As três opções militares dos Estados Unidos contra a Coreia do Norte:pix no bet
pix no bet Durante a semana, o presidente norte-americano Donald Trump disse que "nenhuma opção está descartada"pix no betrelação à Coreia do Norte, depois que o país disparou, na última semana, um míssil que sobrevoou o Japão.
Isso antespix no betPyongyang anunciar, neste domingo, a realizaçãopix no betum teste nuclear com uma bombapix no bethidrogênio que poderia ser instaladapix no betum míssilpix no betlongo alcance. Trump manteve o discurso duro ao comentar a detonação:
"As ações e palavras da Coreia do Norte continuam a ser muito hostis e perigosas para os Estados Unidos", escreveu Trump empix no betconta no Twitter.
O cehefe do Pentágono, James Mattis, também reforçou que "qualquer ameaça aos Estados Unidos ou a qualquer umpix no betseus territórios encontrará uma resposta militar maciça - uma resposta eficiente e esmagadora."
O fato é que, apesarpix no betdiversas sanções diplomáticas e econômicas, a Coreia do Norte não apenas se recusa a interromper seu programa nuclear como parece estar desenvolvendo capacidades mais ousadaspix no betforma mais rápida que o esperado.
Mas como se daria uma eventual ação militar contra o regimepix no betKim Jong-un? A BBC ouviu Justin Bronk, analista do Royal United Services Institute, um dos principais centros do mundopix no betestudospix no betdefesa e segurança.
Bronk afirma que, mesmo com todo o poderia militar americano, as opções disponíveis são limitadas.
Entenda algumas delas:
Opção 1: Aumentar a contenção atual
Trata-sepix no betsimplesmente ampliar as ações que já estãopix no betcurso. É a opção menos arriscada e provavelmente a menos efetiva, uma vez que as estratégias atuais (sancções) tiveram pouco sucessopix no betdeter o programa nuclear norte-coreano e o desenvolvimentopix no betmísseis balísticos no país.
Os Estados Unidos poderiam deslocar mais tropas terrestres para a Coreia do Sul. Artilharia pesada e veículos blindados estariam no pacote, além do sistema antimísseis Thaad, testadopix no betjulho, mas cercadopix no betpolêmica - moradorespix no betonde o sistema está localizado na Coreia do Sul temem se tornar um alvopix no betpotencial,e a China diz que ele interfere com suas operações militares".
Ainda assim, seria uma formapix no betmostrar disposição para usar a força.
O problema é que Seul vetou temporariamente o uso do Thaad e é frontalmente contrária ao aumento no númeropix no bettropas dos EUApix no betsolo. O governo sul-coreano teme que a chegadapix no betmais tropas seja vista como uma provocação pelo Norte.
E,pix no betfato, a Coreia do Norte quase certamente interpretaria esse tipopix no betmovimento como o prelúdiopix no betuma invasão terrestre. É o que sugere a reação do governo norte-coreano aos exercícios conjuntos que são realizados todos os anos pelos exércitos da Coreia do Sul e dos EUA.
Russos e chineses também seriam frontalmente contrários ao aumento das tropas. E ambos têm o poderpix no betcomplicar a vida dos EUApix no betlugares como o leste europeu e o mar da China.
A Marinha dos EUA poderia aumentarpix no betpresençapix no bettorno da Península Coreana, enviando mais cruzadores e destroieres com capacidade para abater mísseis. Outra possibilidade é enviar uma segunda frota à região, com cercapix no bet7,5 mil homens e um porta-aviões. No jargão militar, esse tipopix no betformação é chamadopix no bet"carrier strike group".
Em conjunto com as operações navais, a Força Aérea americana poderia ampliarpix no betpresença na região. Mais esquadrõespix no betcaças, aviõespix no betvigilância e bombardeiros poderiam ser deslocados para bases avançadaspix no betGuam (território dos EUA na Micronésia), na própria Coreia do Sul e no Japão.
O problema é que tanto a Marinha quanto a Força Aérea dos EUA já estão sendo empregadas pesadamentepix no betoutros países do mundo. E ambas as forças estãopix no betum momentopix no betdesgaste, após maispix no betuma décadapix no betuso intenso. Operações no Iraque e no Afeganistão, por exemplo, contribuíram para a sobrecarga.
