A associação que ajuda idosos a se assumirem gays na Argentina:pari freebet
Criado há seis anos para oferecer ajuda psicológica, atividades culturais e integração entre homossexuais que já passaram dos 65 anos, o centro foi uma ideia foi uma ideia do casal Graciela Balestra e Silvina Tealdi, que notou uma lacuna no apoio a esses integrantes da comunidade LGBT.
"Percebíamos que nos 'lugares hétero' havia sempre alguém buscando um marido ou uma esposa para a pessoa que não estava interessada. Notamos que faltava esse lugarpari freebetencontro para idosos gays", diz Graciela.
Localizadopari freebetum sobrado no bairropari freebetAlmagro,pari freebetBuenos Aires, o Centropari freebetAposentados e Pensionistas Lésbico-Gays da Argentina - antes conhecido como "Puerta Abierta a la Diversidad" (Porta Aberta à Diversidade) - promove oficinaspari freebetteatro, ginástica e festas empari freebetprópria pistapari freebetdança.
Nos grupospari freebetreflexão, pessoas como Susana compartilham experiênciaspari freebetvida e históriaspari freebetpreconceito.
"É um lugar para que as pessoas falem sem medo. Aqui, muita gente com maispari freebet70 anos disse pela primeira vez,pari freebetvoz alta: 'eu sou gay'", diz Graciela.
Ela própria tem uma históriapari freebetaceitação.
"Eu vivia doente, sufocada por não poder contar o que sentia. Até que decidi pararpari freebetfingir", diz sobre como, aos 36 anos e com duas filhas pequenas, decidiu deixar o marido após dez anospari freebetcasamento.
As crianças, conta Graciela, foram as primeiras a saberpari freebetseu amor por Tealdi. E aceitaram bem: no Dia das Mães, compraram presente para as duas, com quem moram.
A engenheira tornou-se psicóloga e desde então ajuda outras pessoas a enfrentarem seus medos. "Sempre digo que a verdade é melhor que a mentira."
'Tudo era repressão'
Já o casopari freebetSusana reflete um sofrimento comum a muitas pessoas que ela conheceu no centro.
Mãepari freebetum casalpari freebetfilhos e avópari freebettrês netos, ela conta que desde jovem sentia atração por mulheres.
"Mas o rigor da sociedade me levou a ocultar meus sentimentos. Eu até me casei, mas quando meus filhos se tornaram adolescentes me apaixonei por uma mulher e me separei do meu marido", diz.
Com fala suave e gestos delicados, ela relata que, por ter trabalhado durante anospari freebetuma clínica que atende crianças com deficiência, conseguiu ensinar aos filhos que o "diferente" faz parte da vida, e deve ser tratado com respeito.
"Por isso não foi tão difícil que aceitassem. Eles nunca me censuraram."
Mas no início, lembra, até mesmo a autoaceitação foi complicada.
"Eu tinha 36 anos quando me apaixonei por uma mulher. Na época, chorava sozinha e me perguntava por que aquilo acontecera comigo. Eu me culpava. Na época, não existia a liberdade dos diaspari freebethoje e era ditadura na Argentina. Tudo era repressão."
Susana se vê hoje mais livre, por poder falarpari freebetsua opção sexual e apresentarpari freebetnamorada a suas amigas do grupopari freebetreflexão.
"Participar do grupo, especialmente dos encontrospari freebetreflexão, me ajudou a me mostrar ou, como dizem, a 'sair do armário'", conta sorrindo.
No grupo, Susana aprendeu a trabalhar o "boicote interno". Ela afirma que esse aprendizado, iniciado há quatro anos, foi essencial para que ganhasse confiança para apresentar a massagista Nora,pari freebet60 anos, a segunda mulher pela qual se apaixonou, comopari freebetparceira.
Para ela, o fatopari freebeta Argentina ter uma legislação que permite o casamento entre as pessoas do mesmo sexo desde 2010 - foi o primeiro país da América Latina a aprovar a lei - contribuiu para uma maior aceitação, principalmente nas grandes cidades do país.
Questionada sobre as dicas que daria, como psicóloga, às pessoas que passam pelos mesmos desafios, respondeu:
"Comece a pensar primeiro se esse medo faz sentido, se não é uma opressão interna, e não do outro, que pode estar disposto a te ouvir. Comece a pensar que esse medo pode estar te impedindo ser feliz."