Brexit: 4 meses após plebiscito, britânicos ainda não sabem como será a vida fora da União Europeia:freebet parimatch

Peçafreebet parimatchquebra-cabeça na bandeira da UE

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Legenda da foto, O Reino Unido busca um caminho para a traumática saída da União Europeia

freebet parimatch O Reino Unido surpreendeu o mundo ao decidir sair da União Europeia,freebet parimatchum plebiscito realizadofreebet parimatchjunho, mas passados quatro meses, muitas perguntas ainda permanecem sem reposta e pouco se sabe sobre como isso vaifreebet parimatchfato acontecer.

O resultado do plebiscitofreebet parimatch23freebet parimatchjunho revelou uma profunda divisão no país. O Brexit (palavra criada pela fusãofreebet parimatch"Britain" e "exit", ou saída da Grã-Bretanha) recebeu 51,9% dos votos contra 48,1% pela permanência na UE. O interior da Inglaterra e o Paísfreebet parimatchGales apoiaram majoritariamente a saída da UE, enquanto Londres, Escócia e Irlanda do Norte optaram pela permanência.

Desde então, o país se debate para tentar encontrar a melhor maneirafreebet parimatchse relacionar com seus vizinhos europeus. A economia e o controlefreebet parimatchfronteiras são os principais temas das discussões que têm rachado partidos políticos e dividido a sociedade britânica.

A hipótesefreebet parimatchanulação do plebiscito, defendida por muitos, se torna mais distante à medida que o tempo passa. A atual primeira-ministra britânica, Theresa May, anunciou que até março do ano que vem dará início ao processo formalfreebet parimatchnegociações para a retirada do país da União Europeia.

A BBC Brasil preparou um guia com perguntas e respostas que ajudam a explicar o que estáfreebet parimatchdiscussão e o que deve acontecer daqui para a frente.

Quais são as consequências mais imediatas do Brexit para o Reino Unido?

O Reino Unido perde acesso ao mercado único sem impostos nem tarifas comerciais, que é a base da economia europeia. No coração dele está o livre movimentofreebet parimatchbens, pessoas e capitais entre os países da UE.

Embora um país possa fazer parte do mercado único e não da UE, como a Noruega, isto dependefreebet parimatchacordos a serem assinados quando o processo formalfreebet parimatchsaída for iniciado. O que, segundo estimativas, pode ocorrer até 2019.

Além disso, países da UE poderiam vir a ser levados a "punir" o Reino Unido para desestimular outras nações do bloco que por ventura queiram seguir caminho semelhante.

Teresa Mayfreebet parimatchBruxelas

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Legenda da foto, A primeira-ministra Theresa May garante que o Reino Unido não vai mudarfreebet parimatchideia: "Brexit significa Brexit"

Quais são as consequências mais imediatas para a UE?

O consenso até o momento éfreebet parimatchque o mais afetado pela separação deve ser o Reino Unido. Mas analistas acreditam que também haverá consequênciasfreebet parimatchoutras partes da Europa.

Para a consultoria britânica Global Counsel, a UE se tornaria um parceiro comercial menos atraentefreebet parimatchnível mundial e perderia poder globalmente.

No entanto, isso poderia ser compensado por uma maior coesão dos países restantes, já que o Reino Unido é um dos membros do bloco que mais se opõem ao aprofundamento da integração europeia.

Vários países da UE dependemfreebet parimatchgrande parte da economia britânica. É o caso da França, que exporta boa parcela da produção agrícola para o outro lado do Canal da Mancha.

Os líderes da UE não sabem o quanto a saída britânica serviráfreebet parimatchincentivo para movimentos populistas e nacionalistas existentes nos países do bloco.

Mas todos têm o temor comumfreebet parimatchque um possível sucesso do Brexit seja o pontofreebet parimatchpartida que tornará real o pesadelo do fim da União Europeia.

O Reino Unido já está fora do bloco europeu?

Ainda não. O Reino Unido continua na União Europeia (UE) com acesso ao mercado único do bloco, com todos os privilégios e obrigações anteriores à votação.

