Por que no Japão os pais pedem desculpas pelo mau comportamento dos filhos adultos:pokerstars paga

Executivos da Toshibapokerstars pagauma coletivapokerstars pagaimprensa realizada para pedirem desculpaspokerstars pagajulhopokerstars paga2015

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Legenda da foto, A imprensa japonesa chega a perseguir familiarespokerstars pagacriminosos e executivospokerstars pagaempresaspokerstars pagabuscapokerstars pagapedidospokerstars pagadesculpas públicos

pokerstars paga Pedidospokerstars pagadesculpas públicos são tão comuns no Japão que são quase um clichê sobre o país. Mas,pokerstars paga2016, alguns destes gestos foram controversos, especialmente quando se tratavapokerstars pagapais pedindo perdão pelos crimes cometidos por seus filhos já adultos. A repórter Yuzuha Oka explora o que há por trás desse fenômeno.

A cultura corporativapokerstars pagapedidospokerstars pagadesculpas é muito conhecida e enraizada no Japão.

Muitos devem conhecer as shazai kaiken, as coletivaspokerstars pagaimprensaspokerstars pagaque executivos leem um pedidopokerstars pagaperdão com a cabeça a baixa e curvando-se diantepokerstars pagajornalistas.

No entanto, são menos famosos os pedidospokerstars pagadesculpas feitos por pais japoneses que se apresentam publicamente para assumir a responsabilidade pelos atospokerstars pagaseus filhos - não importa qual sejapokerstars pagaidade.

No fimpokerstars pagaagosto passado, a atriz Atsuko Takahata fez um pedidopokerstars pagaperdão bastante emotivo por seu filhopokerstars paga22 anos, que havia sido preso por um suposto abuso sexual.

Ele acabou liberado e não foi acusadopokerstars pagacometer nenhum crime, mas, antes mesmo que qualquer processo criminal tivesse início,pokerstars pagamãe foi a público para dizer que assumia uma parcela da responsabilidade por qualquer ato que o rapaz pudesse ter cometido.

A atriz Atsuko Takahata faz um pedidopokerstars pagadesculpas públicopokerstars pagaagostopokerstars paga2016

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Legenda da foto, Antes que mesmo que seu filho fosse acusado, atriz disse ser responsável por qualquer ato que ele pudesse ter cometido

Foi algo parecido com o pedidopokerstars pagadesculpas feitopokerstars paga2013 por Mino Monta, um apresentadorpokerstars pagaTV que até mesmo pediu demissão depoispokerstars pagaseu filhopokerstars paga31 anos ser preso por tentativapokerstars pagaroubo.

"Tenho uma responsabilidade moral como seu pai", disse elepokerstars pagauma coletivapokerstars pagaimprensa.

Em outro caso envolvendo celebridades, a atriz Yoshiko Mita pediu desculpas pelo filho e ficou dez meses fora do ar depoispokerstars pagaele ser presopokerstars paga1998.

Mas esse ritual não é algo exclusivopokerstars pagacelebridades. Em julho, depois que 19 pessoas serem esfaqueadaspokerstars pagaum asilo para pessoas com doenças mentaispokerstars pagaSagamihara, o pai do criminosopokerstars paga26 anos fez o mesmo no escritório onde trabalha.

Anos antes,pokerstars paga2008, quando um homempokerstars paga25 anos matou sete pessoaspokerstars pagaum shopping lotadopokerstars pagaAkihabara, seus pais pediram perdãopokerstars pagafrente à casa da família.

"Nosso filho cometeu um crime grave. Pedimos desculpas sinceras àqueles que foram mortos ou ficaram feridos", disseram, curvando-se diante dos fotógrafos que registravam a cena.

Responsabilidade

O pedidopokerstars pagadesculpas dos pais japoneses está ligado à ideiapokerstars pagasimplesmente assumir uma responsabilidade, mas também é um costume que tempokerstars pagaorigem na era dos samurais.

Conhecida como "regra Enza", a puniçãopokerstars pagafamiliarespokerstars pagaparentespokerstars pagacriminosos ocorria nos séculos 15 e 16 no Japão e era uma formapokerstars pagaum guerreiro samurai impor o poderpokerstars pagaseu soberano sobre os camponeses.

