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'É impossível achar alguém pra casar': o drama do país que mais perde população no mundo:bet vip app
"É impossível encontrar alguém para se casar aqui ou nas vilas próximas, simplesmente porque não há nenhum jovem. A única chance para mim é encontrar alguém na cidade", diz.
Evtimov diz que vai ser duro deixar seu vilarejo. Mesmo com tristeza, ele sabe que vai terbet vip appfazer issobet vip appalgum momento nos próximos anos.
Os povoados búlgaros assistem, há décadas, a uma reduçãobet vip appmoradores. Quando o Partido Comunista assumiu o comando do país, após a Segunda Guerra Mundial, foram introduzidas técnicasbet vip appagricultura coletiva. A partirbet vip app1989, com a dissolução da União Soviética e o fim da Guerra Fria, a agricultura comunitária paroubet vip appter incentivos, aumentando o fluxo migratório do campo para as cidades.
Muitas pessoas foram além e mudarambet vip apppaís à procurabet vip appemprego. Em 1989, cercabet vip app9 milhõesbet vip apppessoas moravam na Bulgária. Atualmente, são menosbet vip app7 milhões. Até 2050, as estimativas sãobet vip appque o país terá menosbet vip app5,5 milhões. No final deste século, a população será a metade da atual.
O êxodo contribuiu para outro fator também relacionado ao encolhimento da população: queda na taxabet vip appnatalidade, uma vez que jovens adultos estão deixando o país.
A última vez que um bebê nasceu na vilabet vip appStefka, que trabalha numa mercearia, foi há dez anos. Mas nem a garota nem a mãe moram mais no povoado. Mudaram-se para o Chipre.
No alto da montanha, muitas lojas já fecharam as portas, assim como a escola local. Os ônibus deixarambet vip appcircular por ali. "Essa vila tinha cercabet vip app600 pessoas, agora tem 13. Muitos estão no cemitério e outros nas cidades", diz Boyan,bet vip app70 anos, moradorabet vip appKalotinsi.
Em Smirov Dol, outro vilarejo búlgaro que sofre com o êxodobet vip appmoradores, Stanka Petrova lembra dos temposbet vip appque havia muita gente no povoado, enquanto espera pela chegadabet vip appuma loja itinerante, que abastece a regiãobet vip apptemposbet vip apptempos.
"Eu nasci aqui. Era muito bom e divertido. Jovens, velhos", diz, sentada debaixobet vip appuma árvore, onde a estrada que leva às montanhas faz uma curva. Ela diz que esse era o lugar onde as pessoas se encontravam para dançar a tradicional música búlgara.
"Não tem ninguém no vilarejo, então, claro, nada disso pode acontecer mais", diz ela. "Nessa rua, por exemplo, tinha muita gente morando nessas casas. Agora, só eu vivo aqui", lamenta.
Questionada sobre a possível solidão, Stanka Petrova não hesita. "Claro que estou solitária. É muito difícil", diz com os olhos marejados.
As pessoasbet vip appKalotinsi e nos vilarejos das redondezas igualmente dependembet vip appuma loja móvel para comprar mantimentos. A mercearia funciona numa van e visita a região três vezes por semana.
Os donos do negócio são o casalbet vip appmeia idade Atanas e Lili Borisov. O veículo deles está sempre abastecido com um poucobet vip apptudo,bet vip apppão e iogurte a cigarros e cerveja, alémbet vip appmedicamentos. Em dez anos, eles nunca deixarambet vip appfazer suas entregas, mesmo no inverno mais rigoroso, quando a neve toma todas as estradas.
"Como tem pouca gente, somos amigosbet vip apptodos. A gente tenta ajudá-losbet vip apptodas as formas", diz Lili.
Apesar da popularidade do casal entre os poucos que ainda vivem nos povoados daquela região da Bulgária, Lili admite que o númerobet vip appclientes e as vendas estão despencando.
A dona da mercearia ambulante diz que se preocupa quando alguém deixabet vip appaparecer no lugar onde normalmente o casal estaciona para vender seus produtos. "Principalmente no inverno", ressalta. Ela conta que uma vez encontraram uma pessoa morta.
Programas
O governo está implementando diferentes medidas para tentar conter a redução da população e estimular o aumento da taxabet vip appnatalidade.
Entre outras medidas, a Bulgária oferece ajuda para bancar tratamentosbet vip appfertilidade, garante assistênciabet vip appsaúde infantil e apoio para pagar hipoteca. Também tem encorajado búlgaros que vivem no exterior a voltarem para o país - estrangeiros não são benvindos.
"A Bulgária não precisabet vip apprefugiados sem educação", afirma o primeiro-ministro interino Valeri Simeonov, um dos líderes do United Patriots (Patriotas Unidos,bet vip apptradução livre), um grupo anti-imigrantes que faz parte da basebet vip appapoio do governo búlgaro.
Para Simeonov, a Bulgária tampouco deve aceitar estrangeiros educados e qualificados.
"Eles têm uma cultura diferente, uma religião diferente e até hábitos diários distintos", diz, comemorando o fatobet vip appo país ter conseguido impedir um novo fluxobet vip appimigração na Europa. Ele se refere à cercabet vip apparame farpado construída ao longobet vip app260 quilômetros na fronteira com a Turquia para conter a entradabet vip appimigrantes no país.
Números da Comissão Europeia indicam que a Bulgária recebeu apenas 50 imigrantes do Norte da África e do Oriente Médio entre 2015 e julhobet vip app2017.
Está claro que o governo búlgaro não vê a imigração como uma possível solução para conter o encolhimento populacional no país. Apesarbet vip appo governo ter vários projetos para aumentar o númerobet vip appcrianças, no campo, o receio ébet vip appque tudo não passebet vip appmera promessa política.
"Estamos abandonados aqui, abandonados pelos governantes e por Deus", diz Boya, que é um dos 13 moradoresbet vip appKalotinsi, a vila que um dia teve 600 pessoas. Ele reclama que os políticos nada têm feito para auxiliar os que ficaram nos povoados,bet vip appespecial os mais velhos.
"Os políticos só querem saberbet vip appseus próprios interesses, eles não se preocupam com pessoas".
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