'Estou sempreroleta de emoçõesmalas prontas para fugir', diz brasileira que 'aprendeu' a conviver com terremotos na Itália:roleta de emoções

Terremoto na Itália

Crédito, AP

Legenda da foto, Novo terremoto,roleta de emoçõesmagnitude 6.6, atingiu região central da Itália no domingo

"E aí vocês me ligaram", emenda, aos risos.

Os terremotos não são novidade na vida dessa secretária administrativaroleta de emoções44 anos, desde 1993 radicada na Itália.

Regina Dutra

Crédito, Regina Dutra/Facebook

Legenda da foto, Radicada desde 1993 na Itália, paulista Regina Dutra conta que adota sérieroleta de emoçõesprecauçõesroleta de emoçõesseu cotidiano para lidar com tremores constantes

"Já perdi as contasroleta de emoçõespor quantos terremotos já passei. Desde que cheguei aqui, lembro-meroleta de emoçõespelo menos dez muito intensos, isso sem falar nos secundários, mais brandos", diz ela.

"Mas cada tremor traz uma sensação diferente. Não sei por que, mas os mais fortes costumam acontecer à noite, quando todo mundo está dormindo. Para quem não está habituado, é comum entrarroleta de emoçõespânico", acrescenta.

Há uma semana, um novo terremotoroleta de emoçõesmagnitude 6.6 voltou a sacudir a região central da Itália. Não houve mortos.

Dois meses antes, no fimroleta de emoçõesagosto, a mesma localidade já havia sido atingida por um tremor ligeiramente mais brando, mas com efeitos devastadores.

Cidades inteiras foram reduzidas a escombros e cercaroleta de emoções300 pessoas morreram.

"No terremoto do último domingo, estava dormindo quando tudo aconteceu. Senti a minha cama tremer. Liguei para a minha família para saber se estava tudo bem com eles. Como não foi tão grave, resolvi voltar a dormir", diz.

Precauções

Desde que decidiu sair do Brasil para morar na Itália, onde se casou com um italiano e teve dois filhos, Regina não só se habituou aos terremotos como passou a adotar precauções importantes.

Lidar com o "elemento surpresa"roleta de emoçõesum tremor se tornou, assim, parteroleta de emoçõessua rotina. Atualmente divorciada, ela mora sozinha no primeiro andarroleta de emoçõesuma casa a poucos metros da família.

"Adoro tomar banhos longos, mas tenho tempo cronometrado embaixo do chuveiro. Também sempre deixo uma mala pronta com artigosroleta de emoçõesprimeira necessidade, como uma trouxaroleta de emoçõesroupas, toalha e carregadorroleta de emoçõesbateria. Além disso, meu carro nunca está com o tanque com menos da metade", lista.

"Isso sem falar que minha mesaroleta de emoçõesjantar quase nunca está com as cadeiras alinhadas. Afinal, dependendo da gravidade da situação, proteger-me ali embaixo pode ser minha única alternativa para sobreviver", explica ela, acrescentando que uma das regras básicasroleta de emoçõescasoroleta de emoçõesterremoto é evitar escadas. "A estrutura costuma ser muito frágil e é uma das primeiras a cair".

"Não se trataroleta de emoçõesparanoia, mas cautela", conclui.

Regina diz ainda que recentemente baixou um aplicativo que monitora os tremores.

"É ótimo porque o app te avisa quando um tremor acontece", acrescenta.

Mala com itensroleta de emoçõesprimeira necessidade

Crédito, Arquivo pessoal/Regina Dutra

Legenda da foto, Regina mantém mala com itensroleta de emoçõesprimeira necessidade se tiverroleta de emoçõesabandonar casa durante terremoto

'Primeira vez'

A paulista ainda se lembraroleta de emoçõesquando enfrentou um terremoto pela primeira vez.

"Ainda era casada. Fiqueiroleta de emoçõespânico. Meu ex-marido me acalmou e disse que era muito comum", conta.

"O pior para mim, no entanto, foiroleta de emoções1997 quando tudo balançou tão forte que meu armário chegou a se deslocar 30 cm da parede", acrescenta.

Mas foiroleta de emoções2009 quando um dos mais devastadores terremotos atingiu a região central do país. O tremor,roleta de emoçõesmagnitude 6.3, devastou a comunaroleta de emoçõesL'Aquila, a 70 kmroleta de emoçõesonde Regina morava, deixando 309 mortos e pelo menos 1,5 mil feridos. Outras 65 mil pessoas ficaram desabrigadas.

"Foi muito triste. O país inteiro parou para assistir à tentativaroleta de emoçõesresgate dos sobreviventes".

Aplicativoroleta de emoçõesterremotos

Crédito, Arquivo pessoal/Regina Dutra

Legenda da foto, Aplicativo alerta Regina sobre potenciais terremotos

Histórico

Embora mais suscetível a terremotos do que outros países, é a primeira vez que a Itália sofre tremoresroleta de emoçõesgrande intensidade desde 2012.

Em maio daquele ano, dois abalos ─roleta de emoções5.8 e 6.1roleta de emoçõesmagnitude ─ atingiram o norte do país.

Oroleta de emoçõesmaior intensidaderoleta de emoçõesque se tem registro ocorreu no início do século passado,roleta de emoções1905, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos. Foi quando 557 pessoas morreram após um tremorroleta de emoções7.9roleta de emoçõesmagnitude atingir as comunasroleta de emoçõesMonteleone, Tropea e Nonte Poro.

Mas houve terremotos ainda muito mais fatais. Um deles foi registradoroleta de emoçõesNápoles,roleta de emoções1980, com um saldoroleta de emoções4.689 mortes.