Em 1ª cúpula sem Reino Unido, UE discute imigração, nacionalismos e riscobetfinal bonusfragmentação:betfinal bonus
É cada vez mais palpável a desilusão dos europeus com a incapacidade do blocobetfinal bonussuperar uma crise econômica que se arrasta desde 2008,betfinal bonuscontrolar o maior fluxo migratório desde a 2ª Guerra Mundial ebetfinal bonusevitar atentados terroristas.
"As pessoas estão preocupadas com o que percebem como faltabetfinal bonuscontrole e medos relacionados a imigração, terrorismo e globalização", observou recentemente o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk.
Riscosbetfinal bonusimplosão
A palavrabetfinal bonusordem é "retomar o controle político do futuro comum", insistiu Tusk durante as duas últimas semanas, quando percorreu as capitais europeias explicando as linhas gerais da reforma que planeja para o projeto europeu.
"Toda a Europa espera que a UE, depois (da cúpula)betfinal bonusBratislava, seja outra vez uma garantiabetfinal bonusestabilidade, segurança e proteção no sentido mais amplo, incluindo tanto a proteção social como econômica", disse Tusk na semana passada,betfinal bonusEstocolmo (Suécia).
O momento é crítico para os países mais importantes do bloco.
Em vários países, o ceticismobetfinal bonusrelação à UE foi reforçado após a aprovaçãobetfinal bonusplebiscito,betfinal bonusjunho deste ano, da saída do Reino Unido do bloco comum. As negociações da separação só devem começar no ano que vem, se dependerbetfinal bonusTheresa May, e levará anos para se concretizar.
Mas políticos eurocéticosbetfinal bonustodo o continente já estãobetfinal bonusolho para descobrir o quão amigável será a separação e que vantagens - se é que haverá alguma - May conseguirá obter na saída. O raciocínio é que uma resposta branda demais da UE seria um incentivo para outros países se separarem.
Além disso, Alemanha, França e Holanda realizam eleições geraisbetfinal bonus2017 com partidos eurocéticos e acusadosbetfinal bonusxenofobia bem avaliados nas pesquisasbetfinal bonusopinião.
O partidobetfinal bonusextrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD) já conseguiu neste ano seus melhores resultados históricos nas últimas eleições regionais no país.
Na Áustria, o FPÖ, tambémbetfinal bonusextrema direita, é o favorito nas eleições presidenciais do próximo 2betfinal bonusoutubro.
Já na Itália, onde o partidobetfinal bonusextrema esquerda Movimento 5 Stelle (M5S) conquistou recentemente a prefeiturabetfinal bonusRoma, o governobetfinal bonuscentro esquerdabetfinal bonusMatteo Renzi será posto à provabetfinal bonusum plesbiscito sobre uma reforma constitucional que diminui os poderes do Senado.
"Os cidadãos sentem que estão sendo ignorados pelos políticos e que seus verdadeiros problemas não estão sendo levadosbetfinal bonusconta", explicou à BBC Brasil Fabian Zuleeg, presidente executivo do centrobetfinal bonusestudos European Police Center, sediadobetfinal bonusBruxelas, na Bélgica.
Imigração divisiva
Tusk pretende concluir a cúpulabetfinal bonusBratislava com uma declaração comum esclarecendo o caminho que o bloco pretende seguir e reiterando a união dos 27 países que vão permanecer na UE depois da saída britânica.
Mas as discussões poderão revelar mais um abismo entre dois novos blocos:betfinal bonusum lado os países do Mediterrâneo (França, Grécia, Itália, Portugal, Malta e Chipre);betfinal bonusoutro, as antigas repúblicas soviéticas que integram o chamado Grupobetfinal bonusVisegrado (Hungria, Polônia, República Tcheca e Eslováquia).
Reunidobetfinal bonusAtenas na semana passada, o primeiro grupo pediu que a cúpulabetfinal bonusBratislava abra caminho para "uma Europa diferente", com menos austeridade e mais políticasbetfinal bonuscrescimento, incluindo uma extensão do atual plano europeubetfinal bonusinvestimentosbetfinal bonusinfraestruturas.
Principais vítimas tanto da crise econômica comobetfinal bonusrefugiados, os países do sul devem pressionar por uma abordagem mais "humana" da imigração clandestina. Essa é a principal preocupaçãobetfinal bonus48% dos europeus atualmente, segundo um órgão do institutobetfinal bonusestatísticas da UE (Eurostat).
O grupo mediterrâneo insiste no sistemabetfinal bonusredistribuiçãobetfinal bonusrefugiados entre os países europeus, adotado por maioria, mas ignorado pelo Grupobetfinal bonusVisegrado, para quem assuntos como esse são problemasbetfinal bonusinteresse nacional e devem ficar longe da influênciabetfinal bonusBruxelas.
Bloco do leste
Governados por grupos ultraconservadores, os países do leste prometem apresentarbetfinal bonusBratislava uma proposta para devolver competências aos governos nacionais, ainda que isso exija reeditar os tratados europeus.
"Queremos que os parlamentos nacionais tenham mais peso, que a Comissão Europeia (CE) deixebetfinal bonusfazer política,betfinal bonusse intrometerbetfinal bonusassuntos internos dos países membros. Vamos propor um debate para reformar os tratados europeus", antecipou a premiê da Polônia, Beata Szydlo, na última sexta-feira.
Já o primeiro-ministro húngaro, Víktor Orban, elencou fatores como imigração, nacionalismo e "Brexit" para sintetizar o espíritobetfinal bonusinsurgência que desafia os líderes dirigentes da União Europeia.
Para Orban, a separação britânica "oferece uma grande oportunidade para uma contra-revolução" contra os poderes do Executivo europeu e as ideias impostas por Alemanha.
"Devemos afirmar que os valores nacionais e religiosos são importantes e devemos defendê-los", afirmou, depoisbetfinal bonusum encontro bilateral com Szydlo.
"Os britânicos disseram que querem ser britânicos. Enquanto isso, a elite europeia estava acreditando que é necessário suprimir nossas identidades nacionais. Os imigrantes podem deslocar os habitantes originários da Europa."
Polônia e Hungria receberam, nos últimos meses, reiteradas advertências da CE devido a reformas que, segundo o Executivo europeu, colocariambetfinal bonusrisco a democracia.
Segurança
O único pontobetfinal bonuscomum parece ser a segurança.
Há consensobetfinal bonustorno da necessidadebetfinal bonuscontrolar os documentosbetfinal bonustodos os viajantes que cruzem as fronteiras externas da UE ebetfinal bonusintensificar as expulsões e proibiçõesbetfinal bonusentrar no bloco para extrangeiros considerados como radicais.
Alemanha e França também pedirão a criaçãobetfinal bonusum 'quartel-general' europeu para coordenar cooperação militar, assistência médica e intercâmbiobetfinal bonusdados entre os exércitos nacionais, alémbetfinal bonusum orçamento comum para a pesquisa militar e compras conjuntasbetfinal bonusequipamentos.
"Em um contextobetfinal bonusdeterioração da segurança, é mais que horabetfinal bonusreforçar nossa solidariedade e as capacidadesbetfinal bonusdefesa da UE", defenderam as duas principais potências do blocobetfinal bonusuma carta enviada esta semana aos demais países.
A ideia conta com o apoio do Grupobetfinal bonusVisegrado e da líder da diplomacia da UE, Federic Mogherini, que já prometeu apresentar ainda este ano um projeto concreto nessa linha.