'Sonhos foram destruídos com uma canetada': vítimas do vetosite palpites futebolTrump contam suas histórias:site palpites futebol

no aeroportosite palpites futebolJFK,site palpites futebolNova York, manifestantes pediam a liberação da entrada dos estrangeiros

Crédito, AP

Legenda da foto, Protestos contra o veto ocorreramsite palpites futebolvárias partes do país; no aeroportosite palpites futebolJFK,site palpites futebolNova York, manifestantes pediam a liberação da entrada dos estrangeiros

site palpites futebol Apesar da decisãosite palpites futeboluma juízasite palpites futebolsuspender parcialmente o veto do presidente Donald Trump à entrada nos Estados Unidossite palpites futebolcidadãossite palpites futebolsete paísessite palpites futebolmaioria muçulmana, muitos estrangeiros continuamsite palpites futebolum limbo ou tiveram seus planos cancelados.

Na noitesite palpites futebolsábado, a juíza federal Ann Donnelly,site palpites futebolNova York, assinou a suspensão parcial do decreto, proibindo a deportação dos que chegaram ao país com um visto válido e estavam sendo detidossite palpites futebolvários aeroportos.

A medida é válida para pessoas cuja solicitaçãosite palpites futebolrefúgio foi aprovada e "outras pessoas legalmente autorizadas a entrar nos Estados Unidos", mas não faz referêcia sobre a constitucionalidade da decisão presidencial.

A ordem executivasite palpites futebolTrump suspende a entrada nos EUAsite palpites futebolcidadãos do Iraque, Síria, Líbia, Somália, Sudão e Iêmen e prevê a interrupção por 120 dias do processosite palpites futebolrefúgio para esses países - exceto para a Síria,site palpites futebolrelação à qual a proibição é por tempo indeterminado.

'Pessoas vulneráveis'

Entre os principais casossite palpites futebolestrangeiros presossite palpites futebolsolo americano, está osite palpites futeboldois iraquianos que foram detidas no Aeroporto JFK,site palpites futebolNova York.

Um deles, Haneed Khalid Darweesh, trabalhou como intérprete para o Exército americanosite palpites futebolseu país, o que lhe deixousite palpites futeboluma situação perigosa.

O iraquiano Haneed Khalid Darweesh

Crédito, @NYDIAVELAZQUEZ

Legenda da foto, O iraquiano Haneed Khalid Darweesh, cercado por congressistas americanos, foi liberado no sábado, após ficar detidos no aeroportosite palpites futebolNova York

Ele ficou detido no aeroporto durante quase 24 horas. "É uma vergonha que demos as costas e prendemos as pessoas mais vulneráveis do mundo. Pessoas que serviram a nosso país, que estão fugindo da perseguição e que têm status legal para entrar no nosso país e agora estão sendo detidos", disse à BBC um o advogado do intérprete, Mark Doss.

Os dois iraquianos acabaram sendo liberados e o caso deles vai ser analisado novamente no mês que vem.

Vários outros estrangeiros foram vítimas da decisãosite palpites futebolTrump. Conheça algumas das histórias deles:

"Ela vinha ver o neto pela primeira vez. Foisite palpites futebolcortar o coração"

Uma iraniana que mora nos Estados Unidos há 10 anos e tem o green card contou à BBC, sob condiçãosite palpites futebolanonimato, sobre a situaçãosite palpites futebolsua mãe,site palpites futebol69 anos, que deveria chegar nos Estados Unidos na tarde deste domingo.

"Ela pediu o vistosite palpites futebolmaio do ano passado - dois meses depoissite palpites futeboleu dar à luz o meu primeiro filho. Estava ansiosa para vir e finalmente ver o neto pela primeira vez. Ela enfim conseguiu o visto, há duas semanas, depoissite palpites futebolnove mesessite palpites futebolespera."

"A passagem dela era para este domingo. Ela chegariasite palpites futebolNova York à tarde. Agora, não sei mais" (Ela foi entrevistada no sábado, antes da decisão judicial)

A irianiana, que tem 33 anos e é engenheira, teme os impactos a longo prazo do vetosite palpites futebolTrump emsite palpites futebolfamília.

"Meu marido é americano; toda família dele está aqui. Eu estava falando com ele: 'Você estaria aberto a deixar esse país? É nesse país que você gostariasite palpites futebolmorar? É um país que está abandonando seus valores. Eu não acho que essa decisão á algo americano, eu não acho que é algo humano - não é nada ético.'"

"Mas, ao mesmo tempo, minha família agora é americana. Eu não posso pedir que ele arrume as malas e saia do país comigosite palpites futebolqualquer momento difícil como esse. Então, o que fiquei pensando é que talvez eu leve meu filho para outro país... assim a minha mãe poderia ver o neto pelo menos uma vez."

