O que 'divórcio' da Groenlândia pode ensinar aos britânicos sobre vida fora da UE:jogo de estourar balão

Capital da Groenlândia, Nuuk
Legenda da foto, A Groenlândia conseguiu deixar a União Europeiajogo de estourar balão1985

jogo de estourar balão O Reino Unido pode até ser o primeiro país membro a votar pela saída da União Europeia, mas o chamado "Brexit" não é o primeiro casojogo de estourar balão"divórcio" na história do bloco socioeconomico.

Em 1982, a Groenlândia, uma imensa ilha no Oceano Ártico, que é território da Dinamarca mas vem conquistando cada vez mais autonomia nas últimas décadas, decidiu sair da então Comunidade Econômica Europeia e, depoisjogo de estourar balãotrês anosjogo de estourar balãonegociações, obteve a separação.

Essa experiência pode servirjogo de estourar balãoprecedente para os britânicos no momentojogo de estourar balãoque o país se prepara para negociarjogo de estourar balãoretirada da UE.

A começar pelo complexidade da tarefa. Embora tenha menosjogo de estourar balão60 mil habitantes, a Groenlândia precisoujogo de estourar balãomaisjogo de estourar balão100 reuniões com representantes do bloco. O que sugere um árduo caminho para o Reino Unido, com uma economia bem mais pujante e uma populaçãojogo de estourar balão65 milhõesjogo de estourar balãopessoas.

As complicações enfrentadas pela Groenlândia também foram determinadas pelo fatojogo de estourar balãoo território ter tambémjogo de estourar balãonegociar a saída junto à Dinamarca.

Mas por que a ilha quis deixar o bloco? A resposta é simples: peixes. A regulamentaçãojogo de estourar balãocotas pesqueiras faz parte das atribuições da UE e a Groenlândia temeu pela ingerênciajogo de estourar balãoBruxelas emjogo de estourar balãoprincipal fontejogo de estourar balãorenda.

Barcojogo de estourar balãopescajogo de estourar balãoNuuk
Legenda da foto, Indústria pesqueira é a principal fontejogo de estourar balãorendajogo de estourar balãoterritório, cuja população éjogo de estourar balãomenosjogo de estourar balão60 mil pessoas

Ao contrário dos britânicos, os groenlandeses tinham rejeitado a adesão à Comunidade Econômica Europeia,jogo de estourar balão1972, mas foram "sugados" pela aprovação dos dinamarqueses - os britânicos aprovaram com sobras a entrada no bloco,jogo de estourar balão1975. Na consultajogo de estourar balão1982, 52% dos habitantes da ilha optaram pela saída - basicamente a mesma proporção que o voto pela saída obteve na Grã-Bretanha na quinta-feira.

"A população da Europa erajogo de estourar balão500 milhõesjogo de estourar balãopessoasjogo de estourar balão1982, mas nós, com menosjogo de estourar balão100 mil, dissemos 'não' para eles", afirmou Lars-Emil Johansen, um dos porta-vozes da campanhajogo de estourar balãosaída,jogo de estourar balãoentrevista à Rádio 4 da BBC,jogo de estourar balãojaneiro.

Em troca do controlejogo de estourar balãosua indústria pesqueira e do acesso livre ao mercado europeu parajogo de estourar balãoprodução, a Groenlândia deu à UE acesso a suas águas.

Mas a Groenlândia, desde o "divórcio", recebe quase meio bilhãojogo de estourar balãoeuros por ano da Dinamarca como ajuda financeira.

Peixesjogo de estourar balãoredejogo de estourar balãopesca na Groenlândia

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Apoio popular a uma possível "reconciciliação" tem crescido no território sob controle dinamarquês

Há "separatistas arrependidos". Henrik Leth, justamente o presidente da maior companhia pesqueira privada da Groenlândia, acredita que a ilha deveria cogitar voltar à União Europeia, para se beneficiar dos acordos comerciais que o bloco tem com grandes parceiros comerciais consumidoresjogo de estourar balãopeixe, como Japão e China.

"Não temos poderjogo de estourar balãobarganha com os chineses. Um prédiojogo de estourar balãoescritóriosjogo de estourar balãoXangai é capazjogo de estourar balãoconter mais pessoas que a Groenlândia, então não podemos exercer a mesma pressão que as grandes nações e a União Europeia exercem".

O governo da ilha, porém, está mais preocupado com outra separação: a independência da Dinamarca.

"A atual situação é boa para nós. Temos uma boa parceria com a UE", disse à agênciajogo de estourar balãonotícias Reuters o primeiro-ministro groenlandês, Kim Kielsen.