A reação dos jovens pela saída do Reino Unido da UE: "perdemos o direitoviver e trabalhar27 países":
Algumas das opiniões mais viscerais sobre o resultado do plebiscito apareceram no Twitter com as hashtags "Not in my name" ( "Nãomeu nome") e "What have we done" ("O que nós fizemos "), que se tornaram tendências na manhãsexta-feira na rede social e foram utilizados mais20.000 vezes.
"O futuro deste país foi decidido por quem não vai estar aqui para viver com as consequências. Que desastre", escreveu emconta no Twitter um jovem que é identificado como @ ThomasAmor1 que viveManchester, no norte da Inglaterra.
Segundo a sondagem oficial do governo, YouGov, 75% dos eleitores entre 18 e 24 votaram no "Remain", ou seja, queriam ficar no bloco europeu.
56% dos eleitores entre 25 e 49 anos também foram a favor da continuidade no bloco.
Aqueles que apoiaram a Brexit também usaram o Twitter e hashtags como #IndependeceDay e #BrexitBulldog para comemorar.
Entre os eleitores com idades entre 50 e 64 anos, apenas 44% queriam ficar na União Europeia. E entre os com mais65 anos, apenas 39% votaram pela continuidade.
No Reino Unido, a idade mínima para participarvotações é18 anos, embora na Escócia, desta vez, reduziram o limite para 16 anos.
" Gera ção do Brexit"
Jovenstodas as partes tinham dito que não queriam ser conhecidos como a "geração Brexit" e muitos usaram o Twitter para expressarinsatisfação.
A rede social não reflete a opinião geral da população. Sua demografia é muito mais jovem do que a população britânica no geral. No entanto, ela tornou-se um termômetroopinião entre os jovens.
Uma jovem que se identificou como Jess (@JessVisco) escreveu: "Obrigado a todos. Não nos foi permitido votar pelo nosso futuro. Não pode fazer nada #WhatHaveWeDone"
Alex Cooper, um músico20 anos que viveHampshire, no sul da Inglaterra, publicou a foto abaixo emconta no Twitter:
"Eu estou indo viveroutro lugar", disse ele depoisexpressar aconsternação pelo resultado do plebiscito.
"Eu realmente não irei mas, como guitarrista, sinto que (após a decisãodeixar a União Europeia) ficarão muito difíceis as minhas possibilidadessairturnê pela Europa. Isso é certo."
"Sonhoviver no exterior. Talvez isso é o que farei um dia, estou pensandoFrança".
Diferentes gerações
"O futuro da nossa geração tem sidogrande parte decidido por aqueles que não serão afetados a longo prazo. O nosso país está irreconhecível #NotInMyName", escreveu outra jovem usuária do Twitter que se identificou como Katie (@Kaaaaatie_x).
Caden (@transclone) escreveu: "O futuro da minha geração foi decidido por aqueles que têm mais65 anos que não sofrerão as consequências, enquanto aqueles com 16 e 17 anos não tiveram como se expressar #NotInMyName".
Um usuário cuja conta é Happiness Hunter (@ 10habits) disse: "#NotInMyName Gente mais velha do que eu está reduzindo enormemente as oportunidadespessoas mais jovens do que eu."
"O destino do nosso país foi decidido por pessoas que anseiam por um passado que nunca existiu e criaram um futuro que é sombrio #NotInMyName", escreveu Rebecca W (@ReallyWe).
"Eu sou parte da quase metade que não queria isso. Eu também sou parte da geração que vai sofrer mais #NotInMyName", escreveu Georgie Moore (@georgiemxxre).
"Uma geraçãovisões obsoletas custou o meu futuro e ocada jovem, mas morrerá antesver as conseqüências #NotInMyName", disse Jake Upton (@ UptonJake1).
Enquanto que uma jovem que se identificou como @lunabxtch disse: "Não posso acreditar que estou acordando ante um futuro destroçado por aqueles que decidiram não ficar unidos ao mundo".
Georgina Hayes compartilhou esta mensagem: "Totalmente arrasada. Medo e ignorância ganharam a tolerância e a unidade Este resultado não fala por mim."
" Uma elite por outra "
Um artigo publicado no jornal britânico Financial Times, na seção FT Communities, sobre o resultado do plebiscito expressa parte da consternação que muitos eleitores sentem.
Intitulado "Diga-nos: eleitores optaram por deixar a UE. E agora?" ("You tell us: voters chose to leave the EU. Now what?"), o texto incluiu opiniões diferentes, como aNicholas, que escreveu:
"Eles simplesmente trocaram uma elite distante e inatingível por outra."
"Em segundo lugar, a geração mais jovem perdeu o seu direitoviver e trabalhar27 países. Nunca saberemos a verdadeira extensão da perdaoportunidades, amizades, casamentos e experiências que nos negãrão", disse ele.
No Twitter, Laceybloke (@laceybloke) também fez alusão ao elemento familiar: "Acontece que os aposentados odeiam mais os" imigrantes" do que amam seus netos #WhatHaveWeDone #NotMyVote".