Após declaraçõesesportbet betTrump, Mercosul repudia 'usoesportbet betforça' na Venezuela:esportbet bet
esportbet bet Os países do Mercosul rejeitaram neste sábado o "uso da força" como uma formaesportbet bettentar resolver a crise política na Venezuela.
O bloco emitiu um comunicado neste sábado, pouco depoisesportbet beto presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarar que não descarta uma opção militar no país sul-americano.
"Os países do Mercosul consideram que os únicos instrumentos aceitáveis para a promoção da democracia são o diálogo e a diplomacia", reagiu o comunicado do bloco.
"O repúdio à violência e a qualquer opção que envolva o uso da força é inarredável e constitui base fundamental do convívio democrático, tanto no plano interno como no das relações internacionais."
Na sexta-feira, Trump disse: "Temos muitas opções a respeito da Venezuela, incluindo uma possível opção militar se for necessário".
Durante entrevista no seu clubeesportbet betgolfeesportbet betBedminster, ele foi também questionado se seria uma ação impulsionada pelos Estados Unidos, mas preferiu não responder.
"Mas uma operação militar, uma opção militar é seguramente algo que poderíamos explorar", afirmou Trump.
"Temos tropas por todo o mundo,esportbet betlugares que estão muito distantes. A Venezuela não está distante e as pessoas estão sofrendo e morrendo".
Reações
Em reação, alguns países criticaram as declarações do americano.
O Peru, que na sexta chegou a expulsar o embaixador venezuelanoesportbet betLima, afirmou neste sábado que "todas as ameaças estrangeiras ou domésticasesportbet betrecorrer à força enfraquecem o objetivoesportbet betreinstalar a governança democrática na Venezuela".
O ministro venezuelano do Exterior, Jorge Arreaza, disse que Trump foi hostil e desrespeitoso, e põeesportbet betrisco a estabilidadeesportbet bettoda a América Latina.
Muitos analistas indicaram que as declarações podem inclusive fortalecer o governoesportbet betNicolás Maduro, dando-lhe um claro inimigo internacional para distrair as atenções dos problemas do país.
"Não posso imaginar nenhum governo na América Latina,esportbet betdireita ou esquerda, que concorde com essa ideia", disse à BBC Michael Shifter, presidente da organização Interamerican Dialogue, com sedeesportbet betWashington.
Trump concedeu entrevista nas suas "férias a trabalho"esportbet betNova Jersey, depoisesportbet betse reunir com o secretárioesportbet betEstado, Rex Tillerson, o assessoresportbet betsegurança nacional, H.R. McMaster, e a embaixadora americana nas Nações Unidas, Nikki Haley.
Do lado venezuelano, o ministroesportbet betComunicações, Ernesto Villegas, classificou a falaesportbet betTrump como "a mais grave e insolente ameaça já proferida contra a Pátriaesportbet betBolívar".
As declarações do presidente americano ocorreram 24 depois que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disseesportbet betuma sessão especial da Assembleia Nacional Constituinte que deseja ter "uma conversa pessoal" com seu par americano.
"Eu acredito na diplomacia e (...) reforço ao presidente Donald Trump meu desejoesportbet betrestabelecer relações políticas,esportbet betdiálogo,esportbet betrespeito,esportbet bettermosesportbet betigualdade", disse Maduro.
Já o porta-voz do Departamentoesportbet betDefesa dos Estados Unidos, Eric Pahon, se negou a aprofundar as declaraçõesesportbet betTrump e acrescentou: "Até o momento, o Pentágono não recebeu ordens", informou a agênciaesportbet betnotícias AFP.
Crise
A Venezuela vive uma grave crise política, econômica e social. Maisesportbet betquatro mesesesportbet betprotestos contra o governo do presidente Nicolás Maduro resultaramesportbet betmaisesportbet bet120 mortos.
Na semana passada, foi instalada a Assembleia Nacional Constituinte (ANC), um parlamento temporário destinado a elaborar uma nova Constituição. É formado exclusivamente por chavistas, devido ao boicote da oposição, que exigia a realizaçãoesportbet betum referendo prévio.
A Constituinte venezuelana foi condenada por 12 países da América e do Caribe na chamada "Declaraçãoesportbet betLima", alémesportbet betEstados Unidos, União Europeia, entre outros.
Nas últimas semanas, os Estados Unidos impuseram várias rodadasesportbet betsanções econômicas a funcionários do governo venezuelano.
Diante da ANC, nesta quinta-feira, Maduro disse que as sanções americanas não têm "base jurídica" e questionou: "Até onde o imperador Trump acredita que é governante do mundo?".
Análise do correspondente da BBC Mundo na Venezuela, Daniel García Marco
A intervenção militar dos Estados Unidos tem sido um argumento usado primeiro pelo presidente Hugo Chávez e agora por Nicolás Maduro para cerrar fileiras entre seus seguidores, sobretudoesportbet bettemposesportbet betcrise.
É o caso atual. Maduro e seu gabinete repetem que os Estados Unidos, a que chamam "o império", está por trás da "guerra econômica", que usam para explicar a situaçãoesportbet betdesabastecimento eesportbet betinflação da Venezuela.
Também acusam o vizinho do norteesportbet betestar por trásesportbet betações da oposição, que qualificamesportbet bet"extrema direita", por desestabilizar e buscar uma mudançaesportbet betgoverno através da força.
As declarações desta sexta-feiraesportbet betDonald Trump dão munição a um governo que se sente atacado ante a ampla faltaesportbet betreconhecimento internacional da recém constituída Assembleia Constituinte, e que é considerado por maisesportbet betuma dezenaesportbet betpaíses da região como "não democrático".
Com Trump na Casa Branca desde janeiro, os Estados Unidos têm sido mais frontais naesportbet betpostura perante a Venezuela do que com Barack Obama.
Houve sanções individuais contra altos cargos do governo venezuelano, incluindo até o presidente Maduro, a que Washington chama diretamenteesportbet bet"ditador".
O senadoresportbet betorigem cubana Marco Rubio apareceu como o principal impulsionadoresportbet betmedidas duras dos Estados Unidos contra a Venezuela. Encontrou apoio sobretudo do vice-presidente americano, Mike Pense, que manteve recentemente contato telefônico com o líder da oposição venezuelana Leopoldo López, que agora cumpre uma pena domiciliaresportbet betquase 14 anos.
Por enquanto, contudo, não chegaram as temidas sanções americanas ao setor petroleiro, que poderiam minar ainda mais a golpeada economia venezuelana.
Para além da dura dialética entre uns e outros, os Estados Unidos seguem sendo um parceiro comercial básico para a Venezuela. Apesar do declínio nos últimos anos, 740 mil barrisesportbet betpetróleo venezuelano chegam diariamente nos Estados Unidos, um dos poucos países com refinarias adequadas para tratá-lo.
Os Estados Unidos são junto a China e Rússia o maior parceiro comercial venezuelano, mas o único que pagaesportbet betdinheiro. Venezuela exporta petróleo para Pequim e Moscou para quitar empréstimos fornecidos anteriormente.
Por isso, muitos acreditam que Trump faria muito mais dano se fechasse a torneiraesportbet betdólares a um governo sem liquidez para importar produtos básicos, do que com ameaçasesportbet betações militares que reforçamesportbet betMaduro a ideia do inimigo exterior.