Como a Al Jazeera se tornou 'pedra no sapato' dos países árabesplakar sport betdisputa com o Catar:plakar sport bet

plakar sport bet Mais do que a decisão da Fifaplakar sport betescolher o país como sede da Copa do Mundoplakar sport bet2022, a redeplakar sport betTV Al Jazeera fez o Catar ficar conhecido no mundo como algo mais do que uma rica e minúscula nação do Golfo Pérsico.

Lançadaplakar sport bet1996 e hoje assistidaplakar sport bet130 países, a Al Jazeera se tornou o carro-chefe dos planos do Catarplakar sport betaumentarplakar sport betprojeção e influência para alémplakar sport betsuas riquezasplakar sport betgás e petróleo. Agora, porém, a emissora é um dos pivôs da mais nova crise do Oriente Médio.

O Catar há quase um mês é alvoplakar sport betsanções diplomáticas e econômicas por parteplakar sport betseus três vizinhos mais próximos (Arábia Saudita, Emirados Árabes e Bahrein) e o Egito, que deixaram o país isolado por terra, ar e mar. As medidas foram tomadas sob a alegaçãoplakar sport betque o Catar "financia o extremismo religioso".

Há duas semanas, o governo do Catar recebeu uma listaplakar sport betexigências para que o bloqueio fosse levantado: uma delas é o encerramento das operações da Al Jazeera.

A emissora, uma das mais populares no mundo árabe, com audiência estimadaplakar sport bet40 milhõesplakar sport betpessoas na região, transformou-seplakar sport betuma "pedra no sapato"plakar sport betdiversos governos árabes, incluindo o Egito - onde a cobertura da Al Jazeera foi amplamente favorável aos protestos da Primavera Árabe,plakar sport bet2011, que resultaram na queda do então presidente Hosni Mubarak. A Al Jazeera também "ousou" classificar como golpe a deposição,plakar sport bet2013, do presidente eleito Mohammed Morsi.

Financiada pelo governo do Catar, a emissora não adota, emplakar sport betcobertura interna, os mesmos padrões reservados aos vizinhos. Algo evidenciado, por exemplo, porplakar sport betcobertura da guerra civil no Iêmen, que ganhou um tom bem mais crítico depois da saída do Catar da coalizão militar comandada pelos sauditas.

Alémplakar sport better seu site e seu sinal bloqueadosplakar sport betvários países, a emissora viu ainda o governo saudita fechar seus escritórios e revogarplakar sport betlicença para transmitir, após ser acusadaplakar sport bet"promover o terrorismo" e "tentar influenciar a política saudita".

A Al Jazeera nega as acusações e diz não ser "partidáriaplakar sport betqualquer ideologia, grupo, ou governo".

Porém, a atual situação poderá forçar o Catar a fazer concessões. O aeroportoplakar sport betDoha, um importante hub regional, foi bastante esvaziado pela atual crise, e a escassezplakar sport betalimentos é uma preocupação constante, já que o país é importadorplakar sport betquase tudo o que consome.

Embora o Catar abrigue a maior base militar americana no Oriente Médio, o presidente dos EUA, Donald Trump, defendeu abertamente o bloqueio, acusando Dohaplakar sport bet"financiar o terrorismo".

De acordo com Feras Kilani, do Serviço Árabe da BBC, reformasplakar sport betmídia são uma condição-chave para o fim do impasse.

"A Al Jazeera poderá não ser fechada, masplakar sport betlinha editorial será forçada a mudar", diz.

Mesmo antes da Primavera Árabe, a Al Jazeera já incomodava governos vizinhos e grandes potências. No início da década passada, a transmissãoplakar sport betpronunciamentosplakar sport betextremistas como Osama Bin Laden irritou os EUA. Escritórios da emissora no Afeganistão e no Iraque foram atingido por bombardeios americanos.

Já a decisãoplakar sport betouvir fontes israelenses nas negociações com a Palestina fez com que,plakar sport bet2002, a Arábia Saudita chamasseplakar sport betvolta seu embaixador no Catar. O posto ficou vago até 2008.

Há três anos, o governo do Catar envolveu-seplakar sport betoutra crise diplomática que levou a outra retiradaplakar sport betembaixadoresplakar sport betpaíses vizinhos. O imbroglio foi resolvido depoisplakar sport betDoha prometer pararplakar sport bet"interferir" na política doméstica dos vizinhos.

"Essa crise representa um novo desafio e traz novas circunstâncias", diz Giles Trendle, diretor interino do serviçoplakar sport betinglês da Al Jazeera. "Mas seguimos comprometidos como nosso modelo pioneiro e corajosoplakar sport betjornalismo, feitoplakar sport betuma forma profissional, equilibrada e objetiva. Já fomos acusadosplakar sport betser pró todo mundo."

Para Trendle, apenas pessoas que "querem ver um lado da história contado" podem considerar que a emissora favorece a algum grupo particular, como a Irmandade Muçulmana, um dos principais inimigos do regime egípcio.

"Durante a Primavera Árabe, testemunhamos os sonhos e aspiraçõesplakar sport betuma nova geração. Mostramos aquela explosãoplakar sport betesperança e idealismo que deu voz a homens e mulheres nas ruas. Alguns regimes arcaicos não gostaram disso. E são eles que querem amordaçar a liberdadeplakar sport betexpressão".

David Roberts, especialistaplakar sport betassuntos ligados ao Catar do King's College,plakar sport betLondres, acredita que o país do Golfo não deverá atender exatamente à exigênciaplakar sport betencerrar as operações da emissora, que tem maisplakar sport bet3 mil funcionáriosplakar sport betDoha e ao redor do mundo, mas prevê o que se pode chamarplakar sport bettom mais ameno da cobertura do serviçoplakar sport betárabe.

Não seria a primeira vez. Em 2007, o governo do Catar deu garantias à Arábia Sauditaplakar sport betque adotaria uma linha editorial mais amigávelplakar sport betrelação ao país.

Parte da polêmicaplakar sport betque a Al Jazeera se envolveu faz parte da percepçãoplakar sport betque simpatiza com movimentos extremistas muçulmanos. Ao se referir ao grupo autodenominado Estado Islâmico, a emissora usa a expressão "organização estatal",plakar sport betvez da sigla Daesh, empregadaplakar sport betárabe para se referir ao grupo e que tem conotação pejorativa.

Em 2014, por sinal, a emissora chamouplakar sport bet"revolucionários sunitas" os militantes do EI que tomaram a cidadeplakar sport betMosul, no Iraque.