Por enquanto, tudo continua como antes. As negociações para a saída do bloco só começam oficialmente quando a Grã-Bretanha acionar o Artigo 50 do Tratadofreebet parimatchLisboa, que estabelece um prazofreebet parimatchdois anos para a conclusão do processo e a saída do bloco.

A primeira-ministra Theresa May - sucessorafreebet parimatchDavid Cameron, que renunciou logo depois do resultado do referendo - prometeu acionar o Artigo 50 até o fimfreebet parimatchmarçofreebet parimatch2017, mas ainda enfrenta resistências políticas internas e até questionamentos legais.

O Brexit pode ser cancelado?

"Brexit significa Brexit", disse Theresa May quando tomou posse no dia 13freebet parimatchjulho, para indicar que, efetivamente, o Reino Unido não irá voltar atrásfreebet parimatchrelação à saída da UE. Mesmo sendo ela, como David Cameron, favorável a permanência do país na UE, May prometeu levar adiante o processofreebet parimatchseparação conforme decidido pelos britânicos.

Mas, há quem acredite que o resultado do plebiscito deva ser submetido ao Parlamento para só então passar a ter valor legal e institucional. No momento, a Justiça analisa recurso submetido pelo grupo People's Challenge (Desafio do Povo), liderado por uma investidora da City londrina, alegando que o governo não pode acionar o Artigo 50 sem que o tema seja revisto pelo Parlamento - que teria poderfreebet parimatchvetar a decisão do plebiscito.

O processo pode chegar à Câmara dos Lordes (a câmara alta do Parlamento britânico), majoritariamente contrária ao Brexit.

Em tese, os parlamentares poderiam bloquear a saída do bloco, mas analistas consideram que contrariar os eleitores seria um suicídio político, principalmente para o partido Conservador, atualmente no governo e com maioria no Parlamento.

Símbolo da libra num barquinhofreebet parimatchpapel

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Legenda da foto, A libra esterlina sofreu forte desvalorização desde o resultado do referendo. O valor da moeda atingiu o pior nível frente ao dólarfreebet parimatch31 anos

Qual o impacto do Brexit no dia a dia da economia do Reino Unido?

Antes do referendo, vários economistas previam um impacto imediato e importante na economia do Reino Unido e na confiança do consumidor. Até agora essas previsões não se tornaram realidade.

O setorfreebet parimatchserviços cresceu 0,4%freebet parimatchjulho, bem mais do que se esperava. Isso mostraria que os consumidores continuaram gastando normalmente depois da votação.

Mas houve uma redução da confiança entre os pequenos empresários. Uma pesquisa da federação britânica das Pequenas Empresas mostrou, pela primeira vezfreebet parimatchquatro anos, pessimismo quanto ao futuro pós Brexit.

A inflação aumentou para 0,6%freebet parimatchjulho e se manteve assimfreebet parimatchagosto. O Serviço Nacionalfreebet parimatchEstatísticas afirma que há poucos sinaisfreebet parimatchque isso vá se refletir nos preços ao consumidor.

Além disso, o valor da libra esterlina caiu quase 20% desde o fimfreebet parimatchjunho. A moeda sofreu a maior desvalorização diáriafreebet parimatchtrês anos diante do euro depois que Theresa May prometeu, no iníciofreebet parimatchoutubro, começar o processo formalfreebet parimatchBrexitfreebet parimatchmarçofreebet parimatch2017.

A alteração mais visível foi o enfraquecimento da libra perante o euro e o dólar. Atualmente, uma libra está cotada a US$1,20 e nas casasfreebet parimatchcâmbiofreebet parimatchaeroportos e pontos turísticos, um euro já vale mais do que uma libra.

A queda da libra é boa para os exportadores, mas torna as viagens ao exterior mais caras para os britânicos. Também aumenta o preço da importaçãofreebet parimatchmanufaturados, por exemplo.

Nesse sentido, o enfraquecimento da moeda foi agravado também pelo corte dos juros realizadofreebet parimatchjulho pelo Bank of England, o banco central britânico,freebet parimatch0,5% para 0,25%.

Hard Brexit x Soft Brexit

A União Europeia é o mercado comercial mais importante para a Grã-Bretanha, recebendofreebet parimatch2015, US$ 220 bilhõesfreebet parimatchexportações britânicas. Por outro lado, o país importou dos vizinhos europeus no ano passado US$ 290 bilhões (números do UK Trade Department, o Departamentofreebet parimatchComércio do Reino Unido).