Mais importante, porém, é o fatopix no betque o tempo está do lado da Coreia do Norte: um aumento da presença militar americana não forçaria, por si só, a interrupção do programapix no betarmas nucleares do regime ditatorial. E o desenvolvimento dessas armas e dos mísseis balísticos estápix no betritmo acelerado.
Qualquer decisãopix no betabater os mísseis balísticos norte-coreanos que deixem o espaço aéreo do país demandaria um aumento significativo da presença da Marinha dos EUA na área.
A Coreia do Norte controla um arsenal grandepix no betmísseis balísticos. Já os foguetes interceptadores americanos, alémpix no betmuito caros, são transportadospix no betpequenas quantidadespix no betcada navio.
Os norte-coreanos podem portanto,pix no bettese, esgotar os estoquespix no betmísseis dos navios americanos. Vulnerável, a frota teriapix no betretornar ao porto.
Tal política, portanto, representaria uma opção extremamente custosa e provavelmente insustentável. Além disso, traz o riscopix no betuma escalada ao nívelpix no betconflito armado.
Opção 2: ataques cirúrgicos
A Força Aérea e a Marinha americanas detêm a maior capacidadepix no betrealizar ataques aéreos cirúrgicos no mundo.
Pode parecer tentador, à primeira vista, empregar rajadaspix no betmísseispix no betprecisão Tomahawk, disparados a partirpix no betsubmarinos. Ou bombardeios com aviões "stealth" B-2, que não podem ser detectados por radares,pix no betmodo a atingir posições-chave do programa nuclear norte-coreano.
É possível ainda causar danos pesados até mesmo a alvos subterrâneos e fortificados, usando a bomba conhecida como "MOP",pix no bet14 toneladas.
O risco imediato aos aviões americanos dependepix no betmuitos fatores, inclusive a quantidadepix no betalertas recebidos pela Coreia do Norte e o númeropix no betaeronaves envolvidas. Importa ainda a extensão do usopix no betaviões não-stealth, que podem ser detectados por radares, dentro da área coberta pelas defesas norte-coreanas.
De qualquer forma, o estado atual da defesa antiaérea norte-coreana é difícilpix no betdeterminar. Trata-sepix no betum mixpix no bettecnologias russas/soviéticas, chinesas e domésticas, incluindo mísseis terra-ar e radares, adquiridos ao longo dos últimos 50 anos.
A defesa norte-coreana está entre as mais densas do mundo. Foi modificada e avançada a um grau ainda desconhecido, e é difícil avaliar o quão preparada estará para a eventualidadepix no betum ataque.
O cenário serápix no betpesadelo se os EUA perderem aeronaves para ataques inimigos ou devido a acidentes. A escolha será entre tentar resgatar a tripulação ou abandoná-la ao regime norte-coreano.
Mais significativo, porém, é o fatopix no betque mesmo ataques bem-sucedidos contra instalações nucleares oupix no betmísseis, a centrospix no betcomando ou aos líderes do regime não impedirão a Coreia do Nortepix no betretaliar.
O Exército do Povo, como são chamadas as Forças Armadas da Coreia do Norte, ainda poderia atacarpix no betforma devastadora a Coreia do Sul - um aliado-chave dos EUA.
A força norte-coreana é formada por maispix no bet1 milhãopix no betsoldados regulares. Alguns estimampix no bet6 milhões o númeropix no betreservistas e grupos paramilitares.
Há ainda um número enormepix no betfoguetes e peçaspix no betartilharia convencionais enterrados próximos à zona desmilitarizada entre as duas Coreias. Milhares desses equipamentos estãopix no betposições que lhes permitiriam atingir áreaspix no betSeul. E a capital sul-coreana tem cercapix no bet10 milhõespix no bethabitantes.
Mesmo o poderio militar dos EUA levaria dias para eliminar totalmente essas armas. No meio tempo, dezenaspix no betmilharespix no betdisparos poderiam ser feitos.
