Por que os EUA jamais tiveram uma presidente mulher?:h2bet bonus

Hillary Clinton

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Hillary Clinton espera terh2bet bonuscandidatura confirmadah2bet bonusconvenção democrata,h2bet bonusjulho

A longa duração e os altos custos do processo favorecem políticos conhecidos e experientes, mais capazesh2bet bonusarrecadar recursos, ou candidatos ricos o suficiente para financiar a própria campanha - caso do bilionário Donald Trump, vitorioso na disputa republicana.

Conhecida nacionalmente desde que foi primeira-damah2bet bonusBill Clinton (presidenteh2bet bonus1993 a 2001) e tendo ocupado importantes cargos públicos, entre os quais oh2bet bonussenadora por Nova York, Hillary cumpre os pré-requisitos para ser uma forte candidata, mas seu caso ainda é uma exceção nos Estados Unidos.

Mulheres no poder

Hillary Clinton e Barack Obama

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Legenda da foto, Hillary Clinton quer suceder seu colega democrata Barack Obama

Apenas um quinto das cadeiras no Congresso americano é hoje ocupado por mulheres, e só seis dos 50 Estados têm governadoras.

Segundo o Pew Research Center, 5,2% das 500 maiores empresas americanas são presididas por mulheres. Dos 22 ministros do governo Barack Obama, 7 são mulheres.

Hillary integrou a equipe do presidenteh2bet bonusseu primeiro mandato ao ocupar o prestigiado cargoh2bet bonussecretáriah2bet bonusEstado (chefe da diplomacia). No governo anterior,h2bet bonusGeorge W. Bush, outra mulher chefiara a pasta, Condoleezza Rice.

Hillary não será, porém, a primeira mulher a concorrer à Presidência, pois muitos partidos menores já lançaram candidatas ao posto. Em novembro, umah2bet bonussuas oponentes será a médica e ativista Jill Stein, do Partido Verde.

A candidata pioneira foi a líder feminista Victoria Woodhull, que concorreu à Casa Brancah2bet bonus1872 pelo Partidoh2bet bonusDireitos Iguais. Naquela época, muitas mulheres não podiam sequer votar.

Barreiras

Sóh2bet bonus1920, quando os EUA já haviam tido quase 30 presidentes, o voto se tornou um direitoh2bet bonusmulheresh2bet bonustodos os Estados americanos.

Mesmo quando conseguem concorrer à Presidência, mulheres enfrentam mais barreiras que homens, diz a ativista Barbara Lee.

Em artigo no jornal Boston Globe, ela afirma que os eleitores consideram votarh2bet bonushomensh2bet bonusquem não gostem, mas não estão tão dispostos a fazer o mesmo por candidatas mulheres.

Lee diz ainda que candidatas são mais cobradas do que candidatos, ainda que sejam vistas como "mais honestas e éticas" queh2bet bonusmaneira geral.

"Quando se tratah2bet bonuserros, as mulheres têm uma margem menor para cometê-los. Mesmo pequenos tropeços impactam as percepçõesh2bet bonuseleitores sobre suas qualificações", afirma.

Distorção

No livro "Woman for President" (Mulher para Presidente), a pesquisadora Erika Falk analisou como jornais cobriram as campanhash2bet bonuscandidatas à Casa Branca desde 1872.

Hillary Clinton com o presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Hillary Clinton foi secretáriah2bet bonusEstado durante o primeiro mandatoh2bet bonusObama

Ela diz que,h2bet bonustodos os casos analisados, a imprensa ou ignorou ou distorceu as propostas das competidoras. Em resenha do livro, Ruth Rosen, professora da Universidade da Califórniah2bet bonusDavis, conta que as candidatas eram retratadash2bet bonusmaneira estereotipada, o que ampliava a impressão entre os eleitoresh2bet bonusque elas não pertenciam ao meio político.

Rosen afirma, porém, que a imprensa não é a única responsável por essa imagem. Ela diz que, nos Estados Unidos, muitos encaram o presidente "exclusivamenteh2bet bonustermos militares, como chefe das Forças Armadas,h2bet bonusvezh2bet bonusprotetores da segurança econômica, da saúde e educação dos cidadãos".

Nesse campo, Hillary se diferenciah2bet bonuscompetidoras anteriores por ter participadoh2bet bonusimportantes decisões militares do governo americano, como o ataque que matou Osama bin Laden, e por ser vista como linha-durah2bet bonustemash2bet bonussegurança nacional.

Seu histórico na área, porém, é controverso: como senadora, votou pela invasão do Iraque, e, como secretáriah2bet bonusEstado, apoiou a intervenção que derrubou o líder da Líbia Muammar Khadafi, acirrando uma sérieh2bet bonusgraves conflitos no país africano.