A ativista colombiana estuprada por denunciar estupro:novibet casino bônus

Maria

Crédito, Eugenia Rodriguez Peria

Legenda da foto, Maria trabalhava com direitosnovibet casino bônusmulheres

Como 1novibet casino bônuscada 10 colombianos, ela virou uma refugiadanovibet casino bônusseu próprio país. Quase 7 milhõesnovibet casino bônuspessoas foram deslocadas e maisnovibet casino bônus220 mil mortas desde 1964, quando as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) passaram a pegarnovibet casino bônusarmas contra o Estado para pedir igualdade social e reforma agrária.

E embora as Farc tenham assinado o acordonovibet casino bônuspaz, outros grupos armados, incluindo paramilitaresnovibet casino bônusdireita, ainda aterrorizam partes do país.

O mercadonovibet casino bônusQuibdo

Crédito, Eugenia Rodriguez Peria

Legenda da foto, Maria sente saudades e sonhanovibet casino bônusvoltar para casa,novibet casino bônusQuibdo

Há seis anos, Maria moravanovibet casino bônusQuidbo, capital do departamentonovibet casino bônusChoco, um dos mais pobres do país.

Maria era lídernovibet casino bônusuma grupo feminino chamado AfroMuPaz, que dava apoio a famílias deslocadas pelo conflito.

Ela também era uma ativista contra o recrutamentonovibet casino bônuscrianças-soldado e denunciava grupos armados por abusos sexuais cometidos contra mulheres e meninas.

A região, que é cortada por rios e tem fronteira tanto com as costas do Pacífico quanto do Caribe, é alvonovibet casino bônusdisputa entre grupo armados que lutam pelo controle das rotasnovibet casino bônustráfico e acesso a minasnovibet casino bônusouro ilegais.

Esses grupos abusavamnovibet casino bônusmulheres, e o AfroMuPaz foi um dos poucos a denunciar os crimes.

Em julhonovibet casino bônus2010, um homem disse a Maria que queria doar roupas e sapatosnovibet casino bônuscrianças para o grupo. Ele se ofereceu para levá-la para outro bairro e buscar as coisas.

'Entrei no caminhão dele sem suspeitarnovibet casino bônusnada", diz ela. "Mas quando ele começou a dirigir me senti inquieta e perguntei onde estava a doação. Aí alguém apontou uma arma para a minha cabeça e colocou um capuznovibet casino bônusmim."

Barcosnovibet casino bônusQuibdo

Crédito, Eugenia Rodriguez Peria

Legenda da foto, Região é disputada por traficantes

Maria foi levada para a selva e, quando tiraram seu capuz, ela viu que estava cercada por homens armados e, para seu horror, viu um soldado saindonovibet casino bônusuma cabana com a filha dela, Camila,novibet casino bônus13 anos.

Camila havia sido enganada por uma integrante do grupo paramilitar Los Rastrojos. A mulher havia dito à menina que eles iriam encontrarnovibet casino bônusmãe. "Mas fomos sequestradas, as duas", diz Maria.

Oficialmente, essas milíciasnovibet casino bônusdireita não existem mais. Elas foram desmobilizadas há uma década, mas muitas ressurgiram ou viraram grupos criminosos.

Originalmente sob um grupo "guarda-chuva", o AUC (Autodefensas Unidasnovibet casino bônusColombia), as milícias eram financiadas por donosnovibet casino bônusterra e traficantes que queria proteção contra sequestros e extorsões feitas pelas guerrilhasnovibet casino bônusesquerda.

Ao cair da noite, a adolescente foi levada, e Maria foi amarrada a uma árvore com três homensnovibet casino bônusguarda. Ela ficou cobertanovibet casino bônussangue devido a golpes que recebeu na cabeça.

"Primeiro achei que eles iam me matar", diz. "Mas aí um deles me disse que eles iam me punir por falar demais. Começaram a me mostrar suas genitais e percebi o que fariam. Comecei a gritar: Ok, façam o que vocês quiserem, mas por favor não toquem na minha filha. Não toquem na minha filha!"