A noçãopokerstars pagaresponsabilidade coletiva foi ainda mais além durante o período Edo, entre os séculos 17 e 19. Cinco residências vizinhas eram consideradas uma única unidade e tidas como responsáveis pelos impostos umas das outras - e por seus crimes.

Punições eram aplicadas a toda a unidade caso alguém cometesse alguma irregularidade.

Executivos da Mitsubishi pedem perdãopokerstars pagauma coletivapokerstars pagaimprensapokerstars paga2016

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Legenda da foto, A descobertapokerstars pagacrimes corporativos, seguidapokerstars pagadesculpas públicas, já virou um clichê sobre o Japão

Ainda que a lei tenha sido abolidapokerstars paga1868, seu legado é a ideiapokerstars pagaque toda pessoa tem uma responsabilidade com o seken, ou o "público", diz o sociólogo Naoki Sato, professor emérito do Institutopokerstars pagaTecnologia Kyushu e especialistapokerstars pagaestudos sobre seken.

Ele explica se tratarpokerstars pagauma noção muito particular da sociedade japonesa, na qual espera-se que as pessoas sigam uma sériepokerstars pagaregras não explícitas para viverempokerstars pagaharmonia. Uma delas determina que os paispokerstars pagaum criminoso se considerem responsáveis perante o seken mesmo quando eles próprios não fizeram nadapokerstars pagaerrado.

Indivíduos ou 'posses'?

Sato também destaca que há diferenças nos relacionamentos entre pais e filhos no Japão e no Ocidente. Enquanto os paispokerstars pagapaíses ocidentais veem seus filhos como indivíduos, o especialista afirma que os pais japoneses tendem a pensar mais nos filhos como suas posses e que, por isso, devem responder pelo mau comportamento deles.

De fato, é raro ouvir pais pedindo desculpas por seus filhospokerstars pagaoutros locais do mundo.

Quando dois estudantes da Universidadepokerstars pagaOklahoma, nos Estados Unidos, foram flagrados cantando uma música racista, umpokerstars pagaseus pais fez um pedidopokerstars pagaperdão público.

Isso foi visto como algo tão extraordinário que o site da rede CNN publicou um artigopokerstars pagaopinião questionando se os pais americanos deveriam fazer isso com mais frequência.

Koji Yakusho e Yoshiko Mita na Universidadepokerstars pagaWashington (EUA)

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Legenda da foto, A atriz Yoshiko Mita ficou dez meses fora do ar após seu filho ser preso

Mas, no Japão, a pressão por pedidospokerstars pagaperdão pelos erros cometidos por parentes pode ser tão grande que famílias chegam a ser perseguidas pela imprensa e alvopokerstars pagaprotestospokerstars pagaoutros cidadãos.

Em 2008, no caso do esfaqueamentopokerstars pagaAkihabara, o irmão mais novo do autor do crime teria cometido suicídio por não aguentar essa perseguição - mesmo após se mudar e trocarpokerstars pagaemprego diversas vezes.

O recente pedidopokerstars pagadesculpas da atriz Atsuko Takahata levou, inclusive, a um debate sobre se os pais dever ser considerados tão responsáveis assim.

Quando um programa da emissora Asahi entrevistou 50 pessoas sobre o caso, 60% responderam que "era um problema do filho da atriz e não dela". Uma reação semelhante ocorreu nas redes sociais.

Repórteres do ladopokerstars pagaforapokerstars pagauma casapokerstars pagaSagamihara, no Japão,pokerstars pagajulhopokerstars paga2016

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Legenda da foto, Jovens dizem que pais não devem ser tão responsabilizados por crimespokerstars pagafilhos

"Estoupokerstars pagasaco cheiopokerstars pagapedidospokerstars pagadesculpas quando a própria pessoa não fez nada. Quero que os pais demandem que seus filhos adultos assumam essa responsabilidade ou recomecempokerstars pagacriação da estaca zero", disse um participante do Twitter no Japão.

Jovens japoneses certamente estão mais preocupadospokerstars pagater o controlepokerstars pagasuas vidas, mas a cultura do shazai kaiken epokerstars pagaassumir a responsabilidade perante o público são muito enraizadas nessa sociedade. Por isso, novos pedidospokerstars pagaperdão ainda devem acontecer no futuro.