'Guerra' entre EUA e Coreia do Norte: devemos nos preocupar?:blaze onde jogar

Kim Jong-un e Donald Trump (composição)

Crédito, Getty Images | Reuters

Legenda da foto, Trump e Kim Jong-un tem usado quase todas as oportunidadesblaze onde jogarfala que tiveram recentemente para disparar provocações mútuas

blaze onde jogar O governo norte-coreano acusou Donald Trumpblaze onde jogar"declarar guerra" e afirmou que tem o direitoblaze onde jogarderrubar bombardeiros americanos que sobrevoam seu território. Na semana passada, na 72ª Assembleia Geral da ONU, o presidente dos EUA havia ameaçado "destruir totalmente" a Coreia do Norte se seu país for "forçado a defender-se ou a defender seus aliados".

O ministro das Relações Exteriores norte-coreano, Ri Yong-ho, disse que o regime poderia atingir os aviões americanos mesmo que eles não estivessemblaze onde jogarseu espaço aéreo, já que os Estados Unidos "foram os primeiros a declarar guerra". Em resposta, o Pentágono, sede do Departamentoblaze onde jogarDefesa dos EUA, disse que Pyongyang deve parar com as provocações, e a Casa Branca chamoublaze onde jogar"absurda" a afirmação.

O comentárioblaze onde jogarRio Yong-ho foi uma resposta ao tuíteblaze onde jogarTrump dizendo que nem ele nem o líder Kim Jong-un "estariam aqui por muito mais tempo" se continuassem com as ameaças aos EUA. O presidente, porblaze onde jogarvez, respondia ao sexto teste nuclear da Coreia do Norte, que também havia ameaçado disparar mísseis para o território americanoblaze onde jogarGuam e dito que pretendia testar uma bombablaze onde jogarhidrogênio no oceano Pacífico.

Tudo issoblaze onde jogarmeio a relatosblaze onde jogarque Pyongyang pode ter finalmente conseguido miniaturizar uma arma nuclear que poderia caber dentroblaze onde jogarum míssil intercontinental - uma perspectiva há muito temida pelos EUA e seus aliados asiáticos.

Estaríamos realmente mais pertoblaze onde jogarum conflito militar? Especialistas dizem que não é preciso entrarblaze onde jogarpânico ainda. Eis o porquê:

1. Ninguém quer guerra

Esta é uma das informações mais importantesblaze onde jogarse manterblaze onde jogarmente. Uma guerra na península coreana não serve aos interessesblaze onde jogarninguém.

O principal objetivo do governo norte-coreano é sobrevivência - e um conflito direto com os EUA poderia ameaçar seriamente essa possibilidade. Segundo o repórterblaze onde jogarDefesa da BBC, Jonathan Marcus, qualquer ataque contra os Estados Unidos ou seus aliados no contexto atual pode evoluir rapidamente para uma guerra mais ampla - e devemos assumir que o governoblaze onde jogarKim Jong-un não é suicida.

Na verdade, é por isso que a Coreia do Norte está tentando se tornar uma potência nuclear. De acordo com o regime, isso protegeria o governo ao aumentar o custoblaze onde jogartentar derrubá-lo. Kim Jong-un não quer terminar como os ex-ditadores da Líbia, Muammar Khadafi, e do Iraque, Saddam Hussein.

Andrei Lankov, professor da Universidade Kookminblaze onde jogarSeul, disse ao jornal britânico The Guardian que havia "uma probabilidade muito pequenablaze onde jogarconflito", mas que os norte-coreanos estão "pouco interessadosblaze onde jogardiplomacia" neste momento.

"Eles querem ter a capacidadeblaze onde jogartirar Chicago do mapa, por exemplo. Depois terão interesseblaze onde jogarsoluções diplomáticas", disse Lankov.

E um ataque preventivo dos EUA? Eles sabem que atingir a Coreia do Norte forçaria o governo retaliar contra seus aliados Coreia do Sul e Japão.

Isso ocasionaria a perdablaze onde jogarmuitas vidas, incluindo a morteblaze onde jogarcentenasblaze onde jogaramericanos - militares e civis.

Além disso, Washington não quer arriscar que mísseis com armas nucleares sejam disparadosblaze onde jogardireção ao território americano.

Por fim, a China - único aliadoblaze onde jogarPyongyang - ajudou a manter o governo norte-coreano justamente porqueblaze onde jogarqueda poderia ter um resultado estratégico pior. Ter soldados americanos e sul-coreanos na fronteira com a China é uma perspectiva que Pequim não quer enfrentar - e é isso o que a guerra iria trazer.

