Países vizinhos esperam reação da economia brasileira para aliviar desconfiança com Temer:casa de apostas palpites
A Argentina tem no Brasil o principal destinocasa de apostas palpitessuas exportações, e a Bolívia exporta seu principal produto ─ o gás ─ ao país, e está prestes a negociar um novo acordo para venda do produto, lembra o analista econômico Javier Gomez, do Centrocasa de apostas palpitesEstudos para o Desenvolvimento Trabalhista e Agrário,casa de apostas palpitesLa Paz.
No caso argentino, a polarização verificada no Brasil se projeta no cenário político local. O kirchnerismo, grupo político que governou o paíscasa de apostas palpites2003 a 2015, critica Temer como "golpista", lembra Andrés Kozel, professorcasa de apostas palpitesCiência Política da Universidadecasa de apostas palpitesSan Martín.
Recentemente, Nestor Pitrola, deputado do partido esquerdista Polo Obrero, disse no plenário do Congresso argentino que Temer é um político "muito impopular" que fará "um ajuste contra os trabalhadores".
Incógnita
Para a maioria da população argentina, contudo, Temer ainda é uma "incógnita", afirma o economista Dante Sica, da consultoria ABECEB.
"Até o momento, o que vemos é uma indefinição. Ele (Temer) também tem envolvimentocasa de apostas palpitessuspeitascasa de apostas palpitescorrupção. Mas é fundamental saber como a economia brasileira reagirá para vermos os efeitos no Brasil, Argentina e região", disse.
Em 2016, segundo estimativa da Cepal (Comissão Econômica para América Latina e Caribe), o PIB da Argentina deverá cair 1,5% - e o do Brasil, 3,5%.
Ex-presidente da União Industrial Argentina, o deputado federal José Ignaciocasa de apostas palpitesMendiguren, opositor do governo Mauricio Macri, afirmou que o "principal" para a Argentina, independentemente da luta política, é que o Brasil se recupere economicamente.
"Nossa dependência é muito grande. Quando o Brasil vai mal, vamos mal também. E pior: o Brasil tenta aumentar exportações para nosso mercado quando não está bem. O melhor é que o Brasil se recupere logo", disse o parlamentar, que defende interesses dos exportadores argentinos.
O presidente da Fiat na Argentina, Cristiano Rattazzi, disse que o ideal, "seja qual for o presidente", é que o Brasil volte a crescer e "abracasa de apostas palpiteseconomia" ─ para ele, uma das "mais fechadas no mundo".
O peruano Carlos Aquino, professorcasa de apostas palpiteseconomia internacional da Universidadecasa de apostas palpitesSan Marcos, lembra que o governo Temer já mostrou que se afastarácasa de apostas palpitesantigos aliados políticos do Brasil, como a gestãocasa de apostas palpitesNicolás Maduro na Venezuela. A expectativa maior no Peru, porém, segundo ele, é que Temer "faça algo para reativar a economia".
Aquino diz que a nova gestão é vista como um governocasa de apostas palpitestransição,casa de apostas palpitesmeio a um sistema político que demonstra "precariedade" com representantes que mudamcasa de apostas palpiteslado por "interesses pessoais.
Juan Pablo Lohlé, ex-embaixador da Argentina no Brasil, afirmou que a visitacasa de apostas palpitesTemer a Buenos Airescasa de apostas palpitesoutubro será um gesto importante para a Argentina. Disse esperar que o peemedebista "cumpra o processo institucionalcasa de apostas palpitesterminar o mandato com plenos poderescasa de apostas palpites2018".
Laços fracos
O professorcasa de apostas palpitesCiência Política da Universidade Autônoma do Chile Ricardo Israel lembra que Temer ainda precisa construir "laços" com líderes do país andino, algo que os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva e inclusive Dilma Rousseff fizeram.
O presidente brasileiro é visto no Chile, diz Israel, como "um político experiente, mas sem carisma e voo internacional".
"Será a economia que irá legitimar ou afundar Temer, mas antes disso é preciso ver como ficará a situação política e judicial dos casoscasa de apostas palpitescorrupção que estãocasa de apostas palpitespleno processo, depois da destituiçãocasa de apostas palpites(Eduardo) Cunha", disse.
Temer tem sido citadocasa de apostas palpitesartigoscasa de apostas palpitesopinião na imprensa uruguaia e observado com atenção especial na Bolívia, onde foi alvocasa de apostas palpitescríticas duras do presidente Evo Morales.
"Evo aproveitou a saídacasa de apostas palpitesDilma para encontrar um novo inimigo externo (Temer) e distrair (a população) dos problemas internos", disse o analista boliviano Javier Gomez.
Para Gomez, porém, a política deverá abrir espaço ao pragmatismo econômico pois a Bolívia depende da exportaçãocasa de apostas palpitesgás ao Brasil.
"O governo sabe que a relação comercial com o Brasil é mais importante e terá que negociar com Temer o novo contrato do gás", afirmou, por e-mail.
Cautela
No Uruguai, país onde o Brasil costuma ser descrito como "gigante do norte", a cúpula da coalizão governista Frente Amplio declarou na semana passada que o governocasa de apostas palpitesTemer é "ilegítimo".
Alguns integrantes da frente, porém, não assinaram a declaração, sob justificativacasa de apostas palpitesque a posse teve respaldo constitucional.
Em comunicado divulgado após a quedacasa de apostas palpitesDilma, a Presidência do Uruguai afirmou que "apesar da legalidade argumentada o governo uruguaio considera uma profunda injustiça a destituição (de Dilma)".
Horas depois da divulgação, no entanto, o ministro das Relações Exteriores do Uruguai, Rodolgo Nin Novoa, afirmou a uma rádio local que o Uruguai "reconhece o governo do presidente Michel Temer e não questionacasa de apostas palpitesautoridade".
"Para nós é uma situação muito difícil. Porque mesmo sendo contra a possecasa de apostas palpitesTemer não podemos romper com o governo brasileiro. Isso é impossível. Seria dar um tiro no pé. Somos 'muy chiquititos' (pequenos)", disse um parlamentar governista, sob condiçãocasa de apostas palpitesanonimato.