Por que os ataques com ácido estão aumentando no Reino Unido?:cruzeiro e sport palpite
E não se tratamcruzeiro e sport palpiteincidentes isolados.
No mês passado, Resham Khan e Jameel Muhktar sofreram ferimentos graves depois que foram atacados dentro do carro com um líquido corrosivo.
Jácruzeiro e sport palpiteabril, 20 pessoas foram atacadas - duas ficaram cegas - por causacruzeiro e sport palpiteum ataque com ácidocruzeiro e sport palpiteuma casa noturna no leste da capital britânica.
Crimes desse tipo mais do que duplicaram na Inglaterra desde 2012,cruzeiro e sport palpiteacordo com estatísticas da polícia. No biênio 2012-2013, foram registrados 183 ataques com ácido. Já entre 2016 e 2017, foram 503.
E a maioria deles ocorreucruzeiro e sport palpiteLondres.
Rachel Kearton, chefe do departamento da polícia britânica responsável por ataques corrosivos, afirmou foi registrado um aumento significativocruzeiro e sport palpiteagressões como essascruzeiro e sport palpitetermos porcentuais nos últimos anos, mas que,cruzeiro e sport palpitecomparação com os crimes cometidos com facas, o númerocruzeiro e sport palpiteincidentes ainda é "insignificante".
Dor intensa
Imran Khan é proprietáriocruzeiro e sport palpiteum restaurante. Em novembro do ano passado, ele foi atacado quando estava fazendo uma entregacruzeiro e sport palpiteBarking, no lestecruzeiro e sport palpiteLondres.
Abordado por um grupocruzeiro e sport palpitejovens que queriam dinheiro e comida, ele foi alvocruzeiro e sport palpitevários insultos racistas. Quando voltava para o seu carro, acabou sendo atacado com um líquido corrosivo no rosto.
Ele se lembra da dor "que se espalhou pelo corpo todo" e diz que ficou com medocruzeiro e sport palpiteficar completamente cego.
Khan só não teve ferimentos mais graves por causa da reação rápidacruzeiro e sport palpiteum comerciante do local, que lavou seu rosto com água.
Desde então, ele conta que permanece com uma constante sensaçãocruzeiro e sport palpiteinsegurança quando estácruzeiro e sport palpitelugares públicos, especialmente depois do anoitecer.
Estatísticas da políciacruzeiro e sport palpiteLondres obtidas com exclusividade pela BBC indicam que os homens têm o dobrocruzeiro e sport palpitechances do que as mulherescruzeiro e sport palpiteserem vítimascruzeiro e sport palpiteataques com ácido.
A maioria desses crimes nunca é julgada.
Primeira alternativa
Simon Harding, criminologista e especialistacruzeiro e sport palpitegangues da Universidadecruzeiro e sport palpiteMiddlesex, na Inglaterra, diz que o ácido está, cada vez mais, se tornando a primeira alternativa como "arma".
Segundo ele, "lançar ácido é uma formacruzeiro e sport palpitedemonstrar domínio, poder e controle, gerando um grande temor entre os integrantes das gangues rivais".
Essas gangues conhecem as vantagenscruzeiro e sport palpiteusar o ácido para atacar alguémcruzeiro e sport palpitevezcruzeiro e sport palpiteuma faca: as consequências são mais graves se você for flagrado com uma faca e as sentenças, maiores.
Harding explica que o uso da substância corrosiva pode gerar uma acusação por danos físicos intencionais, enquanto que, no caso da faca, é "muito provável que você seja acusado por tentativacruzeiro e sport palpitehomicídio".
"Não há, na lei britânica, um crime específico para quem lança ácido. Trata-secruzeiro e sport palpiteum crime mais difícilcruzeiro e sport palpiteprovar porque raramente deixa vestígios do DNA do agressor e é muito mais fácil esconder do que uma faca. Dentrocruzeiro e sport palpiteuma garrafa plástica, por exemplo", diz.
O especialista considera que o governo deveria atacar o problemacruzeiro e sport palpitetrês frentes.
Para Harding, é preciso restringir o acesso ao ácido, equiparar as punições àquelas relacionadas aos crimes cometidos com facas e usar a educação como ferramenta para acabar com o problema.
Dano emocional e físico
"É um crime horroroso, mutila e desfigura", diz Rachel Kearton.
"O que mais me incomoda écruzeiro e sport palpiteque se tratacruzeiro e sport palpiteum crime premeditado. Ninguém sai na rua carregando ácido se não planeja usá-lo. A intenção é deixar uma marcacruzeiro e sport palpitealguém para o resto da vida. Trata-secruzeiro e sport palpiteum dano emocional e físico", avalia.
Questionada sobre possíveis medidas para enfrentar o problema, Kearton sugere punir o transportecruzeiro e sport palpiteácidocruzeiro e sport palpiteembalagens diferentes daquelas vendidas, regular a quantidade vendida e a idade exigida para a compra.
Jaf Shah, da ONG Acid Survivors Trust International, assegurou que não se tratacruzeiro e sport palpiteum fenômeno novo, pois ataques com ácido vêm sendo registrados na Inglaterra desde a era vitoriana.
Ele ressalva, contudo, que as cifras atuais espantam.
"O aumento recentecruzeiro e sport palpiteataques torna o Reino Unido o país com o maior númerocruzeiro e sport palpiteataques com ácido registrados per capita do mundo", lamenta.