A atleta somali que morreu cruzando o Mediterrâneo por um sonho olímpico:resultados da quina
"Comparado aos meus livros anteriores, com este trabalho eu tive uma conexão emocional muito maior, porque conheci a irmãresultados da quinaSamia, porque ela tinha morrido há menosresultados da quinaum ano. Os outros livros que fiz antes eram mais distantesresultados da quinamim", contou Kleist.
"Foi uma das histórias mais difíceisresultados da quinaque já trabalhei. Porque era uma jovem somali e eu tive que me colocar no seu lugar, o que foi muito difícil porque ela era quase o opostoresultados da quinamim. Europeu, branco com 45 anos", acrescentou.
A graphic novel sobre Samia rapidamente se tornou uma das mais vendidas na Alemanha e neste ano foi traduzida do originalresultados da quinaalemão para inglês e francês. Antes, Kleist tinha publicado livros sobre o cantor americano Jonhny Cash e o líder cubano Fidel Castro, entre outros.
"O melhor retorno que recebi foiresultados da quinacrianças. Muitas escolas estão usando o livro agora para falar sobre migração. Fui convidado várias vezes para visitar escolas. Como são quadrinhos, as crianças imediatamente gostam. Depois entendem que a história é real, que esta menina era real. Eles ficam fascinados e tocados", disse Kleist.
Timeresultados da quinarefugiados
Para o ilustrador alemão, o tema do refúgio vai continuar sendo um assunto importante no futuro. "Eu gosto muito da ideiaresultados da quinaum timeresultados da quinarefugiados nas olimpíadas, acho que é bom porque chama a atenção para o assunto. É uma boa maneiraresultados da quinamostrar que devemos lidar com isso", afirmou Kleist.
Neste ano, a Olimpíada tem pela primeira vez emresultados da quinahistória um timeresultados da quinarefugiados. São 10 atletas originários da Síria, Sudão do Sul, Etiópia e República Democrática do Congo, competindoresultados da quinadiversas modalidades. A iniciativa do COI (Comitê Olímpico Internacional) visa alertar para a crise mundialresultados da quinadeslocados (pessoas obrigadas a deixar suas casas), que neste ano somou maisresultados da quina65 milhõesresultados da quinapessoas no mundo.
O conterrâneoresultados da quinaSamia Abdalla Islaw,resultados da quina36 anos, se recordava vagamente dela. Agora acompanha da Itália os atletas somalis nos Jogos do Rio.
"Só enviamos dois desta vez, a situação é muito difícil agora no meu país. Assisto sempre ao futebol e ao atletismo", disse ele, referindo-se aos corredores somalis Mohamed Daud Mohamed e Maryan Nuh Muse.
Islaw, como Samia, cruzou o Mediterrâneoresultados da quinaum boteresultados da quinaborracha. Junto comresultados da quinaesposa e uma filharesultados da quinaum anoresultados da quinaidade e outros 24 somalis, entre eles três crianças. Depoisresultados da quinadias no mar desembarcaramresultados da quinaCatânia, na Sicília.
"Deus nos salvou. Muitas pessoas morreram no mar, mas viverresultados da quinaMogadíscio não era mais possível. Todo dia, saíaresultados da quinacasaresultados da quinamanhã sem saber se morreria ou voltaria vivo", afirmou, relatando a situaçãoresultados da quinainsegurança extrema no país, atingido por décadasresultados da quinaum conflito armado entre forças do governo e milícias, como o Al-Shabab. Islaw aguarda respostaresultados da quinaseu pedidoresultados da quinarefúgio, há oito meses.
Já Mohamed Moumin,resultados da quina32 anos, e outros três amigos somalis que moramresultados da quinaCatânia não sabiam do timeresultados da quinarefugiados na Olimpíada. "Não temos televisão e acessamos a internet muito pouco. A lutaresultados da quinatodo dia é encontrar comida e trabalho", contou.
Todos também desembarcaram na Sicília depoisresultados da quinaatravessar o Mediterrâneo. "Nunca mais entrei no mar depois do medo que passei naquele boteresultados da quinaborracha", afirmou Moumin.
Portaresultados da quinaentrada da Itália, a Sicília tem recebido desembarques diáriosresultados da quinamigrantes e refugiados nos últimos meses. A maioria éresultados da quinaeritreus, somalis, nigerianos e sudaneses.
Neste ano, cercaresultados da quina260 mil migrantes e refugiados entraram na Europa cruzando o Mediterrâneo, segundo a Organização Internacional para a Migração (OIM). Quase metade, 100.244, desembarcaram na Itália. O númeroresultados da quinamortos registrados,resultados da quinajaneiro a agosto, foiresultados da quina3.176, mas estima-se que o total real seja maior dados os casos recorrentesresultados da quinanaufrágios e vítimas não computados.