Com crianças e pais na cozinha, educadora cria estratégia simples contra obesidade infantil:blaze investimentos

Menino comendo cenoura

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Legenda da foto, Crianças têm acompanhamento psicológico e nutricional para conseguirem emagrecer

"O que mais vejo aqui são famílias com informações malucas, dietas milagrosas. O graublaze investimentosdesinformação é total. Atendemos uma meninablaze investimentos5 anos que comia bolacha e tomava refrigerante no café da manhã. Uma outra, que também se alimenta mal, pesa 40 quilos e tem apenas 3 anos", conta Barbosa.

"Para lidar com isso, a fórmula é simples: a família precisa estar envolvida. Essa é uma das nossas principais premissas aqui. Fora isso, precisamos atacarblaze investimentosoutras três frentes: reeducação alimentar, muita atividade física e acompanhamento psicológico. Tudo isso com informações simples e diretas."

Mão na massa e mães sobrecarregadas

A ONG, que foi criadablaze investimentos2004 e tem sede no bairroblaze investimentosArtur Alvim, zona lesteblaze investimentosSão Paulo, recebe crianças e adolescentesblaze investimentostoda a região, por iniciativa dos pais ou por encaminhamentoblaze investimentoscentrosblaze investimentossaúde.

Para entrarem no projeto, as crianças precisam ir duas vezes por semana ao Movere, para colocar a mão na massa e aprenderem receitas saudáveis, e também para se exercitarem. Os pais também são obrigados a comparecer ao menos uma vez por semana.

Crianças se pesando

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Legenda da foto, Para presidente da ONG, participação dos pais é fundamental para crianças conseguirem a mudar hábitos alimentares

"Sem a participação dos pais, nada funciona. Não adianta. Muitas escolas não colaboramblaze investimentosnada, muito pelo contrário. Temos mães sobrecarregadas, muitas acumulando empregos e trabalhoblaze investimentoscasa, que não têm tempo ou fôlego para cozinhar. Também temos pais que não se envolvem na alimentação dos filhos, muitos nem estão presentes", diz Vera.

A participação da família vem sendo apontada, cada vez mais, como uma elemento fundamental para combater a epidemiablaze investimentosobesidade infantil no mundo todo, segundo o endocrinologista Walmir Coutinho, professor da PUC-Rio e ex-presidente da organização World Obesity Federation.

"Hoje, consideramos a estratégia mais importante envolver a família. Aliás, um estudo feitoblaze investimentosIsrael mostrou que é até mais importante do que tratar com a própria criança. As criançasblaze investimentosum dos grupos faziam um tratamento mais usual, com o pai ou a mãe indo ao nutricionista. No segundo, que obteve resultados melhores, e pai E a mãe precisavam ir à consulta - a criança não precisava", conta Walmir.

Em uma entrevista anterior à BBC Brasil, o médico já havia alertado para o fatoblaze investimentoso Brasil correr o riscoblaze investimentosse tornar o país mais obeso do mundo daqui a 15 anos, se justamente não cuidarblaze investimentossuas crianças.

Walmir diz que enfrentar o problema é tão complexo e desafiador quanto o aquecimento global, porblaze investimentoscomplexidade e por envolver diversos fatores e atores - como governo, escola, empresas e sociedade.

Ele comentou dois aspectos que estão na mira da Movere. "O trabalho psicológico é certamente um fator crucial, tanto para preparar as crianças para combater o bullying, mas principalmente para aprender a se controlarblaze investimentosmomentosblaze investimentosrisco", diz.

"Há escolas fora do Brasilblaze investimentosque a criança repeteblaze investimentosano se não emagrece. Aqui, muitas ainda precisam proibir a vendablaze investimentosguloseimas na cantina e aumentar o tempoblaze investimentosatividade física, já que duas horas por semana é insuficiente."

Confira agora trechosblaze investimentosdepoimentosblaze investimentosmães e filhos que participam conseguiram mudar os hábitos alimentares, começaram a cozinharblaze investimentoscasa, abriram mãoblaze investimentoslasanhas congeladas - tudo sem fórmulas mágicas.