Os danos seriam catastróficospix no betuma cidade moderna e populosa como Seul, e ao próprio exército sul-coreano. É por isso que a Coreia do Sul é contra tomar qualquer iniciativa militar contra o vizinho do Norte.
Mesmo sem uma arma nuclear utilizável neste momento, e sem invadir a Coreia do Sul, o regimepix no betKim Jong-un poderia causar devastação do outro lado da fronteira. Seria o fim da aliança entre a Coreia do Sul e os EUA como a conhecemos.
Opção 3: invasão militar completa
Essa é uma opção extremamente improvável - principalmente por conta do tamanho do Exército do Povo, o poderpix no betsua artilharia, a densidadepix no betsuas defesas aéreas e a relutância da Coreia do Sulpix no betapoiar qualquer ação militar dos EUA.
Qualquer tentativapix no betrealmente invadir a Coreia do Norte requereria mesespix no betmovimentações militares visíveis dos EUA e a colaboração total da Coreia do Sul. Alémpix no betalguma formapix no betgarantir que a capacidade nuclear norte-coreana, cuja extensão é desconhecida, seja totalmente desmantelada.
Essa opção também envolve a mortepix no betcentenaspix no betmilharespix no betpessoas nos dois lados do conflito.
Sobre o programapix no betmísseis norte-coreano:
- A Coreia do Norte vem trabalhandopix no betseu programapix no betmísseis há décadas, com armas baseadas na famíliapix no bet mísseis soviéticos Scud.
- Disparospix no betcurto e médio alcances são frequentes, tanto para marcar datas nacionais quantopix no betmomentospix no bettensão política na região.
- Nos últimos meses, a frequência dos testes aumentou. Especialistas dizem que a Coreia do Norte parece estar próximapix no betatingir o objetivopix no betcontrolar um míssil confiávelpix no betlongo alcance com capacidade para transportar uma arma nuclear.
- Em julho, a Coreia do Norte disparou dois mísseis que seriam do tipo balístico inter-continental (ICBM, na siglapix no betinglês), capazes,pix no bettese,pix no betatingir os EUA. Especialistas dizem que partes dos EUA poderiam ser atingidas.
- Não há consenso sobre o quão perto a Coreia do Norte estápix no betobter uma bomba nuclear pequena o suficiente para ser transportada por um míssil, mas no último domingo o regime anunciou um teste "bem-sucedido" com uma bombapix no bethidrogênio "miniaturizada".
Além da artilharia pesada, o Exército do Povo norte-coreano treina há muito tempo para realizar infiltraçõespix no betlarga escala na Coreia do Sul. Bimotores que voam a baixas altitudes e são por isso difíceispix no betdetectarpix no betradares seriam usados. Barcos pequenos e mini-submarinos (de menospix no bet150 toneladas) também estão no pacote.
Essas armas aumentariam o caos e a perdapix no betvidas na eventualidadepix no betum conflitopix no betlarga escala. Também dispersariam a atenção das forças americanas e sul-coreanas, que estariampix no betmenor número, apesarpix no bettecnologicamente superiores.
A última vez que os EUA e seus aliados entraram no Norte foi durante a Guerra da Coreia (1950). Na ocasião, a China entrou no conflito ao lado da Coreia do Norte, para evitar o surgimentopix no betum regime unificado e aliado ao Ocidente empix no betfronteira terrestre.
E a China ainda não está preparada para viver esta situação - evitar algo do tipo é a principal razão dos chineses para ajudar o regime norte-coreano por tanto tempo.
Finalmente, mesmo que esses imensos problemas pudessem ser resolvidospix no betalguma forma, uma invasão bem-sucedida da Coreia do Norte deixaria os EUA responsáveis pela reconstruçãopix no betum país devastado.
A Coreia do Norte vivepix no betum estado sem precedentespix no betmanipulação psicológica, dificuldades econômicas crônicas e isolamento, há maispix no bet60 anos.
A verdade é que todas as opções militares disponíveis para os EUA lidarem com a Coreia do Norte trazem riscos e custos elevados. E os resultados são incertos e potencialmente problemáticos.