Espanha: 2ª eleiçãoaposta casa ou foraseis meses não define governo; o que acontece agora:aposta casa ou fora
O Ciudadanos,aposta casa ou foracentro e considerado um parceiro natural do PP, obteve 13% dos votos, elegendo 32 deputados - oito a menos queaposta casa ou foradezembroaposta casa ou fora2015.
Como nenhum partido cruzou a linha da maioria absoluta para governar sozinho - 176 deputados -, o resultado quer dizer que incertezas na política espanhola não se dissiparam.
"Repete-se um cenário ingovernável, com a diferença que o PP sai fortalecido", disse Guillermo López, analista político e professoraposta casa ou foraJornalismo na Universidadeaposta casa ou foraValência, à BBC Mundo, o serviço espanhol da BBC.
"O PSOE resiste e o Unidos Podemos decepciona, mas não afunda. E o Ciudadanos, parceiro natural do PP, perde.
"O resultado também mostra que o bipartidarismo entre PP e PSOE, que há muito caracteriza a política espanhola, continua sob ataque das novas forças políticas no país, mas não acabou.
Negociações
Por isso, uma das ideias mais repetidas na Espanha neste momento é aaposta casa ou foraque caberá aos líderes políticos sentar à mesa para negociar, chegar a acordos e pactuar nos próximos dias.
A BBC Mundo apresenta a seguir alguns possíveis cenários que podem se tornar viáveis na Espanha na próxima semana.
1- Grande coalizão presidida por Mariano Rajoy, do PP
"Claramente, agora Rajoy e o PP estãoaposta casa ou foramelhor posição que sete meses atrás para reivindicar o governo", diz Guillermo López.
A combinação lógica seria uma coalizão entre o PP e o Ciudadanos, mas o númeroaposta casa ou foradeputados somados (169) ainda ficaria abaixo da maioria absoluta.
Muitos analistas acreditam que a solução pode ser uma "grande coalizão" entre o PSOE e o PP para evitar novas eleições.
"Não seria uma grande coalizão no sentido estrito porque o PSOE não entraria no governo - na realidade, permitiria ao PP governar", diz López. "Seria uma forma diluídaaposta casa ou foragrande coalizão."
Essa solução foi defendida pelo PP ao longo da campanha, porém ela vem sendo negada pelo PSOE há maisaposta casa ou foraum ano.
A fórmula já foi usadaaposta casa ou foraoutros países, sendo a "Grosse Koalition" (Grande Coalizão) à alemã o exemplo mais citado. Na Alemanha, o conservador CDU,aposta casa ou foraAngela Merkel, governa com o socialista SPD para garantir a estabilidade do país.
Mas a experiência pode também ser mal sucedida. Na Grécia, os socialistas do Pasok se vêem cada vez mais irrelevantes desde um pactoaposta casa ou fora2012 com o conservador Nova Democracia. Aquela coligação,aposta casa ou foravezaposta casa ou foragarantir a estabilidade grega, resultouaposta casa ou foraeleições antecipadas, a vitória do partido Syriza e a queda dos socialistas gregos para a sexta posição entre os maiores partidos.
2- Uma coalizão à portuguesa entre Podemos e PSOE
Em campanha, o líder do PSOE, Pedro Sánchez, disse que não faria Rajoy presidente e que pressionará pela esquerda para que seu partido chegue a um acordo com o Unidos Podemos para governar.
"Ambos os partidos precisariam ceder muito e seria complicado porque não alcançam maioria", disse à BBC Mundo o cientista político espanhol Álvaro Madrigal.
"Precisariamaposta casa ou foraum partido como o Ciudadanos - e então não seria um pactoaposta casa ou foraesquerdas - ou chegar a um acordo com partidos nacionalistasaposta casa ou foraesquerda."
Para estes grupos, uma questão decisiva é a realizaçãoaposta casa ou foraum plebiscito para decidir sobre a independência da Catalunha.
"Não creio que os nacionalistas catalães concordemaposta casa ou foraintegrar o governo ou se abster se não obtiverem o plebiscito", diz López, da Universidadeaposta casa ou foraValencia.
"E não creio que o PSOE vá buscar uma formaaposta casa ou foraplebiscito para satisfazer essa exigência. Menos ainda depois que o Reino Unido decidiu sair da União Europeia (atravésaposta casa ou foraum plebiscito)."
Assim, este seria um pacto complexo e talvez por isso, menos provável.
3- Eleições - pela terceira vez
Poucos políticos se atrevem a considerar essa opção no momento. A pressão para que não sejam convocadas novas eleições é enorme e, durante a campanha, todos os candidados rejeitaram essa possibilidade.
"Não se pode descartar novas eleições", diz López. "A questão é: o que o PSOE acha que lhe prejudica mais, não apoiar o PP e iraposta casa ou foranovo às urnasaposta casa ou foranovembro ou dezembro, ou permitir um governo do PP e ser punido?"
Álvaro Madrigal cita uma opção extrema para evitar um terceiro pleito: reformar a legislação eleitoral para mudar a forma como se nomeia o presidente do governo.
"Poderia ser incluída inclusive uma nova cláusula que diga, por exemplo, que governa a lista mais votada", diz.
Se nenhuma das três opções vingar, preveem-se negociações longas e complexas. Como foram as que se seguiram às eleiçõesaposta casa ou foradezembro, e que culminaram com a repetição da votação.