Por que a Colômbia disse 'não' ao acordomelhor jogo apostapaz com as Farc:melhor jogo aposta
A campanha pelo "Sim" tinha o apoiomelhor jogo apostaSantos emelhor jogo apostauma sériemelhor jogo apostapolíticos dentro e fora da Colômbia, incluindo o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. Os partidários do "Não" eram liderados pelo ex-presidente colombiano Álvaro Uribe.
Abstenção nas alturas
Mas o acordomelhor jogo apostapaz parecia contar com mais entusiasmo internacional do que entre os próprios colombianos. A taxamelhor jogo apostaabstenção na consulta foi a mais altamelhor jogo apostadécadas: 63%.
Eleitores ouvidos pela BBC Mundo, o serviçomelhor jogo apostaespanhol da BBC, indicaram que as feridas abertas pelo conflito com as Farc continuam latentes. Durante todo o processomelhor jogo apostapaz falou-se muitomelhor jogo apostaperdão, mas perdoar 50 anosmelhor jogo apostaagressões e violência não é fácil, afirmaram.
A contadora Mercedes Castañeda, que moramelhor jogo apostaBogotá, é uma das que acreditam que "não" significou "a vitória da Justiça".
"A verdade triunfou, porque havia manipulação nos acordos. Nós não queremos que as Farc tenham um espaço político que não merecem", disse Castañeda.
Para Castañeda, a guerrilha forjou seu caminho "com sequestros, assassinatos e narcotráfico". " A Colômbia não se esqueceu".
Já para a professora universítária e jornalista Ana Cristina Restrepo, a oposição ao acordo é fruto do medo - "o grande eleitor na Colômbia".
"Não fomos capazesmelhor jogo apostadar esse passo. Voltamos ao mesmo pontomelhor jogo aposta1982, quando se começou a negociar com as Farc", disse ela.
Pontosmelhor jogo apostadivisão
No plebiscitomelhor jogo apostadomingo, os colombianos tiverammelhor jogo apostaresponder à seguinte pergunta: "Você apoia o acordo final para o fim do conflito e a construçãomelhor jogo apostauma paz estável e duradoura?"
Não era uma simples decisão sobre um cessar-fogo.
O pacto elaboradomelhor jogo apostaHavana se materializoumelhor jogo apostaum documentomelhor jogo aposta297 páginas contendo vários pontos que dividiram a opinião pública e os políticos colombianos.
Uma das partes mais questionadas do acordo foi a garantia dada ao partido político no qual as Farc se transformariam: eles receberiam cinco cadeiras no Senado e cinco na Câmara nos dois ciclos legislativos seguintes.
Outras objeções foram feitas à propostamelhor jogo apostaque os culpadosmelhor jogo apostacrimesmelhor jogo apostaguerra ou contra a humanidade - tanto das Farc como das forças do Estado - não fossem presos.
Mas o resultado do referendo não significa que os colombianos querem que a guerra continue.
"O não no referendo não é um não à paz, não se pode considerar assim. É preciso fazer uma somatória que permita que o fim do conflito tenha um maior respaldo", disse à BBC Mundo Victor G. Ricardo, que fez parte das negociações do governo com as Farc durante o governomelhor jogo apostaAndrés Pastrana (1998-2002).
Surpresa? Nem tanto
O burburinho sobre o "fim da guerra", criado após o presidente Santos assinar o acordomelhor jogo apostapazmelhor jogo apostaCartagena na semana passada, fez muitos analistas acreditarem que o "sim" venceria facilmente no domingo. As pequisasmelhor jogo apostaopinião pintavam cenário semelhante.
A jornalista Ana Cristina Restrepo disse que não se surpreeende com a vitória do não".
Segundo ela, um dos maiores críticos do acordo firmado por Santos, o ex-presidente Álvaro Uribe, soube exercermelhor jogo apostainfluênciamelhor jogo apostadeterminadas regiões do país, como o departamento (estado)melhor jogo apostaAntioquia.
Além disso, enquanto o conflito se desenrola principalmente nas zonas rurais, a maioria dos eleitores está nas cidades.
Apesarmelhor jogo apostagrande parte dos colombianos afirmar querer a paz, eles ainda não estãomelhor jogo apostaacordo sobre como conseguí-la.
Antes da votação, o presidente Santos havia dito que não havia "plano B" para o fim do conflito. Porém, disse que o cessar-fogo com as Farc permanece. Segundo o presidente, enviados do governo vão negociar com as Farc possíveis próximos passos e continuará buscando a paz durante seu mandato.
O líder rebelde, Timochenko, disse que as Farc continuam dispostas a encerrar o conflito.