"Esse veto é humilhante"

A síria Batool Shannan vivesite palpites futebolEssen, na Alemanha, e estava com viagem marcada para os Estados Unidos. Cientista cujas pesquisas focam na áreasite palpites futebolcâncersite palpites futebolpele, ela já havia trabalhado nos EUA.

"Eu sou síria e deixei meu paíssite palpites futebol2012 para trabalhar na Philadelphia por dois anos e meio. Então eu me mudei para Alemanha, onde eu vivo desde então.

Pedi e consegui um visto B1/B2 (de visitante) e estava indo para a Philadelphiasite palpites futebol8site palpites futebolfevereiro para passar férias e visitar meus amigo. Sou cientista e trabalho com pesquisas sobre melanomas - e as colaborações nessa área são muito importantes. Agora, não só eu fui proibidasite palpites futebolir, como não sei o que vai acontecer se eu cancelar minha passagem (no total, ela gastou cercasite palpites futebolUS$ 1.070, com voo e visto).

O sentimentosite palpites futebolinjustiça é tão grande. Esse veto é humilhante. Uma vergolha!

site palpites futebol "Famílias e sonhos foram destruídos com uma canetada"

Musa Sharkawi é um cardiologista da Jordânia e está estudandosite palpites futebolConnecticut (nos EUA). Recentemente,site palpites futebolmulher, que é síria, veio morar com ele.

"Como ela tem um passaporte sírio, ela não pode sair dos EUA, já que ela não conseguiria voltar. Esite palpites futebolfamília não pode nos visitar, já que o visto para eles foi vetado. A nova ordem executiva está literalemnte destruindo famílias. Aliás, muito mais do que isso.

"Desobedeçam, por favor. Isso é errado", diz o cartazsite palpites futeboluma manifestantesite palpites futebolNova York

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, "Desobedeçam, por favor. Isso é errado", diz o cartazsite palpites futeboluma manifestantesite palpites futebolNova York

Muitos sonhos estão sendo destruídos com essa canetada do novo presidente. Muitos médicos jovens e brilhantes vinham se preparando há anos para isso (para vir aos EUA) e que gastaram milharessite palpites futeboldólaressite palpites futebolexames para conseguir licença para trabalhar aqui.

Eu fui o residente chefe do hospital onde estudei, e tratei milharessite palpites futebolpacientes. Publiquei diversas pesquisas e foi co-autorsite palpites futebolmuitos livros. Já dei aula para centenassite palpites futebolestudantessite palpites futebolmedicinal, tanto americanos como estrangeiros.

Essa é uma mudança dramáticasite palpites futebolatitude. É algo que vai dissuader muitas jovens mentes brilhates a seguir o sonho americano."

"Eu pensei que green cards eram permanentes"

Alguns dos que foram afetados pela decisãosite palpites futebolTrump já passaram a considerar mudar definitivamente dos Eustados Unidos. Um deles é um iraniano que vivesite palpites futebolWashington, que disse à BBC quesite palpites futebolesposa havia voltado para o Irã enquanto esperava seu visto ser renovado. O processo já durava cinco meses, e agora ela estásite palpites futebolum limbo.

"Venho ouvindo histórias horrorosas. Até pessoas com o green card não estão sendo autorizadas a voltar para os Estados Unidos. Eu pensei que green cards eram davam direito a residência permanente - mas, aparentemente, não é tão permanente assim!"

Ele disse que está considerando voltar para o Irã ou se mudar para outro país. "Podemos tentar outros lugares, talvez Canadá ou Austrália. Veremos se vamos conseguir ser transferidos para a gente poder recomeçar nossas vidassite palpites futeboloutro país."

Caossite palpites futebolvoossite palpites futebolconexão

Pessoas que passariam pelos Estados Unidos apenas porque estavamsite palpites futeboltrânsito também estão enfrentando problemas.

Hamaseh Tayari, uma veterinária da Universidadesite palpites futebolGlasgow (Escócia), disse que estava "furiosa" e com medo, após ter sido proibidasite palpites futebolpegar um avião da Costa Rica para voltar para casa, já que havia uma conexãosite palpites futebolNova York.

Hamaseh Tayari, que vive na Escócia e tem passaporte iraniano

Crédito, Arq. pessoal

Legenda da foto, Hamaseh Tayari vive na Escócia e tem passaporte iraniano

A veterinária, que tem nacionalidade iraniana, estava voltando para a Escócia depoissite palpites futebolumas fériassite palpites futebolduas semanas.

Em entrevista à BBC concedida do aeroportosite palpites futebolSan José (Costa Rica), no sábado, ela disse: "Chegamos no aeroportosite palpites futebolmanhã para embarcar para Glasgowsite palpites futebolum voo que fazia escalasite palpites futebolNova York. Os funcionários da companhia aérea não me deixaram embarcar por conta das novas regras. Eles me disseram que o único voo disponível que não passasse pelos EUA era via Madri."

As novas passagens custaram a ela e ao namorado US$ 3.260. "Gastamos todos nosso dinheiro para os próximos meses."