Por que as cesáreas no Japão têm corte vertical?:site de apostas que aceita pix

O vídeo gerou muitos comentários surpresos justamente por causa do corte na vertical. "Na China, a cicatriz é na vertical?", questionou o leitor Raphael Calheiros Marques, enquanto outra leitora, Helen Ayumi, que mora no Japão, contousite de apostas que aceita pixprópria experiênciasite de apostas que aceita pixparto no país.

"Aqui no Japão também é na vertical... a minha (cicatriz) foi na vertical e eu tatuei uma âncora. O meu médico disse que as fibras musculares da barriga são na vertical e, por isso, verticalmente é o mais correto", afirmou.

"Eu pedi muito para o médico fazer na horizontal e ele disse que não faria (até chorei)... mas como não tinha mais tempo para procurar outro médico que fizesse na horizontal (porque minha filha estava passando da horasite de apostas que aceita pixnascer) foi na vertical mesmo."

Aproveitando a sugestão dos leitores, a BBC Brasil entrevistou ginecologistas que trabalham no Japão para entender por que se utiliza o corte vertical para cesárias no país.

Para o médico obstetra Cleber Sato, autor do O Guia da Gravidez no Japão, dirigido a brasileiras que moram no país, o corte longitudinal ainda é feito no Japão esite de apostas que aceita pixalguns países asiáticos por uma questão cultural.

"Seria uma quebrasite de apostas que aceita pixparadigma mudar algo que vem dando certo há tanto tempo. Além disso, a mulher japonesa tendia a se preocupar menos com a estética, o que atualmente já não é verdade."

Risco

Nas situaçõessite de apostas que aceita pixemergência ousite de apostas que aceita pixextremo cuidado, é comum,site de apostas que aceita pixqualquer país, o procedimento cirúrgico com corte na vertical, por causa da rapidez e da facilidade para se tirar o bebê do útero sem grandes riscos tanto para a mãe quanto para o recém-nascido.

"O corte sendo feitosite de apostas que aceita pixforma vertical no abdômen propicia menos sangramento, pois temos a chamada linha média unindo os músculos abdominais e as fáscias, que são como continuações dos músculos bem no meio da barriga", explica Sato.

"O procedimento é indicado também para partosite de apostas que aceita pixbebê prematuro e quando a placenta está localizada na parte inferior do útero e há risco quando feito o corte horizontal", completa a médica Elza Nakahagi, autora do Dicionáriosite de apostas que aceita pixTermos Médicos, uma publicaçãosite de apostas que aceita pixportuguês e japonês para ajudar os brasileiros a se comunicarem com os médicos no Japão.

Este foi justamente o casosite de apostas que aceita pixLucilene Midori Ota,site de apostas que aceita pix27 anos. Ela estava no trabalhadosite de apostas que aceita pixparto da filha, hoje com 9 meses. "A bolsa estourou, estava com contrações, mas o bebê não tinha virado e o médico optou pela cesárea na última hora", conta.

"Deram a anestesia, fizeram o parto e fiquei uma semana ainda internada. Só fui perceber que o corte estava na vertical quando estava para sair do hospital", diz Luciana, que está no Japão há dez anos e tem agora três filhos - os dois primeiros nasceramsite de apostas que aceita pixparto natural.

"Depois fui questionar o médico, mas ele me explicou que o bebê já estava sufocado e precisava ser feita a cirurgiasite de apostas que aceita pixforma rápida", conta a brasileira, que acabou se conformando.

"Não me importo com a cicatriz, pois era para o bem da minha filha. Ficou feia, mas a questão estética não é um problema para mim", afirma.

Samanta Yoshida, 42, também não tem vergonha da cicatriz deixada pelo procedimento cirúrgico que fez há 20 anos no Japão, quando nasceu o único filho. "Fiz a cesárea porque passou a data prevista para o nascimento, não havia dilatação nenhuma e o bebê estava crescendo demais", conta.

A brasileira lembra que o médico japonês explicou que faria um corte vertical. "Se eu preferisse o corte na horizontal, eu teriasite de apostas que aceita pixir para outro hospital, mas decidi fazer ali mesmo e não me arrependi", fala.

"A minha cicatriz é grande e ficou um buraco na partesite de apostas que aceita pixcima, então brinco que tenho dois umbigos", ri a brasileira.

Estética

Mas nem todas as mães ficam felizes com a marca deixada pela cesárea no Japão - seja ela vertical ou mesmo horizontal. O médico Cleber Sato conta ainda que, antigamente, para a mulher japonesa, não conseguir dar à luzsite de apostas que aceita pixparto normal seria como uma "fraqueza".

"A marca da cesárea seria como um sinalsite de apostas que aceita pixque ela foi 'fraca'. Por este motivo, a mulher que tem esta cicatriz não costuma mostrá-la por vergonha", diz.

Não é o caso da brasileira Cristina Naomi Hatori, 41. Ela diz que evita mostrar a cicatriz do parto por razões estéticas. Deixousite de apostas que aceita pixusar roupas mais curtas e até mesmo o biquíni.

A marca no corpo foi feita quando teve a primeira filha, há nove anos. Ela foi obrigada a fazer uma cesáreasite de apostas que aceita pixemergência.

"Era um parto prematuro e já estava sabendo que seria feito um corte vertical. Fui dopada e, quando acordei, vi o curativo, mas nem liguei para aquilo", conta.

No parto da segunda filha, há cercasite de apostas que aceita pixum ano, a brasileira pediu para que fosse feito o corte no mesmo lugar. "Porque agora naquele hospital eles fazem o corte na horizontal, mas não ia gostarsite de apostas que aceita pixter duas cicatrizes", explica.

Mundo

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Japão está entre os países asiáticos com menos percentualsite de apostas que aceita pixpartos por cesárea na Ásia, com apenas 19,8%.

A Coreia do Sul é o país asiático com maior índice, pertosite de apostas que aceita pix36% dos partos anuais por método cirúrgico. Na China, são 25% dos partos - mas, destes, 32% são realizados porque a mãe quer o bebê nasçasite de apostas que aceita pixuma data específica.

De acordo com as crenças populares, certos dias e meses podem beneficiar os bebês. E as famílias chinesas também costumam estar presentes durante o momento do parto. Então, a cesárea acaba sendo escolhida para uma questãosite de apostas que aceita pixplanejamento - para permitir marcar um evento social entre os parentes da gestante.

O Brasil estásite de apostas que aceita pixsegundo lugar no ranking dos países com maior percentualsite de apostas que aceita pixpartos realizados por cesárea do mundo (55,6%). A campeã é a República Dominicana, onde a taxa chega a 56,4%.

Depois, vêm Egito (51,8%), Turquia (50,4%) e Irã (47,9%).