No momento, a primeira-ministra Theresa May tenta garantir junto a União Europeia o chamado "soft Brexit" a saída negociada com a manutenção do acesso privilegiado ao mercado comum, com direito a tarifas preferenciais que facilitam e estimulam o comércio, da mesma forma que possuem Noruega e Suíça, países que não pertencem ao bloco comum europeu.

Mas ainda não estão claras que concessões os europeus vão exigir dos britânicos.

A alternativa, apelidadafreebet parimatch"hard Brexit" seria a retirada completa da União Europeia, tirando da Grã-Bretanha os privilégios econômicos, o que tornaria o país um parceiro comercial comum, sujeito a taxas mais altas e condições mais árduas.

Com o partido governista dividido entre os que defendem um ou outro caminho, a primeira-ministra já sinalizou quefreebet parimatchpreferência é pelo "soft Brexit", a saída amplamente negociada com a manutençãofreebet parimatchprivilégios.

Imigração e livre circulaçãofreebet parimatcheuropeus

Junto com a economia, a questãofreebet parimatchcontrolefreebet parimatchfronteiras é, sem dúvida, o ponto mais importante da saída da Grã-Bretanha da União Europeia. E até o momento existem muito mais perguntas e dúvidas do que respostas e soluções para a questão.

Estima-se que cercafreebet parimatch3,3 milhõesfreebet parimatchcidadãos europeus vivam na Grã-Bretanha, e algofreebet parimatchtornofreebet parimatch1,2 milhãofreebet parimatchbritânicos estariam vivendofreebet parimatchoutros países da União Europeia. Até o momento, membrosfreebet parimatchambos os contingentes desfrutamfreebet parimatchplena liberdadefreebet parimatchmovimento entre os 28 países do bloco, tendo assegurado o direitofreebet parimatchtrabalho, onde quer que decidam permanecer.

Por estarem no centro da decisão tomada pelos que votaram pela saída da UE, o tema da imigração e a questão do emprego são talvez as mais complexasfreebet parimatchserem resolvidas. Pelo custo político evidente, nenhuma solução avaliada até então parece resolver inteiramente as difíceis questões que se apresentam.

Os cidadãos europeus radicados na Grã-Bretanha perderão direitosfreebet parimatchresidência e trabalho? Em contrapartida o que acontecerá com os britânicos que vivem na Europa?

Até o momento estas questões continuam sem resposta, ou mesmo uma indicaçãofreebet parimatchque rumo tomarão as negociações nesse sentido.

Manifestação e cartaz contra Cameron

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Legenda da foto, Pressionado, David Cameron propôs a consulta popular que acabou por levá-lo a deixar o cargofreebet parimatchprimeiro-ministro

Por que o Reino Unido fez o plebiscito?

Pressionado internamente por membrosfreebet parimatchseu partido, e externamente pelo crescimentofreebet parimatchum sentimento nacionalista no país, o então primeiro-ministro David Cameron prometeu realizar o plebiscito se o partido Conservador vencesse as eleições parlamentaresfreebet parimatch2015, garantindofreebet parimatchpermanência.

Cameron acreditava que o voto pela permanência na Europa, defendido por ele, seria vencedor e com isso derrotaria seus adversários, consolidando e fortalecendofreebet parimatchliderança.

A derrota inesperada lhe custou o cargo. Após a confirmação do resultado, David Cameron renunciou a liderança do Partido Conservador efreebet parimatchconsequência ao cargofreebet parimatchprimeiro-ministro.

Muitos dos chamados eurocéticos argumentavam que a UE tinha crescido demais nas últimas décadas, exercendo cada vez mais controle sobre a vida cotidiana dos britânicos.

As pressões aumentaram com o crescimento eleitoral do partido nacionalista Ukip, defensor da saída da UE.

Mas as origens da oposição britânica à UE remontam a tensões históricas com os vizinhos no continente. O Reino Unido, segundo historiadores, nunca abraçou uma identidade europeia como a Alemanha ou a França.

