma coalizão internacional liderada principalmente pelos sírios e americanos.

O Estado Islâmico também perdeu posições no Iraque.

Raqqa, na Síria

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, O autodenominado Estado Islâmico perdeu o domíniotwitter betbooRaqqa

Em ambos os países, os extremistas já haviam perdido 60%twitter betbooseu territóriotwitter betboojunho, conforme apontou um estudo da consultoria IHS Markit.

Apesar destas perdas, o grupo ainda oferece riscos, com seguidores espalhadostwitter betboooutros países do Oriente Médio e do mundo. É o que aponta o correspondente da BBC Paul Adams.

"Não, o Estado Islâmico ainda não foi derrotado. O sonhotwitter betbooum califado ou Estado Islâmico acabou. Mas o EI ainda pode provocar estragos", alerta. "Sim, ainda haverá ataques no ocidente. Londres, Barcelona e Paris. Não podemos sempre afirmar que esses ataques foram,twitter betboofato, planejados e financiados pelo grupo. Mas esse não é o ponto".