O blogueiroplinko bet7kviagens que foi preso por visitar um país que não existe:plinko bet7k
A crise ocorreu após repetidas visitasplinko bet7kLapshin a Nagorno-Karabakh - um território dentro da fronteira do Azerbaijão, mas cuja população éplinko bet7kmaioria armênia, país vizinho.
Desde o fim da União Soviética, azeris e armênios intensificaram a disputa pelo território, o que culminou com um sangrento conflito armado. Mesmo com um cessar-fogoplinko bet7k1994, enfrentamentos ainda são recorrentes.
Banido
Entre 2011 e 2012, Lapshin visitou Nagorno-Karabakh e escreveu sobre a regiãoplinko bet7kseu blog. Na época, a Justiça do Azerbaijão o acusouplinko bet7kentrar ilegalmente no território e o baniu do país.
Lapshin ignorou a ordem e viajou ao Azerbaijão novamenteplinko bet7k2016. Desta vez, com um passaporte diferente, já que ele tem nacionalidades israelense, russa e ucraniana.
Seu passaporte ucraniano tem uma pequena diferença na grafia do seu nome, o que lhe permitiu contornar a proibiçãoplinko bet7kentrada.
Autoridades do país dizem que Lapshin apoiou a independência do territórioplinko bet7kseu blog - uma afirmação difícilplinko bet7kse verificar, já que várias postagens foram apagadas apósplinko bet7kprisão. Pela lei nacional, esse tipoplinko bet7kmanifestação é ilegal.
O país então emitiu uma ordemplinko bet7kprisãoplinko bet7kLapshin, que foi cumpridaplinko bet7kdezembro, duranteplinko bet7kvisita a Minsk, capital da Belarus. O governo do Azerbaijão pede que ele seja extraditado para ser julgadoplinko bet7ksuas fronteiras.
Caso condenado, Lapshin pode pegar até 13 anosplinko bet7kprisão.
Crítica
Embora a maioria das postagens sobre Nagorno-Karabakh tenha sido deletada, outro blog ainda mantém a republicaçãoplinko bet7kum texto que Lapshin escreveuplinko bet7kabrilplinko bet7k2016.
Nele, o blogueiro se declara neutro na disputa pelo território, mas critica o governo do Azerbaijão e a mídia.
"Ler a imprensa dá a impressãoplinko bet7kque as autoridades do Azerbaijão e jornalistas acreditam que seu povo é imbecil", escreveu.
"O exército do Azerbaijão é incapazplinko bet7katacar o Karabakh tanto por razões estratégicas quanto políticas. Se pudessem, já teriam feito isso há muito tempo, pois 23 anos é tempo o suficiente."
Rússia e Israel se envolveram na polêmica, pedindo que Lapshin seja solto.
"A Rússia é contra a criminalizaçãoplinko bet7kvisitasplinko bet7kjornalistas ou outras pessoas a este território e a outros territóriosplinko bet7kdiferentes regiões", afirmou o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, numa entrevista à imprensaplinko bet7kjaneiro.
No momento, o pedidoplinko bet7kextradição avança na Justiça bielorrussa, e Lapshin continua na prisãoplinko bet7kMinsk.
Já o presidente da Belarus, Alexander Lukashenko, disse à imprensa na sexta-feira: "Ele (Lapshin) foi detidoplinko bet7kacordo com a decisão da Interpol, e, segundo a lei, devemos enviá-lo ao Azerbaijão".
E acrescentou: "Claro que poderíamos soltá-lo. Mas isso seria errado".
A política israelense Ksenia Svetlova vem trabalhando na liberação do blogueiro. Ela convenceu Lapshin a escrever uma cartaplinko bet7kdesculpas às autoridades do Azerbaijão, que, no entanto, continuaram impassíveis.
"Eles (a famíliaplinko bet7kLapshin) estão esperando algum tipoplinko bet7kresposta do governo", disse Svetlova ao BBC Trending.
Sem acesso
Enquanto isso, a mulherplinko bet7kLapshin, Ekaterina, assumiu seu blog e conta no Facebook. Ela diz que teve permissão para apenas uma visitaplinko bet7kuma horaplinko bet7kdezembro. E que desde então não teve mais acesso ao marido.
Ela escreveu recentemente no Facebook: "Aparentemente, eu não (terei permissão para visitá-lo). Quinze dias se passaram desde que meu pedido foi feito e não tenho a permissão. Isso é o que o promotor me disse."
Ekaterina também usou o Facebook para expressar preocupação sobre as condições da prisão onde Lapshin é mantido.
"É muito frio... (foram registrados) -29 a -30 grausplinko bet7kMinsk ontem", escreveuplinko bet7kjaneiro. "Isso podia ser sentido na cela onde (o blogueiro) está detido."
Lapshin tem o apoio não sóplinko bet7kseus leitores. No site russo VKontakte, há uma petição intitulada: "Liberdade para o jornalista Alexander Lapshin".
E o Comitê Nacional da Armênia, uma organizaçãoplinko bet7kamericanos-armênios, liderou protestosplinko bet7kfrente aos consulados da Belarusplinko bet7kNova York e Washington.
O blogueiro aguarda a decisão final da Suprema Corte da Belarus nos próximos dias. Se o seu último recurso for rejeitado, é quase certo que ele seja extraditado para o Azerbaijão.