Entre novas e velhas tensões, as mais visíveis são a defesa da soberania nacional, o orgulho pela identidade britânica, a desconfiança com a burocraciafreebet parimatchBruxelas, o controlefreebet parimatchfronteiras e as questõesfreebet parimatchsegurança interna e defesa.

União Europeia (UE)

É a união econômica e políticafreebet parimatch28 países. As origens remontam à Comunidade Econômica Europeia (CEE), criadafreebet parimatch1957.

O Reino Unido aderiu à CEEfreebet parimatch1973 e, dois anos depois, após renegociar suas condições, realizou um plebiscito sobre afreebet parimatchpermanência.

A integração foi aprovada por 67% dos eleitores. Na época, o Reino Unido sofria com o declínio industrial, inflação e greves trabalhistas. O projeto europeu era visto como benéfico para a economia.

Mas,freebet parimatch1985, quando foi criada a áreafreebet parimatchSchengen, que estabelece uma fronteira comum, o Reino Unido optou por manter-se à margem continuando a estabelecer afreebet parimatchprópria politicafreebet parimatchimigração.

Apesarfreebet parimatchintegrar desde 1993 o mercado único e a livre circulaçãofreebet parimatchbens e pessoas, o Reino Unido não adotou o euro e mantevefreebet parimatchprópria moeda, a libra esterlina.

City vista por trásfreebet parimatchgrades

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Legenda da foto, Mais importante mercado financeiro da Europa, a City londrina acompanha o processofreebet parimatchBrexit com preocupação

Como é a relação entre a UE e o Reino Unido?

Historicamente o país mantém com a UE uma relação delicada,freebet parimatchque centralização e controle nacional estãofreebet parimatchconstante oposição.

O tema econômico também sempre foi central nessa relação. Um dos argumentos pela separação é ofreebet parimatchque a economia britânica atual é muito mais criativa e dinâmica que a dos anos 1970. E estas duas características seriam prejudicadas pela burocraciafreebet parimatchBruxelas.

Os britânicos não adotaram a moeda única europeia por não admitirem interferência externa emfreebet parimatchpolítica monetária. Mesmo sem integrar a zona do euro, a Grã-Bretanha obteve proteções para a City londrina - o mais importante mercado financeiro da Europa - e ganhou o direitofreebet parimatchdeterminarfreebet parimatchprópria políticafreebet parimatchimigração e limitar os benefícios que imigrantes europeus podem obter no país.

Quem critica a saída da UE?

Os partidos Trabalhista, Liberal Democrata, Nacionalista Escocês (SNP), e o galês Plaid Dymru.

Entre os líderes estrangeiros, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, foi um dos críticos e acabou sendo acusadofreebet parimatchingerência pelos britânicos.

França e Alemanha, assim como organizações multilaterais - como o Fundo Monetário Internacional (FMI) - também preferiam que o Reino Unido permanecesse no bloco.

Tusk acena para a câmera

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Legenda da foto, O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, endureceu o discurso: não existe saída suave para o Reino Unido

Quem defende o Brexit?

O defensorfreebet parimatchprimeira hora foi o partido nacionalista Ukip, que obteve 13% dos votos nas últimas eleições mas tem representação diminuta no Parlamento devido ao sistema eleitoral britânico. O ex-líder Nigel Farage mostrou-se incansável na promoçãofreebet parimatchum discurso racista e xenófobo.

Metade dos parlamentares conservadores apoiou o Brexit. Alguns trabalhistas também, descontentes com as políticasfreebet parimatchausteridade e liberalismo econômico do bloco.

Durante a campanha que antecedeu o plebiscito, os defensores da saída propagaram o discurso sobre a retomada da soberania do Reino Unido, que consideravam perdida para a UE.

O candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, disse que o Reino Unido estará melhor fora da UE, e lamentou os efeitos da imigração na Europa. Foi a vezfreebet parimatchTrump ser atacado porfreebet parimatchingerência na crise britânica.

Bandeira da UE estilizada

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Legenda da foto, O bloco europeu teme que a saída do Reino Unido sirvafreebet parimatchincentivo para movimentos nacionalistas e coloquefreebet parimatchxeque afreebet parimatchcoesão