Maria foi estuprada repetidas vezes por cinco homens, durante cinco dias. Uma hora ela desmaiou - e quando acordou estavanovibet casino bônusum hospitalnovibet casino bônusQuidbo. Ela havia sido encontrada no acostamentonovibet casino bônusuma estrada apósnovibet casino bônusfilha mais velha dar o alerta e pessoas começarem a procurar por ela.

Camila, a filha mais novanovibet casino bônusMaria, havia sido devolvida para a casa da família, muito traumatizada mas sem lesões físicas. "Eles disseram que se ela falasse alguma coisa sobre o que havia acontecido eles me matariam", conta Maria. "Então ela parounovibet casino bônusfalar. Por muito tempo, só dizia 'sim' e 'não' e chorava quase todo dia."

Vítimanovibet casino bônusconflito na Colômbia

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, O conflito já dura maisnovibet casino bônus50 anos

Maria se recuperou gradualmente e seis meses depois voltou ao seu trabalho no AfroMuPaz. Mas, certo dia, um membro do mesmo grupo armado foi anovibet casino bônuscasa e disse que ela tinha 48 horas para deixar a cidade.

Maria foi para a capital, Bogotá, onde as autoridades lhe cederam um colete à provanovibet casino bônusbalas, um celular e dinheiro mensal para táxis, já que ela foi aconselhada a não usar transporte público. Meses depois, seus filhos se juntaram a ela.

Segundo Hector Fabio Henao, bispo que teve papel importante nas negociações entre as Farc e o governo colombiano, grupos armados estão cada vez mais perseguindo pessoas como Maria, que fazem denúncias contra eles ou defendem causas que entramnovibet casino bônusconflito com seus interesses.

Em um períodonovibet casino bônusquatro semanas neste ano, 13 ativistasnovibet casino bônusdireitos humanos,novibet casino bônusmeio ambiente e líderes comunitáriosnovibet casino bônusaldeias indígenas foram mortos, diz ele.

No ano passado, um era morto a cada cinco dias. Acredita-se que os assassinos sejam membrosnovibet casino bônusgrupos paramilitares, gangues e o Exércitonovibet casino bônusLibertação Nacional (guerrilhanovibet casino bônusesquerda que, ao contrário das Farc, não aderiram ao cessar-fogo).

O governo e as Farc concordaramnovibet casino bônuscriar um tribunal especial para investigar e punir violaçõesnovibet casino bônusdireitos humanos cometidas nos últimos 50 anos. Eles prometeram que autoresnovibet casino bônuscrimesnovibet casino bônusviolência sexual, incluindo estupro, não serão anistiados.

ELN

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Legenda da foto, Grupos como o ELN não aderiram ao cessar-fogo

Mas Maria ainda não está confiantenovibet casino bônusque será seguro testemunhar, já que ela e outras mulheres foram vítimas exatamente por denunciar abusos.

A filhanovibet casino bônusMaria, Camila, hoje estuda Direito e está otimista sobre a força da lei. Ela diz que quer ser política - "mas das boas, não corrupta".

Maria teve mais dificuldadenovibet casino bônusse adaptar à vidanovibet casino bônusBogotá do que suas filhas. Ela tem saudades da mãe, dos amigos e do sentido que o antigo emprego dava anovibet casino bônusvida. Mas trabalhar como profissionalnovibet casino bônussaúde levantanovibet casino bônusmoral e ajuda a diminuir "a raiva e o ódio" dentro dela.

"Não posso mudar o que aconteceu comigo", diz ela. "Não posso esquecer porque meu corpo me lembra disso todos os dias."

Mas ela pensanovibet casino bônusperdão e tenta imaginar como seria vivernovibet casino bônusum paísnovibet casino bônuspaz. Também sonhanovibet casino bônusvoltar para Quibdo.

"Quando isso vai acontecer?", questiona. "Queria voltar amanhã, mas não sei quando será possível."