Como uma ilha caribenha virou o país com maior concentraçãodragon casinomembros do EI:dragon casino
As razões, dizem os especialistas, são os altos níveisdragon casinoviolência e criminalidadedragon casinoTrinidad e Tobago, as condições socioeconômicas precáriasdragon casinosetores importantes e a crescente parte da população que abraça a religião muçulmana.
A longa viagem
À revista, Abu Saad at-Trinidadi relata que, depoisdragon casinose reunir com outros trinitários muçulmanos, eles fizeram contatos e levantaram dinheiro para uma viagemdragon casinomaisdragon casino9,5 mil quilômetros.
Ele fez uma escala na Venezuela para encontrardragon casinomulher, e, juntos, partiram para o Oriente Médiodragon casinodatas não reveladas.
"Sou hoje um dos muitos atiradoresdragon casinoelite do Califado. Regularmente participo com minha equipedragon casinomuitas batalhas ferozes contra vários inimigos do Estado Islâmico", disse ele na revistadragon casinopropaganda.
Relatóriosdragon casinoorganizações independentes e governos dizem que, a exemplodragon casinoAbu Saad at-Trinidadi edragon casinoesposa, entre 125 e 400 pessoas nascidasdragon casinoTrinidad e Tobago optaram por se juntar ao Estado Islâmico.
De acordo com o "Índicedragon casinoTerrorismo Global", publicado pelo Instituto para a Economia e a Paz, apenas os Estados Unidos teriam exportado mais combatentes que Trinidad e Tobago entre os países ocidentaisdragon casino2016.
Cercadragon casino250 americanos se juntaram às fileiras jihadistas. Mas os EUA têm uma populaçãodragon casinomaisdragon casino320 milhõesdragon casinopessoas, enquanto a ilha caribenha tem apenas 1,3 milhão, o que a coloca à frentedragon casinoem proporção per capita.
Por que Trinidad e Tobago?
Segundo Abu Saad at-Trinidadi, 60% dos combatentes do Estado Islâmicodragon casinoTrinidad e Tobago vêmdragon casinofamílias muçulmanas, enquanto o restante se converteu do Cristianismo. O Islã é seguido pordragon casino5% a 8% da população da ilha.
John McCoy, professordragon casinociências políticas na Universidadedragon casinoAlberta, no Canadá, defende a tesedragon casinoque o Islã radicaldragon casinoTrinidad e Tobago tem "formas endógenas" que foram alteradas e exploradas por grupos como Al-Qaeda ou Estado Islâmico.
Autor da pesquisa "Extremismo violento cultivadodragon casinoTrinidad e Tobago: padrões locais, tendências globais", ele acrescenta que "a criminalidade, a violência política, o legado históricodragon casinoradicalismo na ilha e a alta taxadragon casinoconvertidos religiosos" são fatores que influenciam o surgimentodragon casinonovos jihadistas no país.
Quando McCoy faladragon casino"legado históricodragon casinoradicalismo", ele refere-se a episódios como a tentativadragon casinotomar o poder protagonizada por um grupodragon casinomuçulmanosdragon casino1990.
Na época, a organização islâmicadragon casino250 pessoas fez uma trincheira no Parlamentodragon casinoTrinidad, sequestrando ministros, mas a tentativa falhou.
Quando o Estado Islâmico autoproclamou seu califadodragon casino2014, o radicalismo religioso já não era uma novidadedragon casinoTrinidad e Tobago.
O país declaroudragon casinoindependência do Reino Unido apenasdragon casino1962 e tornou-se uma repúblicadragon casino1976. Sua população é composta principalmentedragon casinodescendentesdragon casinoafricanos, indianos, chineses, sírios e libaneses.
Preocupação dos EUA
O Departamentodragon casinoEstado dos EUA disse à BBC Mundo, o serviçodragon casinoespanhol da BBC, que Washington "vê este fenômeno com grande preocupação".
"Enquanto o fluxodragon casinoterroristas estrangeiros no Iraque e na Síria diminuiu significativamente ao longo do último ano, nós sabemos que vários cidadãosdragon casinoTrinidad e Tobago têm viajado para o Oriente Médio para se juntar ao EI desde o início do conflito", afirmou um representante do órgão americano.
O Departamentodragon casinoEstado disse que os Estados Unidos "apoiam o governodragon casinoTrinidad e Tobagodragon casinoseus esforços para manter seu povo longe do extremismo violento e prevenir a saída futuradragon casinocombatentes terroristas estrangeiros".
A Casa Branca informou que o presidente Trump teve um contato com o primeiro-ministrodragon casinoTrinidad, Keith Rowley,dragon casino19dragon casinofevereiro para conversar sobre a "luta contra o terrorismo e o crime organizado internacional".
Os esforços na ilha
"Eu louvo Alá por me dar a oportunidade. Este é realmente um imenso favor dele. Quando fizemos a hijrah (migração ou viagem) pela primeira vez, nós nunca imaginamos que iríamos testemunhar o sonho do Califado se tornar uma realidade. (...) Nunca poderia agradecer a Alá o suficiente por me permitir estar entre os primeiros do nosso povo e tornar esse sonho uma realidade", disse Abu Saad at-Trinidadi à revista.
A entrevista do trinitário não é a única propaganda para recrutar pessoas da ilha. O governo do país está cientedragon casinoque o Estado Islâmico vem divulgando outros vídeosdragon casinojihadistas "com sotaque caribenho" para atrair mais recrutas do país. E não são apenas soldados.
A autoridades também estão preocupadas com os recursos que deixam a ilha para apoiar as atividades do EI.
"Há sempre uma preocupação com o dinheiro que saidragon casinoTrinidad e Tobago que poderia estar envolvido com atividades terroristas. Há uma minoria na comunidade muçulmana que está empenhada para cometer esses crimes", disse o ministro da Segurança Nacional, Edmund Dillon, na semana passada.
Já o procurador-geral da ilha afirmou que as viagens a países como a Síria ou o Iraque são controladas, e autorizações especiais são necessárias para conter o êxodo dos futuros combatentes do Estado Islâmico.
Os muçulmanosdragon casinoTrinidad expressaram raivadragon casinorelação a esse posicionamento, porque eles acreditam que as medidas alimentam o estereótipo sobre eles.
Depoisdragon casinotentativas por parte do governo da ilhadragon casinolimitar viagens para o Oriente Médio, Imtiaz Mohammed, líder do grupodragon casinomissionários islâmicos, ficou conhecido após dizer que a comunidade muçulmana não concorda com as restrições e disse que a maioria dos trinitários viaja para a região por caridade ou religião, e não para se juntar a qualquer grupo extremista.
Ao contrário dos Estados Unidos, a ilhadragon casinoTrinidad ainda não tem punição por lei a quem participadragon casinoorganizações extremistas como o Estado Islâmico ou a Al-Qaeda.
Mas a notícia constantedragon casinonovos viajantes que partem do país para o Oriente Médio levou o Parlamentodragon casinopensardragon casinoimplementar algo assim.
Um dos últimos casos que vieram à tona foi odragon casinooito trinitários que foram presos na Turquia no meiodragon casinosua hijrah ao acampamento do Estado Islâmico na Síria. A captura ocorreu três dias antes da publicação da entrevista com Abu Saad at-Trinidadi.