Soldados sul-coreanos fazem guarda na fronteira entre as Coreias,blaze onde jogarfotoblaze onde jogar2blaze onde jogaragostoblaze onde jogar2017

Crédito, AFP

Legenda da foto, Analistas acreditam que um conflito não interessa a ninguém, mas temem que errosblaze onde jogarcálculo dos países levem a conflito

2. O que você está vendo são palavras, não ações

Trump pode ter ameaçado a Coreia do Norte com um linguajar incomum para um presidente americano, mas isso não significa que os EUA estãoblaze onde jogarfato entrandoblaze onde jogarpéblaze onde jogarguerra.

Uma fonte anônima nas forças armadas americanas disse à agênciablaze onde jogarnotícias Reutersblaze onde jogaragosto que "só porque subiram o tom da retórica, não significa que nossa postura mudou".

Max Fisher, colunista do jornal The New York Times, concorda: "Esses são os sinais que realmente importam nas relações internacionais - não os comentários improvisadosblaze onde jogarum líder".

Além disso, depois do sexto teste nuclear da Coreia do Norte no inícioblaze onde jogarsetembro e os testesblaze onde jogarmísseis sobre o Japão, os EUA voltaram a uma tática que já havia sido utilizada antes, com sucesso: pressionar Pyongyang por meio do Conselhoblaze onde jogarSegurança da ONU eblaze onde jogarsanções unilaterais.

Seus diplomatas, no entanto, ainda falam na possibilidadeblaze onde jogarvoltar à mesablaze onde jogarnegociações - mencionando o apoio da China e da Rússia a um acordo. Essas afirmações mandam sinais contraditórios para Pyongyang, mas também equilibram as palavras durasblaze onde jogarTrump.

Mesmo assim, alguns analistas dizem que qualquer movimento mal interpretado nesse ambiente tenso pode levar a uma guerra acidental. E vale a pena relembrar que os bombardeiros americanos sobrevoaram a Coreia do Norte como demonstraçãoblaze onde jogarforça.

"Poderia acontecer, por exemplo, uma quedablaze onde jogarenergia na Coreia do Norte que eles confundam com um ataque preventivo. Os EUA podem cometer algum erro na zona desmilitarizada (na fronteira entre as Coreias). Há muitas formasblaze onde jogarcada lado fazer cálculos errados eblaze onde jogara situação ficar forablaze onde jogarcontrole", disse Daryl Kimnall, do think tank americano Arms Control Association.

Lançamentoblaze onde jogarmísil da Coreia do Norte

Crédito, AFP | Getty

Legenda da foto, Governo norte-coreano afirma que conseguiu produzir armas nucleares que podem ser colocadas dentroblaze onde jogarmísseis intercontinentais

3. Já estivemos nesse ponto

Segundo PJ Crowley, ex-secretárioblaze onde jogarEstado assistente dos EUA, os dois países chegaram pertoblaze onde jogarum conflito armadoblaze onde jogar1994, quando Pyongyang se recusou a permitir inspetores internacionaisblaze onde jogarsuas instalações nucleares. A diplomacia venceu.

Ao longo dos anos, a Coreia do Norte fez ameaças regulares aos Estados Unidos, ao Japão e à Coreia do Sul, ameaçando transformar Seulblaze onde jogarum "marblaze onde jogarfogo".

A retóricablaze onde jogarTrump -blaze onde jogarconteúdo, mesmo que não no estilo - não é sem precedentes para um presidente americano.

"De formas muito diferentes, mesmo que não tão extravagantes, os Estados Unidos sempre disse que se a Coreia do Norte um dia atacar, o regime deixaráblaze onde jogarexistir", diz Crowley.

A diferença desta vez, segundo ele, é que o presidente americano pareceu sugerir que tomaria medidas preventivas (apesarblaze onde jogaro secretárioblaze onde jogarEstado Rex Tillerson ter dito que isso não ocorreria).

Analistas políticos dizem que esse tipoblaze onde jogarretórica belicosa e imprevisível vinda da Casa Branca não é comum e preocupa as pessoas.

A Coreia do Sul - o aliado americano que tem mais a perderblaze onde jogarum confronto com o Norte - pediu um esfriamento da retórica tantoblaze onde jogarPyongyang quantoblaze onde jogarWashington. Nenhum país quer que Kim Jong-un pense que um ataque é iminente.