Fabiana da Silva,blaze investimentos36 anos, e seus filhos Lucas,blaze investimentos15 anos, e João,blaze investimentos11

Lucas, Fabiana e João
Legenda da foto, Lucas (à esq.) e João emagreceram, juntos, 24 quilos e contam que agora têm mais fôlego para os esportes

"Meus meninos emagreceram muito. E agora eles fazem esporte. É o máximo. Os dois trocaram os pacotesblaze investimentosbolacha por cookies que fazemosblaze investimentoscasa. Antes, a gente comia maisblaze investimentos10 miojos por mês, hoje não comemos mais. Nenhum. Faço macarrão com legumes, faço o molho. Eles ajudamblaze investimentostudo. Se querem batata frita, façoblaze investimentossábado."

blaze investimentos Lucas

"Antes, eu não conseguia correr. Agora, jogo futebolblaze investimentosboa. É bem legal. Eu comia muita bolacha recheada e chocolate. Mudei bastante nisso. No total, emagreci 14 quilosblaze investimentosquase um ano. Eu também sofria muito bullying, mas agora eu não ligo mais. Aprendi isso aqui (no Movere) com o psicólogo."

blaze investimentos João

"Era normal eu tomar refrigerante todo dia. Agora, sóblaze investimentosdomingo. Eu não comia cenoura - hoje eu como, refogada com chuchu. Mas eu não gosto da comida da escola. Tem um macarrão gosmento. Perdi 10 quilos no total."

Vanessa Ayers,blaze investimentos39 anos, e Nicolas,blaze investimentos10 anos

Vanessa e Nicolas
Legenda da foto, Vanessa, mãeblaze investimentosNicolas, teve a ideiablaze investimentosvender cestasblaze investimentospiqueniques saudáveis

"Aqui aprendemos muita coisa, como ler rótulos. Também passei a vetar tempero caseiro industrializado, pipocablaze investimentosmicroondas e salsicha. Uma ideia que eu tive depois que comecei a acompanhar meu filho aqui é fazer cestasblaze investimentospiquenique e ir para o parque com os meninos. O pessoal se interessou, passei a vender as cestas, só com coisas saudáveis. Não é só comida, mas também é ter mais natureza, mais qualidadeblaze investimentosvida. Adorei o que li outro dia, que precisamos descascar mais e desembrulhar menos. Na cesta eu também coloco sucoblaze investimentosuva integral e vinho com frutas para as mães, porque elas merecem, né?" (risos)

blaze investimentos Nicolas

"Eu aprendi a comer menos e também mais devagarzinho. E agora eu comecei a gostarblaze investimentosbrócolis, abobrinha e chuchu. Pareiblaze investimentoscomer salgadinho. Não, não sinto falta. E eu agora ajudo a minha mãe a cozinhar. Tem criança que me chamavablaze investimentos"baleia e sacoblaze investimentosareia" - agora, eles pararam."

Fernanda Soares,blaze investimentos37 anos, e Fernando

Fernanda e Fernando
Legenda da foto, Fernando conta que agora ajuda a mãe na cozinha. 'Quando eu cozinho, sinto orgulhoblaze investimentosmim.'

"Hoje, se meu filho toma suco industrializado e fala "que suco ruim, mãe". Fico orgulhosa. Agora fazemos receitas juntos. Ele adora boloblaze investimentoscenoura com beterraba, virou o hit do café da manhã; antes, ele só comia bolacha. O pãoblaze investimentosqueijo com mandioquinha que aprendemos aqui também é um sucesso.Ele sofria muito com bullying. Os colegas chamavamblaze investimentosporquinho da índia e a professora deixava. Tirei ele dessa escola, porque quando chegava no portão até vomitavablaze investimentosnervoso. Acredita que eles vendiam refrigerante na cantina? Na que ele estuda agora, tem salgados assados, vitamina... Prefiro."

blaze investimentos Fernando

"Eu agora consigo correr bem mais e mais rápido. E eu sei fazer várias coisas na cozinha agora, tipo temperar filéblaze investimentosfrango. Quando eu cozinho, sinto orgulhoblaze investimentosmim."