Por que a compra do Alasca pelos EUA foi um dos melhores negócios da história:esc 2024 bwin
esc 2024 bwin Em 1867, uma autoridade dos EUA se viu alvoesc 2024 bwinpiadas impiedosas por ter autorizado uma compra considerada extravagante com recursos públicos.
Os Estados Unidos tinham acabadoesc 2024 bwinpagar US$ 7,2 milhões ao governo imperial russo pelo território do Alasca, uma imensidão isolada que não parecia ter utilidade econômica alguma.
Os críticos zombavam da "loucuraesc 2024 bwinSeward". Era assim que eles chamavam a compra do Alasca, associando-a com o então secretárioesc 2024 bwinEstado, William Seward, que tinha feito o negócio.
Os Estados Unidos compraram o territórioesc 2024 bwin30esc 2024 bwinmarçoesc 2024 bwin1867. O tempo acabou dando razão à Seward: a aquisição se mostrou um dos negócios mais rentáveis da história.
Uma pechincha
Se for levadaesc 2024 bwinconta a inflação do período, os US$ 7,2 milhões pagos pelos Estados Unidosesc 2024 bwin1867 ao czar Alexandre 2º equivalem a cercaesc 2024 bwinUS$ 100 milhões (R$ 313 milhões)esc 2024 bwin2017, quando a aquisição completou 150 anos.
Ou seja, pagou-se uma verdadeira pechincha pelo que hoje é o maior Estado dos EUA.
A compra do Alasca adicionou maisesc 2024 bwin1,5 milhãoesc 2024 bwinquilômetros quadrados aos EUA. Com isso, se analisarmos apenas o preço do quilômetro quadrado hoje naquele Estado, estima-se que o território vale 150 vezes mais do que Washington pagou por ele.
Mas o Alasca é muito mais que um pedaçoesc 2024 bwinterra gelada. É também um enorme depósitoesc 2024 bwinrecursos naturais: menosesc 2024 bwin20 anos depoisesc 2024 bwino negócio ser fechado, instalou-se uma corrida por ouro na região.
Além disso,esc 2024 bwinmeados do século 20 petroleiras encontraram enormes reservas no norte do Estado que, desde então, tem sido exploradasesc 2024 bwinmaneira intensa e rendem milharesesc 2024 bwindólares.
O Alasca se transformou numa poderosa economia. Tem uma população que se aproximaesc 2024 bwin1 milhãoesc 2024 bwinhabitantes e um PIB (Produto Interno Bruto)esc 2024 bwinUS$ 44 bilhões anuais. Em outras palavras, produz anualmente maisesc 2024 bwin400 vezes o que a Rússia ganhou ao vender o território.
Poder militar
O Alasca sempre foi considerado estratégico do pontoesc 2024 bwinvista militar.
Acredita-se que, entre as razões pelas quais a Rússia vendeu a terra, estaria o receioesc 2024 bwinque o Reino Unido tivesse ambições expansionistas. Naquela época, os britânicos eram uma superpotência mundial e já controlavam o Canadá.
Mal imaginaria o czar que, quase um século depois,esc 2024 bwin1945, início da Guerra Fria entre os Estados Unidos e a União Soviética, o Alasca se tornaria um posto militaresc 2024 bwinvalor inestimável - permitia que tropas, radares e aviões americanos estivessem praticamente na porta da Rússia.
Logo, vista com as lentes da modernidade, a venda feitaesc 2024 bwin1867 pelos russos pode ser encarada como um erro comercial e uma falha estratégica.
Consolo
Mas essa não foi a única compraesc 2024 bwinterras a favorecer os EUA no século 19.
Em 1803, décadas antes da aquisição do Alasca, os americanos compraram da França a área conhecida como Louisiana.
Era um território ainda maior que o Alasca, com 2,1 milhõesesc 2024 bwinquilômetros quadrados que compreendem hoje 15 Estados dos EUA - vai da cidadeesc 2024 bwinNova Orleans, no sul, até Montana, no noroeste do país.
O custo da compraesc 2024 bwinLouisiana foiesc 2024 bwinUS$ 15 milhões, o equivalente a aproximadamente US$ 300 milhões hoje.
No século 19, os EUA conseguiram um aumento territorial expressivo mediante o pagamentoesc 2024 bwinquantias irrisórias para potências europeias.
Mas uma coisa é verdade: naquela época, era difícil prever a expansão econômica que o país iria contabilizar décadas mais tarde.
No Alasca, comemorou-se o 150º aniversário do negócio assinado por Sewardesc 2024 bwin1867. E ele acabou entrando para história não como um louco, como previam seus contemporâneos, mas como o arquitetoesc 2024 bwinum dos maiores negóciosesc 2024 bwintodos os tempos.